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5 dicas para tirar sua empresa do vermelho

Especialista afirma que um aumento de preço ou uma redução da qualidade para manter as retiradas pode comprometer o negócio

homem de negócios frustrado senta na calçada de cabeça baixa (Les and Dave Jacobs/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 10h10.

Como tirar a empresa do vermelho?
Respondido por Ana Paula Paulino da Costa
, especialista em finanças

A primeira iniciativa para a empresa sair do vermelho é conhecer o tamanho do problema. O saldo negativo no banco nem sempre evidencia a dimensão do obstáculo. A urgência e a intensidade das ações corretivas vão depender desta avaliação. Para mensurar o tamanho é preciso:

1. Separar as despesas pessoais da empresa
Sem essa separação o pequeno empresário não conseguirá redimensionar as retiradas mensais. Não é incomum que se force uma margem maior no produto ou serviço para manter um padrão de consumo familiar.

Um aumento de preço ou uma redução da qualidade para manter as retiradas pode comprometer o negócio. Não se iluda: será necessário reduzir o orçamento familiar até que se equacione a dívida. Afinal, são as retiradas mensais futuras que estão em jogo!

2. Elaborar um fluxo de caixa
Mensurar os recebimentos e os pagamentos já contratados e os previstos permitirá identificar se o saldo negativo vai aumentar, reduzir ou se manter. Faça isso para um período mais longo que conseguir.

Uma vez mensurado o tamanho e a sua evolução, deve-se analisar as possíveis causas. Isso ajudará a elaborar propostas mais efetivas com os credores. Não confie somente na sua intuição para isso. Use a intuição e o conhecimento do negócio para interpretar os dados:

3. Analise a evolução do seu orçamento
Tanto em relação aos preços pagos e recebidos quanto às quantidades compradas e vendidas. Observe a evolução de todos os tipos de receitas e de despesas que tiver e faça uma comparação entre elas. Tente explicar as variações, tanto para cima quanto para baixo.
Se, por exemplo, suas vendas caíram, veja se seu preço está muito alto, se surgiram novos concorrentes, se caiu a qualidade do seu produto/serviço ou o pessoal está mesmo sem dinheiro.

Nesse processo, converse com sua equipe. Eles podem ter percebido que a qualidade do fornecedor piorou, por exemplo, ou podem ter ouvido comentários de clientes insatisfeitos.

4. Avalie o que pode ser feito para mudar a situação
Mesmo que você não tenha detalhes dessa mudança, isso o ajudará na conversa com os credores. Mas não se esqueça: após conseguir baratear suas dívidas, é preciso aprofundar-se no conhecimento dos problemas e nas possíveis soluções. O objetivo final não é equacionar a dívida e sim consertar o que levou a empresa a essa situação. A renegociação é um fôlego que você precisa para fazer isso.

5. Renegocie seus créditos
Procure por um crédito rotativo, por exemplo, ao invés de pagar juros de cheque especial ou cartão de crédito. Procure esticar prazos com fornecedores ou bancos, com base nas suas previsões. Se conseguir fazer parcelamentos, cuidado para que as parcelas caibam no fluxo de caixa e não ocasionem novos rombos. Só vá negociar depois de cumprir esses passos, ou correrá o risco de ter que pedir mais dinheiro ou prazo em pouco tempo e perder a credibilidade junto ao credor.

Ana Paula Paulino da Costa é especialista em finanças e docente da BSP - Business School São Paulo.

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Como tirar a empresa do vermelho?
Respondido por Ana Paula Paulino da Costa
, especialista em finanças

A primeira iniciativa para a empresa sair do vermelho é conhecer o tamanho do problema. O saldo negativo no banco nem sempre evidencia a dimensão do obstáculo. A urgência e a intensidade das ações corretivas vão depender desta avaliação. Para mensurar o tamanho é preciso:

1. Separar as despesas pessoais da empresa
Sem essa separação o pequeno empresário não conseguirá redimensionar as retiradas mensais. Não é incomum que se force uma margem maior no produto ou serviço para manter um padrão de consumo familiar.

Um aumento de preço ou uma redução da qualidade para manter as retiradas pode comprometer o negócio. Não se iluda: será necessário reduzir o orçamento familiar até que se equacione a dívida. Afinal, são as retiradas mensais futuras que estão em jogo!

2. Elaborar um fluxo de caixa
Mensurar os recebimentos e os pagamentos já contratados e os previstos permitirá identificar se o saldo negativo vai aumentar, reduzir ou se manter. Faça isso para um período mais longo que conseguir.

Uma vez mensurado o tamanho e a sua evolução, deve-se analisar as possíveis causas. Isso ajudará a elaborar propostas mais efetivas com os credores. Não confie somente na sua intuição para isso. Use a intuição e o conhecimento do negócio para interpretar os dados:

3. Analise a evolução do seu orçamento
Tanto em relação aos preços pagos e recebidos quanto às quantidades compradas e vendidas. Observe a evolução de todos os tipos de receitas e de despesas que tiver e faça uma comparação entre elas. Tente explicar as variações, tanto para cima quanto para baixo.
Se, por exemplo, suas vendas caíram, veja se seu preço está muito alto, se surgiram novos concorrentes, se caiu a qualidade do seu produto/serviço ou o pessoal está mesmo sem dinheiro.

Nesse processo, converse com sua equipe. Eles podem ter percebido que a qualidade do fornecedor piorou, por exemplo, ou podem ter ouvido comentários de clientes insatisfeitos.

4. Avalie o que pode ser feito para mudar a situação
Mesmo que você não tenha detalhes dessa mudança, isso o ajudará na conversa com os credores. Mas não se esqueça: após conseguir baratear suas dívidas, é preciso aprofundar-se no conhecimento dos problemas e nas possíveis soluções. O objetivo final não é equacionar a dívida e sim consertar o que levou a empresa a essa situação. A renegociação é um fôlego que você precisa para fazer isso.

5. Renegocie seus créditos
Procure por um crédito rotativo, por exemplo, ao invés de pagar juros de cheque especial ou cartão de crédito. Procure esticar prazos com fornecedores ou bancos, com base nas suas previsões. Se conseguir fazer parcelamentos, cuidado para que as parcelas caibam no fluxo de caixa e não ocasionem novos rombos. Só vá negociar depois de cumprir esses passos, ou correrá o risco de ter que pedir mais dinheiro ou prazo em pouco tempo e perder a credibilidade junto ao credor.

Ana Paula Paulino da Costa é especialista em finanças e docente da BSP - Business School São Paulo.

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