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Dicas para abrir um negócio na internet

Pensando em abrir um negócio virtual? Antes, leia as dicas de duas empreendedoras que já transformaram a ideia em realidade

Teclado de computador: Ser realista e investir em infraestrutura de acordo com a necessidade da empresa é uma das dicas (Zsuzsanna Kilian/Stock.XCHNG)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2012 às 15h50.

São Paulo - Ter um negócio na internet pode parecer tarefa fácil: é mais barato, flexível e conveniente. Mas, acredite, os desafios encontrados por empreendedores digitais são grandes.

A carioca Vanessa Caldas é CEO da Amo Muito, loja virtual de acessórios femininos, inaugurada há dois anos. Vanessa percorreu uma longa estrada até decidir encarar o desafio de ter uma empresa na internet.

Ela acredita que a experiência adquirida nas diversas companhias em que trabalhou antes de virar empreendedora pela segunda vez foi fundamental para que a Amo Muito seja um negócio bem-sucedido. No segundo ano de funcionamento, seu faturamento triplicou.

Para abrir um negócio na internet, ou fora dela, é preciso lidar com riscos e estar ciente de que um bom planejamento é fundamental. Em 2008, Maria Carolina Cintra criou a Kingo Labs, uma startup de programas para métricas de mídias sociais, que durou apenas três anos. Felizmente, da Kingo Labs saiu o Sorteie.me, um aplicativo que Maria Carolina criou com sua equipe em 2009 para a realização de sorteios na internet, um dos primeiros no mundo.

O programa ganhou popularidade no Facebook e no Twitter e hoje tem cerca de 1,5 milhão de usuários por mês. No fim de março, Maria Carolina inaugurou um novo empreendimento digital: o Socialle, uma ferramenta integrada com o Facebook para viabilizar a realização de desejos dos usuários.

Ela está confiante: "Estou começando do jeito certo, agora eu conheço bem mais os meus sócios do que conhecia na época do primeiro empreendimento".

A seguir, conheça as lições aprendidas pelas duas empreendedoras digitais e que podem ser úteis para você colocar sua ideia na internet.


Trâmites burocráticos

Tirar uma empresa do papel leva tempo. Você deve considerar todos os mecanismos legais para a criação de um empreendimento digital e se preparar financeiramente para os meses anteriores à inauguração do negócio. Apesar de o site da loja Amo Muito ter ficado pronto em dois meses, Vanessa teve de esperar mais quatro para inaugurar.

"Era para ter ido ao ar em dezembro de 2009 e, por causa de alvará, só aconteceu em março de 2010. Toda minha reserva financeira, que já era pouca, acabou", lembra. Maria Carolina, da Sortei.me, também enfrentou desafios semelhantes: "Demoramos meses para ter um contrato social e para entender como seria feita a contabilidade da empresa, porque não tem contador que entenda de internet no Brasil".

Pequenos passos

Seja realista e invista em infraestrutura de acordo com a necessidade da empresa. Maria Carolina confessa ter jogado dinheiro fora no primeiro ano da Kingo Labs, que tinha um escritório perto da Avenida Paulista, equipado com computadores de última linha e muitos funcionários.

"A gente começou grande para fazer coisas pequenas, em vez de começar pequeno para fazer coisas pequenas." Em comparação, a Amo Muito começou dentro da casa de Vanessa, mudou para um escritório compartilhado com outras três empresas depois de dois meses, quando o estoque de mercadorias aumentou, e só se mudou para um escritório próprio no fim do primeiro ano.

Dedicação exclusiva

Muitas pessoas abrem empresas enquanto ainda estão empregadas. Apesar de ser possível, o desgaste é muito grande e há risco de o novo negócio demorar a engrenar.


Vanessa saiu da empresa em que trabalhava para se dedicar exclusivamente a seu empreendimento. "As pessoas querem abrir um negócio, mas querem manter seu emprego estável, seu salário no fim do mês. Se eu tivesse feito isso seria uma catástrofe", afirma Vanessa.

Área de competência

Maria Carolina aprendeu que não podia fazer tudo sozinha: "Se você colocar a área administrativa nas mãos de uma pessoa técnica, em algum momento tudo vai dar errado". Na Socialle, ela tem a ajuda de uma especialista para cuidar dessas questões, enquanto se concentra em suas áreas de experiência: criação e tecnologia.

Seja Paciente

É necessária muita coragem para encarar um desafio na internet. É um mercado relativamente novo, do qual ainda não há dados suficientes para saber o que dá certo e o que não dá. "Claro que há vários exemplos de sucesso, mas na internet tudo vira sucesso instantâneo ou fracasso retumbante em 24 horas. Então, passar dessas 24 horas é um desafio. Precisa de muita maturidade, muita paciência", diz Maria Carolina.

Erre para aprender

Como tudo na vida, abrir um negócio virtual é um grande aprendizado. Não tenha medo de errar. As empresas por onde Vanessa passou foram escolas em que aprendeu os segredos de tocar um negócio próprio: "Com 19 anos eu não tinha experiência. A maior parte do que sei aprendi em outros lugares, tentando. Todo mundo erra, eu continuo errando, é normal".

Busque apoio

A jornada dupla das mulheres, que ainda são as grandes responsáveis por administrar a casa, faz com que o desafio de empreender seja ainda maior do que é para eles. Para Silvia Valadares, da Microsoft, a mulher precisa contar com apoio da família e ter determinação para não sentir culpa por estar investindo tempo em sua ideia. "Se não conseguir fazer com que o marido ou o namorado entenda que vai precisar virar a noite trabalhando, ela não vai levar o empreendimento adiante".

