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5 gafes de empreendedores em um almoço de negócio

Pedir para dividir um prato ou ficar de olho no celular podem prejudicar sua imagem com o cliente


	Almoço: dê atenção ao seu convidado durante o encontro
 (Creative Commons/Flickr/starush)

Almoço: dê atenção ao seu convidado durante o encontro (Creative Commons/Flickr/starush)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 08h53.

São Paulo – As pequenas empresas que fornecem produtos e serviços para grandes companhias sabem que a lógica de vendas é diferente do varejo, por exemplo. Há um trabalho minucioso de convencimento para criar um relacionamento com o cliente que inclui reuniões e almoços de negócios.

Neste momento, o empreendedor tem a chance de aprofundar uma conversa e melhorar esta relação. Uma gafe, no entanto, pode manchar a imagem da empresa e do próprio empresário. “Apesar de ser um almoço em que a ideia é fazer uma refeição e parecer descontraído, ainda é um encontro relacionado ao negócio”, explica Marcele Goes, consultora de imagem pessoal e corporativa da Estilo Sob Medida e membro da AICI (Associação Internacional de Consultoria de Imagem).

Além das regras básicas de etiqueta à mesa, o empreendedor deve dar atenção ao seu convidado. “O principal é deixar celulares, iPads e smartphones desligados”, ensina Ricardo Barbosa, diretor executivo da Innovia Training & Consulting. Veja a seguir outras gafes a evitar durante este tipo de encontro. 

1. Dividir um prato ou a conta

Nem pense em cogitar a ideia de perguntar o que o seu convidado vai pedir e propor dividir um prato, por exemplo. Apesar da ideia informal, o almoço de negócios não pode ser visto como um encontro de amigos. “Não pode partir para o lado de encontro de amigos quando, por exemplo, você racha um prato, conversa de coisas pessoais e faz brincadeiras”, diz Marcele. 

Outro ponto a considerar é o pedido do prato. “Deixe a pessoa livre para escolher e não peça pratos que demorem demais”, sugere a consultora. Vale lembrar que, via de regra, quem convida paga a conta. “Se você convidou, você tem que arcar com esse custo. Cuidado também na hora de convidar e verificar o que a pessoa come. Não vai levar um vegetariano à churrascaria”, indica Barbosa. 

2. Não se preparar para a conversa

Diferente de uma reunião, em que os convidados se encontram para discutir um tópico específico, o almoço é mais amplo e permite uma conversa mais informal. Isso não significa que o empreendedor não deve preparar uma pauta para a conversa.


“Pense um roteiro para o encontro. Aproveite o momento de espera do prato para falar sobre o que for do trabalho. Na parte da refeição, não fique negociando. Não é a hora de conseguir as respostas”, afirma Marcele. 

3. Chegar atrasado

Pontualidade é, em um almoço de negócios, imprescindível. Chegar atrasado pode demonstrar desinteresse e até ofender o convidado. “Quem mora em grandes cidades sabe que o trânsito é difícil de gerir. Por isso, chegue um pouco antes para evitar o atraso”, diz Barbosa. 

Ainda no quesito tempo, calcule a duração do almoço para, no máximo, duas horas. “Se o convidado for uma pessoa muito ocupada, você tem que se adequar à realidade dele”, afirma Marcele. Para ela, entre 40 minutos e 1 hora é uma duração razoável para almoços de negócios. 

4. Escolher um local inadequado

O shopping perto da sua empresa pode parecer conveniente para o almoço, mas pode estragar o momento. Barulho e muita gente podem atrapalhar a conversa. “O lugar a ser escolhido tem que ser mais aconchegante, acolhedor e silencioso, além de ter comida de qualidade, que caiba no seu bolso”, ensina Barbosa. 

5. Só falar sobre negócios

Para Barbosa, o almoço costuma ser um primeiro contato com o cliente. “Você pode falar sobre o negócio, mas não vai começar a colocar objetos em cima da mesa. É melhor marcar uma reunião depois e convidá-lo para visitar a sua empresa”, afirma o executivo. 

Evitar falar só de negócios inclui deixar o celular de lado. Ficar checando e-mails ou interrompendo a conversa para atender uma ligação não pega bem. “Evite ainda falar mal de concorrentes ou mesmo da comida”, indica Barbosa. 

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