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Ele vendeu a empresa por US$ 1,8 bi e agora dirige um Uber

A carona de luxo não é fruto da necessidade de complementar a renda. O empreendedor Paul English decidiu se tornar motorista do Uber para fazer negócios.

O empreendedor Paul English resolveu dirigir pelo Uber (Reprodução Facebook)

O empreendedor Paul English resolveu dirigir pelo Uber (Reprodução Facebook)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 28 de junho de 2016 às 06h01.

São Paulo – O empreendedor Paul English virou motorista. Co-fundador do site de viagens Kayak – vendido por 1,8 bilhão de dólares em 2012 – ele agora pode ser encontrado pelas ruas de Boston levando passageiros em seu Tesla Model S.

A carona de luxo não é fruto da necessidade de complementar a renda. English decidiu se tornar motorista do Uber para fazer negócios. Isso mesmo. As corridas com gente de todos os tipos ajudam o empreendedor a colher informações para seu novo projeto – a startup Lola.

“Se o passageiro me pergunta com que eu trabalho, digo que sou engenheiro, e então pergunto o que ele faz. É mais interessante ouvir as histórias deles do que falar de mim”, disse o empresário em entrevista à revista Inc.

Enquanto o Kayak é um site que permite a reserva de hotéis com poucos cliques e sem a necessidade de procurar uma agência, a Lola, nova aposta de English, é justamente o oposto. “Estou tentando descobrir como reinventar a agência de viagens, valorizar o trabalho humano em detrimento das máquinas e fazer com que pessoas possam ajudá-lo a ter a viagem perfeita”, disse ao Business Insider.

Um dos objetivos do empreendedor ao dirigir pelo Uber é entender como é a sensação de ser avaliado o tempo todo. Sua ideia é estabelecer um sistema de avaliação semelhante ao do aplicativo, com notas de 1 a 5, para que os clientes da Lola avaliem o trabalho dos agentes de viagem. Pelo Uber, a avaliação de English não é impecável: 4,97.

A estreia de English no Uber merece um comentário à parte. Era noite de halloween, e o empreendedor havia dado uma festa à fantasia. Decidiu então sair para dirigir de madrugada, ainda fantasiado. “As pessoas acharam hilário ter alguém vestido de vampiro dirigindo um Tesla”, lembra. Já era possível ver que não se tratava de um motorista qualquer.

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