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Clube de livros infantis recebe aporte de R$ 3 mi da Movile

O clube de assinatura Leiturinha acabou de receber um investimento da PlayKids, plataforma criada pela Movile.

Luiz Castilho, Rodolfo Reis e Guilherme Martins: empreendedores criaram o Leiturinha com base em experiências pessoais (Divulgação/Leiturinha)
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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2016 às 15h36.

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  • São Paulo – A Leiturinha, clube de assinatura de livros infantis que atende 18 mil famílias, chamou a atenção da grande empresa brasileira de conteúdo Movile, que fez um aporte de 3 milhões de reais no negócio.

    A Movile tem cerca de 400 milhões de reais em receitas e um valor estimado de 800 milhões de reais, segundo estimativas de 2014 e 2015. Ela é dona de apps como o buscador de endereços Apontador, o aplicativo de delivery iFood e a plataforma de conteúdo infantil PlayKids.

    Esta última foi a responsável pelo investimento na Leiturinha. “Dentro da PlayKids, temos uma cultura muito forte de trazer os melhores produtos para nosso serviço. Queremos adicionar serviços que os pais procuram e que façam as crianças se engajarem mais com o que nós oferecemos”, conta Mauro Piazza, CFO da PlayKids.

    Para Rodolfo Reis, CEO da Leiturinha, não foi simplesmente uma questão de aporte, mas de sinergia entre os negócios.

    “A Leiturinha é referência no mercado de livro infantil, e a referência de aplicativos para a família é a PlayKids. Faz todo o sentido estarmos com eles. Vamos unir esforços e complementar nossas propostas, trabalhando momentos diferentes.”

    Leiturinha

    O clube de assinatura voltado para crianças nasceu da própria vivência dos fundadores da Leiturinha. Observando suas famílias, os sócios Guilherme Martins, Luiz Castilho e Rodolfo Reis tiveram uma ideia: resgatar o antigo hábito de ler para os filhos, oferecendo como diferencial de serviço a comodidade e a curadoria típicas dos clubes de assinatura.

    A Leiturinha começou a operar em 2014 e funciona por três modelos de assinatura: o Uni, que entrega um livro (34,90 por mês); o Duni, que entrega dois livros (54,90 por mês); e o Presente, com dois livros para quem quer fazer uma única entrega (69,90).

    Adesivos e marcadores acompanham o item principal, além de eventuais parcerias com empresas que compartilhem da missão do negócio. Todos os meses, os pais recebem junto uma carta pedagógica, explicando a justificativa de escolha pela obra e quais pontos poderiam ser trabalhados com a criança na hora da leitura (Leia mais sobre a Leiturinha:  Clube de assinatura quer reviver hábito de ler com os filhos ).

    Livro físico e digital

    Uma das grandes novidades do investimento da PlayKids é a integração entre os serviços Leiturinha Digital e o PlayKids Stories. Ambos são serviços que disponibilizam livros para leitura em computadores, smartphones e tablets.

    “O primeiro passo é transformar esses dois produtos em um só, e que esse novo serviço seja melhor que os dois anteriores”, afirma Piazza. “A Leiturinha é especializada no livro físico, enquanto a PlayKids tem um know-how muito grande no mundo digital. Nós podemos ajudar a unir esses dois mundos.”

    Por exemplo, imagine receber um livro da Leiturinha e, no tablet, acessar a PlayKids Stories para ter interações em realidade virtual com os personagens ou verificar finais diferentes para a história lida anteriormente.

    “A oferta em conjunto é muito poderosa e atrativa: o assinante ainda será impactado pela surpresa todo mês e pelo livro físico, mas terá acesso ao mundo online e não apenas aos livros que já existem na Leiturinha Digital, mas a todo conteúdo da PlayKids”, completa Reis.

    Atualmente, o assinante da Leiturinha já possui o acesso à Leiturinha Digital incluso na assinatura. Agora, o clube também oferece para alguns assinantes o acesso gratuito à PlayKids, como teste – segundo Reis, a ideia é ter o conteúdo da Leiturinha Digital dentro da plataforma da Movile em médio prazo.

    Por enquanto, a Leiturinha Digital continua existindo e há um período para os serviços serem disponibilizados simultaneamente. Lembrando que a PlayKids também trabalha por mensalidades, com custo de até 20 reais por mês, e oferece diversos aplicativos dentro da plataforma: além do PlayKids Stories, há o PlayKids Party, para games; o PlayKids Talk, um serviço de mensagens controlado pelos pais; e o PlayKids TV, com animações infantis.

    “Estamos analisando a aceitação do produto. Queremos saber o que as pessoas acham do produto, se isso cria mais engajamento ou não. Essa questão de como iremos fazer os pacotes ainda está em aberto. Pode ser que continue sendo feito assim, ou não”, explica Piazza.

    Outros investimentos

    Além do foco na integração das plataformas, a Leiturinha também usará o investimento recebido para as áreas de crescimento de equipe, mídia e vendas.

    Hoje, o negócio possui 55 funcionários. Até fevereiro de 2017, a meta é ter entre 80 e 90 pessoas.

    Na parte de mídia, a PlayKids afirma que irá divulgar o clube em seus canais de relação com o consumidor, nas redes sociais e em veículos tradicionais. “Por exemplo, a gente vai lançar uma campanha de TV muito forte nas próximas semanas, onde mostraremos os dois produtos juntos”, diz Piazzi.

    Por fim, a o negócio tem uma meta agressiva de vendas: até o fim do ano, pretende saltar de 18 mil assinantes para 30 mil.

    Expansão

    O plano de expansão da Leiturinha tem como alvo atual o mercado brasileiro. “Na faixa etária em que a Leiturinha e a PlayKids trabalham, há 15 milhões de crianças no país. Ou seja, ainda há espaço para crescer”, diz Piazzi.

    “Hoje, a PlayKids já é uma das maiores empresas do mundo no segmento infantil. Queremos que a Leiturinha seja assim também. Achamos que é um produto muito bom, um dos maiores clubes de assinatura do Brasil. Podemos alavancar o crescimento deles e vice-versa.”

    A expansão para o exterior é algo em mente apenas para o ano que vem. “Ainda temos desafios de consolidação no Brasil. Porém a Movile é super estratégica para nós na hora de ir a outros países. A PlayKids já está presente em mais de 100 países, enquanto a Movile tem escritórios internacionais. São qualidades muito legais, que abrem um leque de oportunidades para a Leiturinha”, completa Reis.

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