São Paulo – Antes tida como bebida barata, a cerveja alcançou o status de produto artesanal e deve ser degustada e harmonizada sempre que possível. Hoje, cerca de 2% do mercado está nas mãos de microcervejarias, mas a tendência é que este número cresça. Foi pensando nisso que Túlio Rodrigues criou a Beer Academy, uma espécie de universidade da cerveja que capacita quem quer empreender nesta área.
A história de Rodrigues com a cerveja é antiga. Aos 22 anos, foi contratado como trainee em uma cervejaria. “Trabalhei muitos anos nessa cervejaria, mas não é um dos empregos mais fáceis do mundo e chegou um momento que queria estudar fora. Comecei a conhecer o mundo das cervejas especiais lá fora”, diz. Segundo ele, foi em San Diego, nos Estados Unidos, um dos principais polos de microcervejarias, que se aprofundou no tema.
Depois de alguns cursos e mais cargos executivos em grandes empresas, o empreendedor resolveu seguir seu instinto. “Sou filho de pai e mãe professores que tiveram escola a vida inteira. A educação vem na veia da família há muito tempo. Sempre acreditei que a educação é uma das melhores maneiras de fidelizar um segmento, produto ou mercado”, conta.
Cansado da vida corporativa, Rodrigues viu na cerveja uma oportunidade de unir educação e empreendedorismo. Em 2010, juntou-se ao irmão para prestar consultoria a cervejarias e criou um dos primeiros cursos de sommelier de cervejas do Brasil. “Estava em um momento de estresse bastante grande e decidi sair do mundo corporativo para montar a Beer Academy. O que era uma ideia embrionária virou uma coisa bem legal, bem grande”, diz.
Hoje, a empresa capacita empreendedores que queiram se aventurar neste mercado e também continua prestando consultoria a grandes empresas, o que garante boa parte da receita do negócio. A empresa faturou cerca de 3,5 milhões de reais no ano passado, mas somente 10% com cursos. A maior parte da receita, segundo o empresário, vem da consultoria, mas a escola já atendeu mais de 1,5 mil alunos, que aprendem dentro das cervejarias como o negócio funciona. Entre os novos planos, está a criação de uma sede própria em São Paulo, dentro de um ponto de venda de cervejas.
Entrar no mercado de 14 bilhões de litros não é tarefa simples. É preciso criatividade. “O mercado cervejeiro profissional não é fácil, principalmente pela carga tributária que tem no Brasil. A microempresa tem carga bastante grande, porém nós, como brasileiros, temos uma criatividade tão grande e estamos fazendo cervejas muito boas e premiadas no mundo todo. Essa garra supera as dificuldades de ser um empreendedor no Brasil”, diz.
Para Rodrigues, o espaço para cervejas especiais continua grande no mercado. “A gente tem uma demanda muito grande por novos produtos, cervejas especiais de verdade. A melhora financeira importante dos últimos 15 anos faz com que o consumidor queira produtos especiais, premium”, conta. Para ter sucesso, é preciso estudar bem o mercado e não confundir um gosto pessoal com um empreendimento. “É preciso levar muito a sério e respeitar as etapas com um bom planejamento”, ensina.
* Reportagem atualizada em 01/09/2014, às 9h13.
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1. Brinde ao futebol!
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1/14 (Glauber Queiroz/Portal da Copa/ME)
São Paulo - Em tempos de
Copa do Mundo, não há quem fique longe do futebol. Para boa parte dos torcedores, bebidas e petiscos acompanham as partidas. Algumas
franquias, no entanto, faturam com futebol e
cerveja o ano todo, independente da Copa. Confira o perfil de 12 delas nas fotos.
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2. Franquias Ambev
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2/14 (Divulgação/Nosso Bar)
A Ambev tem quatro modelos de franquias, alguns com variações de tamanho. O Quiosque Chopp Brahma, por exemplo, tem investimento inicial de 90 mil a 300 mil reais, com faturamento de até 100 mil reais ao mês. A franquia Nosso Bar converte bares já existentes na bandeira da marca e custa 28 mil reais. Seu Boteco e Chopp Brahma Express têm investimento de 740 mil e 300 mil reais, respectivamente.
