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Empresa fatura R$ 15 mi com modelo inovador para contratação de TI

A 2Brain, fundada no ano passado, é focada na terceirização de profissionais de TI para projetos de dados; meta é faturar R$ 20 milhões até o fim do ano

Para enfrentar o alto turnover de profissionais de tecnologia – atualmente, o tempo médio deles em um único local é de dois anos – a 2Brain realiza mentorias, cursos e foca em proximidade com os colaboradores para entender melhor em que área ou tipo de projeto eles gostariam de ser selecionados (TransUnioin/Divulgação)
KS

Karina Souza

Publicado em 28 de março de 2022 às 16h52.

Última atualização em 23 de maio de 2022 às 19h23.

Encontrar e contratar bons profissionais de tecnologia é uma dor de cabeça para praticamente qualquer empresa no Brasil. O déficit de profissionais já existe -- cerca de 260 mil vagas ficaram "sem dono" em 2021 -- e deve aumentar ainda mais ao longo dos próximos anos, chegando a 797 mil profissionais até 2025, segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom). Diante desse cenário e da transformação digital imposta ao varejo durante a pandemia, a consultoria 2Brain foi fundada no último ano. De lá para cá, já tem R$ 15 milhões em contratos – cifra que deve chegar a R$ 20 milhões no fim de 2022.

Fundada pelos executivos André Dias (ex-Ebit, ClearSale e atual diretor de métricas na Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) e Mário Fróes (também ex-Ebit e Clearsale) com um investimento de R$ 300 mil, a empresa tem como foco a terceirização de profissionais de tecnologia em empresas. Até aí, nada de novo em relação ao que outras consultorias podem oferecer no mercado. O ‘pulo do gato’ está na forma de contratação dos profissionais: por meio de uma plataforma de indicações, com bonificação financeira a quem indicou um profissional que atende às expectativas da empresa.

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A empresa criou uma plataforma dedicada a esse modelo de contratação e isso se tornou, inclusive, uma das três principais verticais da companhia, a 2Brain People. “Na medida em que esse processo vai ganhando mais ‘gamificação’, as pessoas engajam mais e isso vai filtrando os profissionais que entram na empresa. A gente tem um ganho muito importante de produtividade pela alta qualidade dos profissionais contratados dessa forma”, diz André Dias, CEO e sócio-fundador da 2Brain. Hoje, são cerca de 70 funcionários fixos na empresa.

Para enfrentar o alto turnover de profissionais de tecnologia – atualmente, o tempo médio deles em um único local é de dois anos – a 2Brain realiza mentorias, cursos e foca em proximidade com os colaboradores para entender melhor em que área ou tipo de projeto eles gostariam de ser selecionados. A companhia foca tanto na qualidade dos profissionais que permite, sob algumas condições, que eles sejam contratados pelas próprias empresas ao fim de um projeto, por exemplo.

Essa forma de contratação é o que dá suporte para a atuação da companhia em outras duas verticais, a 2Brain Advisory, que foca no desenvolvimento de projetos de Inteligência de Dados por meio de equipes multidisciplinares selecionadas pela consultoria, e a 2Brain Intelligence, que foca em projetos de dados para empresas que estão em um estágio preliminar de desenvolvimento digital.

Grosso modo, a 2Brain faz um serviço de consultoria com os clientes e, a partir das necessidades identificadas, aloca esses profissionais em clientes no formato de equipes multidisciplinares (squads, no jargão) e faz o acompanhamento dos serviços prestados.Um exemplo de área em que a companhia atua é a de inteligência de dados, focada em projetos que vão desde baratear a estrutura que a empresa quer até informações técnicas ou de projeto. “Para essa vertical, temos um framework próprio em que o cliente sai com 50% do trabalho inicial pronto a partir da nossa metodologia”, diz André.

Os projetos de inteligência são desenvolvidos em pelo menos três setores: e-commerce e marketplace, mídia e conteúdo, varejo e fintechs. Hoje, a empresa tem sete clientes, incluindo nomes como Grupo Pão de Açúcar e Via. “Cada vez mais estamos vendo um perfil diversificado de demandas, algo que deve continuar ao longo de 2022 e dos próximos anos. Nosso foco é ter os melhores profissionais para atender ao aumento dessa demanda”, afirma André.

Lidar com dados ainda é um dos principais desafios das empresas. De acordo com uma pesquisa conduzida pela Experian em novembro de 2020, das 700 pessoas em cargos de liderança entrevistadas em diferentes setores, 83% afirmaram que a demanda por dados ficou maior ao longo da pandemia. Coletar essas informações e obter bons insights a partir delas continua sendo uma prioridade.

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