Aplicativo Whitebook ajuda médicos na tomada de decisão (Pebmed/Divulgação)
Letícia Naísa
Publicado em 30 de outubro de 2018 às 19h10.
São Paulo — Uma pesquisa da agência McCann Health feita com médicos brasileiros apontou que a classe vê de forma positiva o uso da tecnologia no cotidiano da profissão.
Pensando na tendência de uso do smartphone entre a classe médica, a startup Pebmed lançou em 2015 o Whitebook, aplicativo que permite aos médicos tomarem decisões de forma mais rápida.
A empresa foi fundada em 2012 por três estudantes de medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), Bruno Lagoeiro, Eduardo Moura e Pedro Gemal. “A gente queria ajudar alunos de medicina e colegas médicos no dia-a-dia”, afirma Lagoeiro.
Em três anos, a empresa já tinha lançado 20 aplicativos de conteúdo médico. O investimento inicial foi de cerca de mil reais.
Foi em 2015, graças a um programa de aceleração, que os 20 aplicativos da Pebmed viraram o Whitebook, que hoje tem 320 mil usuários, sendo 52 mil pagantes, com acesso a um maior número de conteúdos exclusivos. A mensalidade custa 42,90 reais.
“O aplicativo tem uma alta frequência de uso dos médicos”, afirma Lagoeiro. “É uma ferramenta para o dia-a-dia profissional do médico que precisa de ajuda na tomada de decisão.”
A estimativa da startup é que o aplicativo esteja sendo usado por um a cada quatro médicos e estudantes de medicina brasileiros.
No conteúdo pago, o médico tem acesso a guias mais específicos de cada área da medicina, como cirurgia, oftalmologia, pediatria e ginecologia. O conteúdo gratuito inclui instruções sobre prescrição de medicamentos, vacinação, procedimentos do SUS e rotinas hospitalares.
Hoje, a equipe tem 25 médicos e duas farmacêuticas que fazem a curadoria do conteúdo, além de médicos voluntários que escrevem para o portal da Pebmed, que oferece conteúdos de aprendizado para médicos.
Segundo Lagoeiro, o aplicativo tem mais de seis mil conteúdos de 28 especialidades médicas. 98% dos usuários do aplicativo são médicos brasileiros, mas a empresa pretende expandir seu alcance pelas instituições médicas.
“Nós temos conversado com hospitais, universidades e clínicas que querem implementar o Whitebook na rotina dos seus médicos como parte dos protocolos de tomada de decisão, porque pode aumentar a qualidade do atendimento e do serviço médico”, diz Lagoeiro.