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Amaro começa a vender roupas de outras marcas no seu e-commerce

Para ajudar marcas menores durante a crise causada pelo novo coronavírus, a empresa decidiu antecipar o lançamento do projeto Amaro Collective

Amaro: varejista se encarrega da venda e entrega dos produtos das sete marcas parceiras no projeto (Amaro/Divulgação)
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Carolina Ingizza

Publicado em 4 de maio de 2020 às 14h00.

Última atualização em 11 de maio de 2020 às 16h27.

A varejista de moda brasileira Amaro decidiu abrir seu e-commerce para outras marcas. A partir desta segunda-feira, 4, a empresa passa a vender produtos de outras sete lojas em sua plataforma. O projeto, chamado de Amaro Collective, já estava sendo considerado antes da pandemia, mas foi acelerado para poder ajudar empresas menores a vender online durante a crise causada pelo novo coronavírus.

Nas duas primeiras semanas de abril, as vendas pela internet no Brasil aumentaram 30%, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm). O momento é distanciamento social foi positivo para as empresas que sabem navegar em ambientes digitais, como a Amaro. A empresa usava as 13 lojas que tem pelo país somente para que o cliente pudesse provar as peças: todas as vendas eram feitas pelo e-commerce e entregues na casa dos consumidores.

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“Neste momento de distanciamento social, a curva de adoção de e-commerce no Brasil tem disparado, o que é uma grande vantagem para Amaro. Porém, esse momento tem sido difícil para outras marcas que dependem do varejo físico ou que tem menos visibilidade”, diz a diretora de marketing da Amaro, Denise Door.

A mudança não significa que a Amaro vai passar a ser um marketplace de moda. No Collective, a empresa vai operar como uma varejista multimarca, comprando as peças dos parceiros com preço de atacado. Dentro da plataforma de e-commerce da empresa, a varejista se responsabiliza pela relação com o consumidor, pela intermediação da compra e entrega dos produtos.

A Amaro selecionou com cuidado as primeiras marcas que poderão expor seus produtos no e-commerce. Door diz que só foram escolhidas marcas que tivessem o mesmo nível de inovação e curadoria de estilo da Amaro.As sete empresas escolhidas, Pantys, Framed, Allmost Vintage, Clemence, Zerezes, Linus e Haight, além de terem o perfil buscado pela varejista, possuem peças complementares ao catálogo tradicional da Amaro, com itens como óculos de grau e calcinhas próprias para menstruação.

No futuro, a empresa planeja fechar novas parcerias com outras empresas — mas respeitando os critérios estabelecidos de seleção. “Queremos compartilhar o que nós temos de melhor, ajudando outros parceiros e beneficiando clientes”, afirma Door.

Fora a iniciativa com marcas parceiras, a Amaro adotou uma estratégia nova de vendas agora que suas Guide Shops estão fechadas. As vendedoras da empresa estão conversando com as clientes pelo WhatsApp, oferecendo dicas de moda e apresentando as novas coleções e produtos disponíveis. “Tem dado certo, temos uma resposta positiva das clientes neste novo canal”, diz a diretora de marketing.

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