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Empreendedorismo está consolidado no Brasil

Em cinco anos foram mais de 500 mil novos negócios registrados no Brasil, e mais de 1,2 milhão de registros de empreendedores individuais em dois anos

Crescimento brasileiro é mais igualitário que em outros países, mas ainda precisa superar desigualdades (Lizzie Erwood/Creative Commons)

Crescimento brasileiro é mais igualitário que em outros países, mas ainda precisa superar desigualdades (Lizzie Erwood/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2011 às 08h26.

Porto Alegre - Nos últimos cinco anos, mais de 500 mil novos negócios foram registrados no Brasil, sem contar a formalização de empreendedores individuais (EI), que somam mais de 1,2 milhão de registros em dois anos de existência. Os números demonstram que o empreendedorismo está consolidado no país. No entanto, “precisamos de mais um salto de qualidade e isso passa pelo fortalecimento dos territórios”, opinou o gerente de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae, Ênio Pinto.

A palestra dele abriu a sessão plenária “A nova competitividade dos territórios”, nesta quarta-feira (26), durante o XXI Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, que está sendo realizado em Porto Alegre (RS).

A economista da unidade de Análise Estrutural e Competitividade da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Annalisa Primi, defende a necessidade de um diagnóstico para se definir a vocação dos territórios e uma visão integrada entre seus diferentes atores, como governos, acadêmicos, empresários e sociedade civil. “Para construir um modelo bem sucedido, não se pode subestimar a heterogeneidade, a grande variedade de potenciais inovadores e diversidade de estratégias”, assinalou Primi.

Para o diretor do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), Antonio Carlos Filgueira Galvão, o Brasil tem apresentado taxas mais moderadas de crescimento, mas o processo tem sido qualitativo, com transferência de renda. Este é um diferencial importante quando se compara o desempenho nacional de países como China e Índia.

“Superar as desigualdades ainda é o ponto central do nosso desenvolvimento, porque não se trata apenas de transferir recursos para os mais pobres. A inclusão é que pereniza o território, cujo espaço não se limita a um recorte físico”, ponderou.

O seminário, que segue até esta sexta-feira (28), na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), está sendo realizado por iniciativa da Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), em parceria com o Sebrae.

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