5 dicas para sua empresa começar 2019 com o pé direito
Depois de fazer um bom balanço do ano que se encerra, traçar metas para 2019 exige planejamento e inovação
Vanessa Daraya
Publicado em 3 de dezembro de 2018 às 17h47.
Última atualização em 3 de dezembro de 2018 às 17h48.
É chegada a época de fazer o balanço dos negócios e traçar as metas para o ano que vem. E em um cenário de retomada da economia e bastante competitividade, inovar e reinventar é necessário. O segredo é ter sempre em mente como atender mais e melhor os consumidores, surpreendendo-os positivamente. “No momento que vivemos agora, temos que pensar em investimento. Enxugar custos é tirar gordura, mas não devemos esquecer de investir: a crise é um momento importante para se posicionar de forma diferenciada e crescer fidelizando seus clientes”, explica Brunno Galvão, empresário e especialista em empreendedorismo.
Para Rodrigo Catani, head de eficiência operacional da AGR Consultores, além do foco total no cliente, a criação e manutenção de um time engajado e vibrante são essenciais. “Uma empresa é o resultado de um conjunto de ações coordenadas realizadas por pessoas”, diz. “Apesar de estarmos na era em que quase tudo é digital, acredito que o diferencial de verdade estará na capacidade de as pessoas inovarem e entregarem resultados de modo consistente.”
Quer que sua empresa comece 2019 com o pé direito? Reunimos algumas dicas para isso. Veja abaixo:
1. Faça um bom balanço
Aproveite o fim de ano para fazer um bom balanço de seus resultados, comparando-os com os números de anos anteriores também. “É importante ter em mente o seu resultado líquido. Não adianta o seu faturamento ser alto se o seu custo fixo também for e seu resultado final estiver baixo”, explica Galvão. “Você precisa olhar seu balanço buscando oportunidade de enxugar os custos e aumentar o resultado líquido”, afirma.
Segundo o empresário, é comum que empreendedores revejam estratégias depois disso. “Você pode identificar que muito do trabalho executado não agrega valor para o negócio e focar de fato o que aumenta a sua rentabilidade. Olhar o balanço é uma oportunidade de analisar seu negócio e rever o que dá lucro.”
2. Pense na equipe
Se você tem novas metas a atingir, pode ser que precise rever o seu número de funcionários. Nos últimos anos, por conta da recessão econômica, muitas empresas reduziram sua força de trabalho, mas agora pode ser o momento de ampliação. “Cabe avaliar se os processos e as regras de negócios estão claros, se há retrabalho ou redundância de atribuições entre áreas e pessoas”, diz Catani.
E ele lembra: “Quando for o caso de ampliar a equipe, tente ser muito criterioso na seleção de colaboradores, pois eles precisam estar alinhados com a cultura da empresa e com a atitude correta”. Para Catani, aqui vale a máxima: contrate atitudes, treine habilidades.
3. Seja amigo da tecnologia
Nos dias de hoje, a preocupação com a tecnologia deve ser constante. Segundo Catani, é preciso fazer uma avaliação permanente sobre como a tecnologia está impactando o negócio, a relação com os consumidores e os produtos e serviços ofertados. “É importante ressaltar que, de modo geral, a tecnologia ficou muito mais acessível a todas as empresas com o surgimento de muitas startups e aplicativos em várias áreas e modelos de custos variáveis”, explica. “Portanto, é questão de olhar o que existe no mercado e avaliar o que é mais aderente ao seu negócio.”
Para Galvão, é preciso lembrar: a tecnologia vem para resolver algo que já funciona sem ela. “É para fazer com que a performance melhore, gerando resultado financeiro. Ela tem que trazer economia sempre, no médio ou longo prazo.
4. Reavalie o estoque
Muita gente esquece, mas estoque é uma imobilização de capital: ou seja, é dinheiro “parado”. “O que observamos é que muitas empresas têm isso bastante desbalanceado, ou seja, excesso de alguns itens e baixo estoque de outros”, diz Catani. Segundo ele, há ruptura de estoque de itens que vendem bem e muito estoque de itens que não giram tanto, os chamados “slow-movers”. “Um bom trabalho de otimização de estoque libera caixa da empresa para investir em outras áreas, como marketing, vendas, tecnologia ou pessoal. Para cada linha de produto e de acordo com o giro e as variáveis de abastecimento, é preciso definir uma cobertura de estoque adequada”, explica.
Também é o que diz Galvão: “Às vezes, a operação não está positiva e o dinheiro está parado no estoque. Trabalhe com o armazenamento do fornecedor, que lhe entregue em curto prazo, assim você chega o mais perto possível de estoque por demanda. Só invista em depósito com produto de alto giro que ofereça rentabilidade mais interessante”.
5. Faça um calendário de ações
Dia das Mães, Dia dos Namorados, Black Friday, Natal etc. Montar um calendário promocional com antecedência permite planejar recursos, verbas, ações com fornecedores e parceiros, entre outros. Mas lembre-se: ao fazer o calendário promocional, cada empresa deve considerar a realidade do seu mercado e de seus consumidores.
“Não se pode ficar preso somente ao calendário tradicional. Vale lembrar que, há alguns anos, o comércio chinês criou o Dia do Solteiro, que já movimenta entre duas e três vezes mais que a tradicional Black Friday americana”, conta Catani. “Redes de supermercados brasileiras criaram festivais de cerveja na época da Oktoberfest, farmácias têm as suas ‘semanas da beleza’ e assim cada empresa pode identificar e criar seu próprio calendário de ações promocionais.”