8 lições de empresários de sucesso para os empreendedores
O que alguns dos principais empreendedores e CEOs do país têm a dizer a quem está abrindo uma empresa hoje
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2011 às 18h25.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h30.
São Paulo – Ouvir os conselhos de quem deu certo nos negócios é um exercício para os novos empreendedores . O CEO Summit 2011, evento organizado pela Endeavor e pela Ernst & Young Terco., reuniu hoje, em São Paulo, mais de dez empresários e executivos de sucesso para dividir suas experiências com os novos empreendedores.
Confira o que disseram Anderson Birman, da Arezzo, Maurício Botelho, da Embraer, Marcio Utsch, da Alpargatas, Abílio Diniz, do grupo Pão de Açúcar, Romero Rodrigues, do Buscapé , Roberto Setúbal, do Itaú , Joesley Batista, da J&F Holding, e Luiz Seabra, da Natura.
Confira o que disseram Anderson Birman, da Arezzo, Maurício Botelho, da Embraer, Marcio Utsch, da Alpargatas, Abílio Diniz, do grupo Pão de Açúcar, Romero Rodrigues, do Buscapé , Roberto Setúbal, do Itaú , Joesley Batista, da J&F Holding, e Luiz Seabra, da Natura.
Apesar de dizer que fugiria de um novo negócio na área de varejo, o empresário e presidente do conselho de administração do grupo Pão de Açúcar Abílio Diniz não deixa de melhorar a empresa que já tem estabelecida. Para ele, o empreendedor precisa ser melhor a cada dia para ter sucesso. “Ser melhor hoje do que ontem, e melhor amanhã do que hoje. Tem gente que diz que isso é marketing pessoal, retórica. Não é uma obsessão, é ter uma meta e querer melhorar sempre”, sugere.
A Havaianas pode ser considerada um dos maiores exemplos de renovação do mercado brasileiro. Da sandália simples e barata dos anos 70, a marca se transformou em ícone fashion e desfila nos pés de celebridades e estrelas internacionais. Marcio Utsch, presidente da Alpargatas, acredita que a inovação foi essencial para transformar as sandálias Havaianas. “Inovação não é só inventar. É também reinventar-se”, diz.
Entre as empresas mais inovadoras do mundo, a Natura marcou lugar no mercado falando de sustentabilidade. Luiz Seabra, um dos fundadores da empresa, acredita que a companhia nasceu quando encontrou uma linguagem própria. “A criação da Natura correspondeu enormemente a entender qual projeto a vida tinha para mim. Como empreendedores, temos que encontrar nosso jeito de fazer e isso que vai nos particularizar. Eu podia criar uma linguagem que particularizasse aqueles potinhos. Isso faz prosperar”, diz.
No mesmo ano em que foi fundada, 1972, a Arezzo iniciou a operação de franquias e soma, hoje, mais de 250 lojas. Recentemente, a rede entrou na bolsa de valores, com uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) que levantou mais de 560 milhões de reais. No setor de calçados, as franquias da rede faturam mais do que qualquer outra empresa. Para Anderson Birman, presidente da Arezzo, os novos empreendedores precisam estar prontos para, assim como ele, faturar alto. “Ganhem dinheiro”, disse durante o CEO Summit.
Presidente do Itaú, Roberto Setúbal herdou do pai, Olavo, a presidência do banco e inseriu a marca entre as dez maiores do mundo em valor de mercado. Para ele, o conselho aos empreendedores não é muito diferente do que seria nos anos 50, quando seu pai criou o negócio. “É muito trabalho, vontade e persistência. O empreendedor passará por momentos em que vai estar cansado, mas tem o sonho grande que tem que ser buscado”, diz.
Dono de um grupo que fatura mais de 40 bilhões de dólares e tem mais de 150 mil funcionários, Joesley Batista, da J&F Holding, que controla a JBS-Friboi, justifica o sucesso de sua empresa por uma “soma de trabalho, empreendedorismo, falta de juízo, coragem e se juntar com pessoas que tenham a mesma vontade”. Para os novos empreendedores, Batista adverte que não existe solução da Nasa para ter lucros. “Tem que trabalhar, ter um time bom, conferir a contabilidade e o extrato bancário”, ensina.
Romero Rodrigues, um dos sócios do Buscapé, é um exemplo para os empreendedores digitais. O Buscapé foi uma das startups brasileiras que sobreviveu à bolha da internet, nos anos 2000, e foi comprado por mais de 300 milhões de dólares pelo grupo sul-africano Naspers. Para Rodrigues, que continua à frente do negócio, o empreendedor precisa saber se vender. “Falta polimento do empreendedor brasileiro em saber vender sua ideia”, opina.
Terceira maior fabricante de jatos civis do mundo, a Embraer levou o nome do Brasil para um mercado extremamente inovador e tecnológico. Com milhares de funcionários e mais de cinco bilhões de valor de mercado, o presidente do conselho de administração da empresa Maurício Botelho ensina os empreendedores a buscarem inovação naquilo que o cliente quer, e não apenas no que a empresa busca. “O processo de inovação não pode sair do nada. Tem que estar baseado no seu mercado”, explica Botelho.