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3. Mestre-Cervejeiro.com
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3/14 (Divulgação/Mestre-Cervejeiro.com)
Especializada na venda de cervejas, a Mestre Cervejeiro foi criada em 2004 e tem 6 lojas em operação. O investimento varia de 99 mil a 128 mil reais, para quiosque e loja, respectivamente. O retorno acontece entre 18 e 22 meses.
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4. Chopp Time
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4/14 (Divulgação)
Criada em Ribeirão Preto, em 1999, a franquia da Chopp Time tem unidades em oito estados. São três modelos de franquia: quiosque, shopping e rua. O formato quiosque tem entre 15 e 30 metros quadrados e investimento de até 250 mil reais. As lojas de shopping são maiores, com 250 metros quadrados, e investimento de até 1,5 milhão de reais.
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5. Mr. Beer
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5/14 (Divulgação)
A rede de franquia especializada em cervejas especiais Mr. Beer foi fundada em 2009. Recentemente lançou um modelo de quiosque com investimento inicial de 65 mil reais. A rede trabalha ainda com lojas de seis metros quadrados com investimento inicial de 115 mil reais e espaços gourmets, que custam 250 mil reais.
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6. Confraria Paulistânia
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6/14 (Divulgação/Confraria Paulistânia)
Especializada em cervejas, a Confraria Paulistânia funciona como bar e distribuidora de bebidas. A rede pertence à importadora de cervejas especiais Bier&Wein, criada em 1986. A franquia custa de 300 mil a 480 mil reais, dependendo do modelo de negócio.
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7. Santo Bier
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7/14 (Divulgação/Santo Bier)
A franquia Santo Bier, especializada em delivery de cerveja, foi criada em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. A rede trabalha com vários modelos de negócio. O Carrinho dos Milagres, por exemplo, funciona como um veículo com chopeira para festas e praia. O investimento varia de 35 mil a 149 mil reais. O prazo de retorno do investimento vai de 7 a 18 meses.
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8. Cervejaria Devassa
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8/14 (Divulgação)
Criada em 2002, a Devassa virou cervejaria no ano seguinte. Hoje, é operada pela Sonar, área de franchising da Brasil Kirin, e tem três modelos de franquia: Cervejaria Devassa, Mini Cervejaria Devassa e Ponto da Devassa. O investimento começa em 770 mil reais.
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9. Liga Retrô
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9/14 (Divulgação)
A rede de franquias Liga Retrô é especializada em réplicas de uniformes esportivos antigos e acessórios com história de times e seleções. O investimento inicial é de 115 mil reais, com retorno em 24 meses. A área mínima exigida é de 6 metros quadrados.
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10. Loja das Torcidas
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10/14 (Divulgação)
Criada em 2012, a rede Loja das Torcidas vende produtos licenciados de vários times de futebol. As franquias podem ser abertas no formato quiosque ou loja. O investimento inicial da rede é de 145 mil reais e o retorno acontece em até 18 meses.
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11. Academia Store
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11/14 (Divulgação/Academia Store)
A rede Academia Store é a loja oficial do Palmeiras e é controlada em parceria com o grupo Meltex. A expectativa para esse ano é de inaugurar 40 franquias. A marca trabalha com três modelos de negócios: loja de rua, em shopping e quiosque. O investimento inicial para quiosques é de de 100 mil reais, com retorno a partir de 18 meses.
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12. Santos na Área
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12/14 (Divulgação/Santos na área)
A franquia é ligada ao time de futebol santista e foi formatada em parceira com a Meltex Franchising no ano passado. A previsão é chegar a 11 lojas ainda neste ano. Hoje, existem unidades no litoral e na capital paulista. O investimento em um quiosque é de 100 mil reais.
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13. GrêmioMania
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13/14 (Divulgação)
A GrêmioMania vende produtos licenciados do time gaúcho e é gerenciada pela Meltex. O investimento inciial dos quiosques é de 100 mil reais. As lojas podem chegar a 350 mil reais. O prazo de retorno é de 20 meses.
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14. Agora, veja mais sobre franquias
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14/14 (Marcos Santos/USP Imagens)