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BB já desembolsou R$3,6 bi a PMEs em plano de crédito

O banco está intensificando a concessão de empréstimos a empresas médias e pequenas por meio de acordos regionais e setoriais com companhias "âncoras"

Agência do Banco do Brasil: programa lançado em agosto já desembolsou mais de 3,6 bilhões de reais (Pilar Olivares/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2016 às 16h48.

São Paulo- O Banco do Brasil está intensificando a concessão de empréstimos a empresas médias e pequenas por meio de acordos regionais e setoriais com companhias 'âncoras', que repassam pagamentos de fornecedores ao próprio banco.

Inspirado numa iniciativa semelhante para fornecedores da Petrobras, há cinco anos, o programa lançado em agosto já desembolsou mais de 3,6 bilhões de reais, disse o vice-presidente de controles internos e gestão de risco do BB, Walter Malieni Júnior.

Segundo o executivo, a iniciativa foi o caminho encontrado pelo BB para manter ativos os canais de crédito para empresas menores, um dos segmentos mais vulneráveis a ciclos econômicos adversos e que tem sido dos mais importantes vetores de deterioração da qualidade da carteira dos bancos.

"É uma engenharia que nos ajuda a ter maior controle sobre a inadimplência e detectar setores e regiões mais promissores", disse Malieni Júnior à Reuters.

O programa tem adiantado recursos por um período de sete a 90 dias. O empréstimo é liberado após a 'âncora' confirmar para o banco que fez encomenda para a empresa que pediu o crédito. O pagamento é feito por meio uma conta gerida pelo próprio BB.

Dos 382 acordos firmados pelo banco no âmbito do programa, alguns dos mais ativos estão ligados ao agronegócio e a exportações, que têm conseguido passar com menos embaraço pela recessão do país, ou mesmo se beneficiado da alta do dólar.

Quando anunciou o programa em agosto passado, o BB afirmou que a iniciativa tinha como um dos principais alvos fornecedores de componentes ao setor automotivo, importante empregador do país.

A estimativa de recursos informada na época pelo BB para o segmento até o final de 2015 era de até 3,1 bilhões de reais. Considerando o apoio a outros setores, os recursos disponíveis para o programa eram de até 9 bilhões de reais. Segundo o executivo, desde agosto mais de 12,5 mil empresas fizeram empréstimos por meio dessa estrutura, que o banco chama de elos produtivos, dentro dos 382 acordos acertados com as empresas âncoras. Malieni disse que 7,9 por cento dos recursos concedidos foram para autopeças.

"Os 9 bilhões de reais não era previsão de negócios fechados, só o disponível. Estamos satisfeitos com o resultado", afirmou o executivo. Sem ativos que possam ser apresentados como garantia ao pedir empréstimos para capital de giro, por exemplo, empresas de pequeno e médio portes têm sido preteridas pelos bancos na concessão de novos empréstimos.

Esse movimento ficou expresso nos balanços mais recentes. Em 2015, o estoque de empréstimos do Bradesco para o setor encolheu 5,3 por cento, no Itaú Unibanco houve recuo de 1,7 por cento. No caso do BB, o crédito desse segmento diminuiu 6,2 em 12 meses até setembro, último número disponível. O Banco do Brasil divulga resultado do ano passado em 24 de fevereiro.

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São Paulo- O Banco do Brasil está intensificando a concessão de empréstimos a empresas médias e pequenas por meio de acordos regionais e setoriais com companhias 'âncoras', que repassam pagamentos de fornecedores ao próprio banco.

Inspirado numa iniciativa semelhante para fornecedores da Petrobras, há cinco anos, o programa lançado em agosto já desembolsou mais de 3,6 bilhões de reais, disse o vice-presidente de controles internos e gestão de risco do BB, Walter Malieni Júnior.

Segundo o executivo, a iniciativa foi o caminho encontrado pelo BB para manter ativos os canais de crédito para empresas menores, um dos segmentos mais vulneráveis a ciclos econômicos adversos e que tem sido dos mais importantes vetores de deterioração da qualidade da carteira dos bancos.

"É uma engenharia que nos ajuda a ter maior controle sobre a inadimplência e detectar setores e regiões mais promissores", disse Malieni Júnior à Reuters.

O programa tem adiantado recursos por um período de sete a 90 dias. O empréstimo é liberado após a 'âncora' confirmar para o banco que fez encomenda para a empresa que pediu o crédito. O pagamento é feito por meio uma conta gerida pelo próprio BB.

Dos 382 acordos firmados pelo banco no âmbito do programa, alguns dos mais ativos estão ligados ao agronegócio e a exportações, que têm conseguido passar com menos embaraço pela recessão do país, ou mesmo se beneficiado da alta do dólar.

Quando anunciou o programa em agosto passado, o BB afirmou que a iniciativa tinha como um dos principais alvos fornecedores de componentes ao setor automotivo, importante empregador do país.

A estimativa de recursos informada na época pelo BB para o segmento até o final de 2015 era de até 3,1 bilhões de reais. Considerando o apoio a outros setores, os recursos disponíveis para o programa eram de até 9 bilhões de reais. Segundo o executivo, desde agosto mais de 12,5 mil empresas fizeram empréstimos por meio dessa estrutura, que o banco chama de elos produtivos, dentro dos 382 acordos acertados com as empresas âncoras. Malieni disse que 7,9 por cento dos recursos concedidos foram para autopeças.

"Os 9 bilhões de reais não era previsão de negócios fechados, só o disponível. Estamos satisfeitos com o resultado", afirmou o executivo. Sem ativos que possam ser apresentados como garantia ao pedir empréstimos para capital de giro, por exemplo, empresas de pequeno e médio portes têm sido preteridas pelos bancos na concessão de novos empréstimos.

Esse movimento ficou expresso nos balanços mais recentes. Em 2015, o estoque de empréstimos do Bradesco para o setor encolheu 5,3 por cento, no Itaú Unibanco houve recuo de 1,7 por cento. No caso do BB, o crédito desse segmento diminuiu 6,2 em 12 meses até setembro, último número disponível. O Banco do Brasil divulga resultado do ano passado em 24 de fevereiro.

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