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Startup de MG cria ‘Uber do mototáxi’ para driblar o trânsito

Aplicativo não cobra taxa por corrida, mas sim uma mensalidade fixa de cada motociclista, que ganha cerca de R$ 4.000 por mês com o app.

Aplicativo: Novo negócio oferece app para chamar um mototáxi (Reprodução/Thinkstock)

Mariana Desidério

Publicado em 6 de julho de 2017 às 06h00.

Última atualização em 6 de julho de 2017 às 06h00.

São Paulo – Quem já ficou parado no trânsito na hora do rush sabe como uma moto pode ser útil quando se precisa chegar rápido a algum destino. Foi pensando nisso e na popularização dos aplicativos de transporte de passageiros que um grupo de empreendedores mineiros resolveu criar o TMOVE, um aplicativo que une os serviços de mototáxi e moto-entregas.

“Nosso sócio, o Roberto Machado, acompanhou a entrada dos aplicativos de transporte nas capitais e observou que, na cidade dele, Montes Claros (MG), o uso de mototáxis era muito comum”, conta Bruno Campos, um dos sócios do negócio.

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Ao serviço de mototáxi os empreendedores resolveram adicionar a possiblidade de contratação de motoboys e até de motofrete (em que a moto tem uma carretinha acoplada), tudo pelo mesmo app.

“Acho que esse é o nosso maior diferencial. E o motociclista pode escolher com o que trabalhar. Se está um dia de chuva, por exemplo, vai ter menos procura pelo mototáxi, então ele pode atuar como motoboy”, explica.

A ideia começou a ser desenvolvida em 2015 e entrou em operação na versão beta no ano passado em Montes Claros, onde já tem mil motociclistas cadastrados. Agora, está presente também em Belo Horizonte, com mais 200 motos. Até agora, os empreendedores investiram cerca de R$ 2 milhões no negócio.

Classes C e D

De acordo com Campos, o serviço mais utilizado no app por enquanto é o de transporte de passageiros. “É um serviço mais barato, então atinge as classes C e D, que não pegaria um táxi comum ou um Uber. Mas estamos observando que, por uma questão de tempo, já começou a haver procura por pessoas com maior poder aquisitivo, especialmente nos horários de maior trânsito”, afirma.

Segundo Campos, um motociclista que trabalhe cerca de oito horas por dia de segunda a sexta pelo TMove tira cerca de R$ 4.400 brutos no mês. “Mas ele pode tirar muito mais se quiser trabalhar aos fins de semana ou mais horas no dia”, afirma.

Diferente de aplicativos como o Uber, o TMOVE não cobra porcentagem por corrida realizada. Os motociclistas pagam uma mensalidade fixa de cerca de R$ 100 e ficam com todo o dinheiro da corrida.

Além de Montes Claros e Belo Horizonte, a empresa está chegando a cidades como Passos (MG) e Ribeirão Preto (SP). Também já tem estudos em andamento para operar em mais dez cidades.

Para expandir sua presença pelo país, a TMOVE optou pelo modelo de franquias. No caso, o fraqueado fica responsável por gerenciar a operação do aplicativo numa cidade específica, recrutar os motociclistas, oferecer treinamento e fazer a divulgação da marca. O investimento inicial fica em torno de 50 mil reais.

Os franqueados devem cuidar em especial de cidades do interior, enquanto a matriz a princípio cuidará da operação nas capitais.  Até o final do ano, a empresa espera chegar a 20 unidades franqueadas; para 2018, a expectativa é chegar a cem unidades.

 

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