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São Paulo - Ter um negócio na internet pode parecer tarefa fácil: é mais barato, flexível e conveniente. Mas, acredite, os desafios encontrados por empreendedores digitais são grandes.

A carioca Vanessa Caldas é CEO da Amo Muito, loja virtual de acessórios femininos, inaugurada há dois anos. Vanessa percorreu uma longa estrada até decidir encarar o desafio de ter uma empresa na internet.

Ela acredita que a experiência adquirida nas diversas companhias em que trabalhou antes de virar empreendedora pela segunda vez foi fundamental para que a Amo Muito seja um negócio bem-sucedido. No segundo ano de funcionamento, seu faturamento triplicou.

Para abrir um negócio na internet, ou fora dela, é preciso lidar com riscos e estar ciente de que um bom planejamento é fundamental. Em 2008, Maria Carolina Cintra criou a Kingo Labs, uma startup de programas para métricas de mídias sociais, que durou apenas três anos. Felizmente, da Kingo Labs saiu o Sorteie.me, um aplicativo que Maria Carolina criou com sua equipe em 2009 para a realização de sorteios na internet, um dos primeiros no mundo.

O programa ganhou popularidade no Facebook e no Twitter e hoje tem cerca de 1,5 milhão de usuários por mês. No fim de março, Maria Carolina inaugurou um novo empreendimento digital: o Socialle, uma ferramenta integrada com o Facebook para viabilizar a realização de desejos dos usuários.

Ela está confiante: "Estou começando do jeito certo, agora eu conheço bem mais os meus sócios do que conhecia na época do primeiro empreendimento".

A seguir, conheça as lições aprendidas pelas duas empreendedoras digitais e que podem ser úteis para você colocar sua ideia na internet.


Trâmites burocráticos

Tirar uma empresa do papel leva tempo. Você deve considerar todos os mecanismos legais para a criação de um empreendimento digital e se preparar financeiramente para os meses anteriores à inauguração do negócio. Apesar de o site da loja Amo Muito ter ficado pronto em dois meses, Vanessa teve de esperar mais quatro para inaugurar.

"Era para ter ido ao ar em dezembro de 2009 e, por causa de alvará, só aconteceu em março de 2010. Toda minha reserva financeira, que já era pouca, acabou", lembra. Maria Carolina, da Sortei.me, também enfrentou desafios semelhantes: "Demoramos meses para ter um contrato social e para entender como seria feita a contabilidade da empresa, porque não tem contador que entenda de internet no Brasil".

Pequenos passos

Seja realista e invista em infraestrutura de acordo com a necessidade da empresa. Maria Carolina confessa ter jogado dinheiro fora no primeiro ano da Kingo Labs, que tinha um escritório perto da Avenida Paulista, equipado com computadores de última linha e muitos funcionários.

"A gente começou grande para fazer coisas pequenas, em vez de começar pequeno para fazer coisas pequenas." Em comparação, a Amo Muito começou dentro da casa de Vanessa, mudou para um escritório compartilhado com outras três empresas depois de dois meses, quando o estoque de mercadorias aumentou, e só se mudou para um escritório próprio no fim do primeiro ano.

Dedicação exclusiva

Muitas pessoas abrem empresas enquanto ainda estão empregadas. Apesar de ser possível, o desgaste é muito grande e há risco de o novo negócio demorar a engrenar.


Vanessa saiu da empresa em que trabalhava para se dedicar exclusivamente a seu empreendimento. "As pessoas querem abrir um negócio, mas querem manter seu emprego estável, seu salário no fim do mês. Se eu tivesse feito isso seria uma catástrofe", afirma Vanessa.

Área de competência

Maria Carolina aprendeu que não podia fazer tudo sozinha: "Se você colocar a área administrativa nas mãos de uma pessoa técnica, em algum momento tudo vai dar errado". Na Socialle, ela tem a ajuda de uma especialista para cuidar dessas questões, enquanto se concentra em suas áreas de experiência: criação e tecnologia.

Seja Paciente

É necessária muita coragem para encarar um desafio na internet. É um mercado relativamente novo, do qual ainda não há dados suficientes para saber o que dá certo e o que não dá. "Claro que há vários exemplos de sucesso, mas na internet tudo vira sucesso instantâneo ou fracasso retumbante em 24 horas. Então, passar dessas 24 horas é um desafio. Precisa de muita maturidade, muita paciência", diz Maria Carolina.

Erre para aprender

Como tudo na vida, abrir um negócio virtual é um grande aprendizado. Não tenha medo de errar. As empresas por onde Vanessa passou foram escolas em que aprendeu os segredos de tocar um negócio próprio: "Com 19 anos eu não tinha experiência. A maior parte do que sei aprendi em outros lugares, tentando. Todo mundo erra, eu continuo errando, é normal".

Busque apoio

A jornada dupla das mulheres, que ainda são as grandes responsáveis por administrar a casa, faz com que o desafio de empreender seja ainda maior do que é para eles. Para Silvia Valadares, da Microsoft, a mulher precisa contar com apoio da família e ter determinação para não sentir culpa por estar investindo tempo em sua ideia. "Se não conseguir fazer com que o marido ou o namorado entenda que vai precisar virar a noite trabalhando, ela não vai levar o empreendimento adiante".

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