Daniel Cabrera, head da SAP Business One Brasil (SAP/Divulgação)
Luísa Granato
Publicado em 3 de agosto de 2021 às 11h45.
Última atualização em 3 de agosto de 2021 às 11h53.
Enquanto a SAP já domina o mercado de softwares para gestão de grandes empresas, as PMEs estão se tornando o grande foco da empresa e fazendo do Brasil o país mais importante para a companhia.
No mundo, 76% de todas as transações já passam por algum sistema da SAP. Enquanto isso, 82% dos novos clientes vêm de pequenos e médios negócios, o braço SAP Business One da empresa.
“O mercado das PMEs é cada vez mais importante. Se você olha a pesquisa da Serasa, mais de 3 milhões de empresas foram abertas em 2020, uma alta de quase 9% comparando com 2019”, comenta Daniel Cabrera, Head SAP Business One Brasil.
A operação brasileira da SAP mantém seu protagonismo global há 10 trimestres por causa do crescimento de receita e de novos clientes. De 2018 até o momento, a unidade de Business One saiu de 3.500 clientes para 7.600.
E, com a pandemia, a grande urgência do pequeno empreendedor é fazer seu negócio entrar para o mundo digital. Para o executivo, o desafio da SAP foi se adaptar para acompanhar a agilidade de startups e provar que uma solução de software não é só para os grandes.
“Os últimos três anos foram de trabalho forte para quebrar o paradigma de que implementar um software é um processo moroso e custoso, por isso a solução é só para grandes empresas. A gente prova que não”, afirma ele.
Cabrera dá como exemplo a WEG, multinacional brasileira que manufatura peças eletrônicas e industriais. Embora a empresa seja grande, ela utiliza o Business One em seus distribuidores.
A solução está presente em 20 tipos de indústria, de restaurantes e pequenos escritórios até nos agronegócios e cemitérios.
Mesmo com o trabalho remoto, o SAP Business One teve a implementação mais rápida do mundo: um período de apenas 15 dias. A solução agora pode ser adotada por empresas com apenas cinco usuários e partindo do valor de 550 reais por usuário/mês.
Para conseguir esse feito, Cabrera conta que o trabalho dentro da unidade começou a seguir a lógica das competições abertas de inovação. Eles incentivam a competição por meio de hackatons com startups e parceiros, o que ajuda na troca de ideias e compreensão das dificuldades dos clientes.
“Uma das melhores práticas de novos modelos de todo o mundo foi desenvolvida aqui no Brasil. E isso a gente pegou de ter competições sadias dentro de parceiros”, diz.