Como criar projeções financeiras confiáveis
O planejamento auxilia o cálculo do dinheiro que haverá em caixa e abre, inclusive, a possibilidade de rever estratégias de acordo com mudanças no cenário macroeconômico
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2012 às 06h00.
São Paulo - Reajuste de aluguel, água e luz, aumento de salário dos funcionários, mudanças nas taxas de câmbio e na incidência de juros sobre produtos. Esses e outros fatores fogem ao controle do empresário , mas o afetam diretamente. No entanto, estratégias para lidar com todos esses itens, bem como, simplesmente, prever a quantidade de dinheiro no bolso ao fim de um período, dependem da saúde financeira do negócio.
É comum entre pequenos empreendedores , muitas vezes focados na parte técnica do negócio, não dar importância à projeção de finanças.
Com isso, surgem probelmas causados por projeções incertas e muito distantes da realidade do negócio. Isso pode causar dificuldades como estourar a conta ou não ter dinheiro para pagar um fornecedor, que poderiam ser evitadas com um simples planejamento .
“Se traçar custos e gastos com antecedência, o empresário consegue negociar prazos de pagamento e criar uma menor dependência de recursos de terceiros. Além disso, é possível tomar decisões sobre estratégias de cabeça fria, sem pressa”, destaca o consultor Márcio Iavelberg, da Blue Numbers consultoria empresarial.
Para o consultor do Sebrae-SP Luís Lobrigatti, a projeção funciona como uma bússola que guia o caminho da empresa e, por isso, deve ser muito bem feita e confiável. “O planejamento indica como vai vender, atender o cliente e qual o prazo que vai dar para pagamento e entrega. Toda a funcionalidade da empresa estará atrelada a essa projeção e evita que o empresário fique à mercê dos acontecimentos”, diz Lobrigatti.
Ou seja, fazer uma previsão financeira o mais próxima possível da realidade é fundamental para minimizar riscos de falência, além de reduzir a incerteza com relação às tomadas de decisão.
A principal recomendação é ser criterioso e ter bom-senso. “Projeção é um número incerto, baseados no histórico e validados em função da percepção do mercado, mas que deve estimular o trabalho para ser atingido”, destaca Lobrigatti. Além disso, é essencial ser sincero no momento de prever os custos e também as vendas. Caso possível, pode-se, inclusive fazer uma projeção mais favorável, outra para um cenário pior e, mais uma, projetando uma estabilidade.
Planejando
De acordo com o consultor Márcio Iavelberg, o fluxo de caixa é um método que funciona como uma previsão detalhada e se baseia em definir as entradas e saídas que a empresa terá. “Com base em itens como faturamento passado, o que ainda se tem para receber e gastos fixos, consigo projetar se terei dinheiro ou não”.
Lobrigatti explica que o empresário deve levar em consideração a previsão de vendas, compras e gastos fixos. “Essa é uma forma de iniciar a projeção, pensando toda a empresa num período futuro”. O empreendedor junta o que vai receber de vendas nos próximos 3 ou 6 meses com o que já fez de compras e precisa pagar. “Uma atenção especial à inadimplência dos clientes. É bom calcular a média de atraso nos pagamentos para se programar também em função disso”.
Além de vendas e compras a realizar, o empreendedor deve considerar os custos com estoque, funcionários, impostos, seguros, entre outros. Também deve-se planejar investimentos como troca de frota de veículos ou equipamentos de informática. “Mas tudo dentro da capacidade da empresa, do que ela pode assumir de dívida e em quanto tempo terá que financiar para pagar.”
Levando em considerção o histórico do negócio, faz-se uma projeção dos próximos meses. “É um pouco menos detalhado que o fluxo de caixa, porque não considera todas as receitas e despesas diárias, mas o mês inteiro”, detalha Iavelberg.
Luís Lobrigatti ressalta a importância de se fazer projeções realistas. “Se o ritmo de vendas está em declínio, não é que se deva projetar diminuições, mas pensar em soluções para resolver isso”. Outro ponto que ajuda a tornar o planejamento mais real é considerar o cenário do segmento em que a empresa atua.
