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Fintech Nexxera origina R$ 1 bilhão em antecipação de recebíveis em junho

Com foco especial nos micro e pequenos negócios, fintech espera originar um total de R$ 12 bilhões até o final deste ano

Edson Silva, presidente do Grupo Nexxera (Nexxera/Divulgação)
BG

Bibiana Guaraldi

Publicado em 16 de julho de 2021 às 19h04.

Última atualização em 16 de julho de 2021 às 19h16.

A fintech Nexxera, gateway de transações financeiras e mercantis, atingiu em junho, pela primeira vez, a marca de R$ 1 bilhão ao mês em créditos fornecidos por meio de antecipação e desconto de recebíveis . De acordo com Edson Silva, presidente do Grupo Nexxees, holding que detém a Nexxera e a N4Capital, a expectativa é alcançar, até o final deste ano, a meta de 12 bilhões de reais em créditos originados.

O valor tem um impacto importante na economia e nas micro e pequenas empresas — foco principal da fintech — uma vez que a modalidade auxilia na manutenção da saúde financeira deste segmento. “Se quiser derrubar o Brasil, acabar com a economia, é só não pagar os pequenos”, diz Silva. Para ele, é importante que a Nexxera foque na sustentabilidade das cadeias produtivas, o que representou um trunfo para que a fintech crescesse mesmo em meio à crise.

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Criada em Florianópolis, a Nexxera auxilia a gestão de negócios e contribui para gerar mais eficiência na administração empresarial por meio da tecnologia, oferecendo soluções que tornam os processos financeiros e mercantis mais ágeis e automatizados. Com mais de 86 instituições financeiras e 47 adquirentes homologadas, a empresa registra mais de 3,4 trilhões de reais transacionais ao ano, em uma média de 7 bilhões de transações. Hoje conta com mais de 5.000 contratos ativos.

Observando o mercado, o grupo percebeu que havia delay entre o tempo de quem precisava receber e de quem pagava, o que gerava um custo financeiro muito alto para quem precisava do dinheiro. É aí que entra a antecipação de recebíveis.

A antecipação de recebíveis permite que uma empresa obtenha de forma antecipada o dinheiro referente a notas fiscais, boletos, recebíveis em cartão e contratos por serviços prestados ou produtos vendidos. Tecnicamente, o valor já é da empresa, mas, no fluxo normal, só entraria em caixa em uma data futura. A operação é indicada para quem precisa de liquidez de curto prazo.

“Normalmente o pequeno empreendedor não tem bens e outras garantias tradicionais para dar em troca de crédito, porque precisa investir tudo no negócio. O que ele pode oferecer? A história dele, seu histórico de bom pagador. Com acesso ao fluxo de caixa, é possível resgatar esse histórico através de nossa plataforma, dando mais segurança ao sistema financeiro e, assim, se pode melhorar o acesso ao crédito ”, explica Silva.

Entre janeiro e março deste ano, as micro e pequenas empresas criaram 587.000 novos postos de trabalho com carteira assinada no Brasil. Esse número representa 70% do total de empregos gerados no período conforme levantamento feito pelo Sebrae com base nos dados do Caged do Ministério da Economia.

“Percebemos que em empresas grandes, médias ou pequenas, cerca de 80% das cadeias de pagamento envolvem micro e pequenos fornecedores”, afirma. O problema é que os negócios menores não têm reservas para manter-se fechados por muito tempo e, na maior parte das vezes, têm dificuldade para acessar crédito no mercado.

Por isso, em abril, o grupo lançou o movimento #PagueSeuFornecedor. O objetivo do projeto é que as empresas que estejam com o faturamento equilibrado se comprometam a pagar a cadeia de fornecimento.

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