São Paulo - Reajuste de aluguel, água e luz, aumento de salário dos funcionários, mudanças nas taxas de câmbio e na incidência de juros sobre produtos. Esses e outros fatores fogem ao controle do empresário , mas o afetam diretamente. No entanto, estratégias para lidar com todos esses itens, bem como, simplesmente, prever a quantidade de dinheiro no bolso ao fim de um período, dependem da saúde financeira do negócio.
É comum entre pequenos empreendedores , muitas vezes focados na parte técnica do negócio, não dar importância à projeção de finanças.
Com isso, surgem probelmas causados por projeções incertas e muito distantes da realidade do negócio. Isso pode causar dificuldades como estourar a conta ou não ter dinheiro para pagar um fornecedor, que poderiam ser evitadas com um simples planejamento .
“Se traçar custos e gastos com antecedência, o empresário consegue negociar prazos de pagamento e criar uma menor dependência de recursos de terceiros. Além disso, é possível tomar decisões sobre estratégias de cabeça fria, sem pressa”, destaca o consultor Márcio Iavelberg, da Blue Numbers consultoria empresarial.
Para o consultor do Sebrae-SP Luís Lobrigatti, a projeção funciona como uma bússola que guia o caminho da empresa e, por isso, deve ser muito bem feita e confiável. “O planejamento indica como vai vender, atender o cliente e qual o prazo que vai dar para pagamento e entrega. Toda a funcionalidade da empresa estará atrelada a essa projeção e evita que o empresário fique à mercê dos acontecimentos”, diz Lobrigatti.
Ou seja, fazer uma previsão financeira o mais próxima possível da realidade é fundamental para minimizar riscos de falência, além de reduzir a incerteza com relação às tomadas de decisão.
A principal recomendação é ser criterioso e ter bom-senso. “Projeção é um número incerto, baseados no histórico e validados em função da percepção do mercado, mas que deve estimular o trabalho para ser atingido”, destaca Lobrigatti. Além disso, é essencial ser sincero no momento de prever os custos e também as vendas. Caso possível, pode-se, inclusive fazer uma projeção mais favorável, outra para um cenário pior e, mais uma, projetando uma estabilidade.
Planejando
De acordo com o consultor Márcio Iavelberg, o fluxo de caixa é um método que funciona como uma previsão detalhada e se baseia em definir as entradas e saídas que a empresa terá. “Com base em itens como faturamento passado, o que ainda se tem para receber e gastos fixos, consigo projetar se terei dinheiro ou não”.
Lobrigatti explica que o empresário deve levar em consideração a previsão de vendas, compras e gastos fixos. “Essa é uma forma de iniciar a projeção, pensando toda a empresa num período futuro”. O empreendedor junta o que vai receber de vendas nos próximos 3 ou 6 meses com o que já fez de compras e precisa pagar. “Uma atenção especial à inadimplência dos clientes. É bom calcular a média de atraso nos pagamentos para se programar também em função disso”.
Além de vendas e compras a realizar, o empreendedor deve considerar os custos com estoque, funcionários, impostos, seguros, entre outros. Também deve-se planejar investimentos como troca de frota de veículos ou equipamentos de informática. “Mas tudo dentro da capacidade da empresa, do que ela pode assumir de dívida e em quanto tempo terá que financiar para pagar.”
Levando em considerção o histórico do negócio, faz-se uma projeção dos próximos meses. “É um pouco menos detalhado que o fluxo de caixa, porque não considera todas as receitas e despesas diárias, mas o mês inteiro”, detalha Iavelberg.
Luís Lobrigatti ressalta a importância de se fazer projeções realistas. “Se o ritmo de vendas está em declínio, não é que se deva projetar diminuições, mas pensar em soluções para resolver isso”. Outro ponto que ajuda a tornar o planejamento mais real é considerar o cenário do segmento em que a empresa atua.