5 áreas promissoras para abrir um negócio em 2012
Comércio, serviços e educação estão entre as apostas de especialistas para quem quer empreender no próximo ano
Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2012 às 05h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h28.
São Paulo - A crise que se abateu sobre as economias internacionais, o aumento nas taxas básicas de juros e as pressões inflacionárias devem puxar o crescimento da economia brasileira para baixo neste ano. A confiança das pequenas e médias empresas começa 2012 um pouco abalada, segundo o Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN). Apesar disso, Pedro Gonçalves, consultor do Sebrae/SP, acredita que o cenário é animador para os negócios. “Com esse pano de fundo, a visão que temos sobre as micro e pequenas empresas é de crescimento”. O professor de empreendedorismo e novos negócios da Business School, Edison Kalaf, destaca as oportunidades que a crise lá fora podem trazer para o país. “Estamos usando melhor os consumidores internos para manter os serviços. Vamos sentir falta de crédito, mas isso será equilibrado por uma ação forte do governo que já está diminuindo os juros e o custo do crédito. O pouco dinheiro que houver no mundo certamente virá para o Brasil, porque aqui dará retorno”, opina Kalaf. Veja a seguir quais negócios prometem continuar faturando bem no próximo ano.
O setor de serviços foi o que mais cresceu em São Paulo neste ano. Segundo o consultor do Sebrae/SP, esta evolução deve ser mantida. “Só em São Paulo, na comparação de janeiro a setembro deste ano com o mesmo período de 2010, o setor de serviços puxou o crescimento com uma alta real de 8,3%”. Uma das áreas que prometem é a de serviços de beleza, que deve ser ainda mais impulsionada pelo aumento na renda da população.
Também com bom desempenho em 2011 – o aumento real da receita no comécio foi de 3,9%, entre janeiro e setembro –, o varejo deve manter o ritmo no ano que vem. “Há mais pagamentos à vista. Uma pequena parte depende de vendas financiadas e que, portanto, não são tão impactadas com a situação do cenário externo”, diz professor de economia da ESPM, José Eduardo Balian. O professor aposta na alimentação como a área mais próspera de 2012. “É o setor que tende a sofrer menos com a crise. Além disso, todo o pessoal que foi para as classes B e C está se alimentando melhor”.
De acordo com o consultor do Sebrae, vai lucrar quem quiser investir em pequenas empresas de instalações elétricas ou hidráulicas, por exemplo, que prestem serviços às empresas de grande porte de construção civil. “É provável que ganhos surgidos da Copa para as micro e pequenas empresas estejam ligados a infraestrutura. Quem quiser lucrar com o evento tem que começar a pensar as estratégias já”, alerta Gonçalves.
Para o professor de empreendedorismo e novos negócios da Business School, Edison Kalaf, a oferta de serviços pela internet, acessíveis por smartphones, é uma tendência e estará em alta no ano que vem. “As tecnologias estão modificando a forma de fazer negócio, mudando do produto para o serviço”, diz Kalaf O economista Balian cita, ainda, os incentivos do governo federal à criação de empresas para desenvolverem tablets nacionais, o que também aquece ainda mais o mercado de aplicativos para estes aparelhos.
Com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, surge a necessidade de qualificar atendentes de hotéis, taxistas e demais prestadores de serviço. Dessa forma, a tendência de aquecimento no ensino de idiomas, já confirmada em 2011, se repete no próximo ano. “Grandes redes de franquia estão se preparando para uma verdadeira cruzada no treinamento, especialmente em línguas, para rede de hotéis e tudo o que envolve turismo”, destaca Balian. Ele acredita também no treinamento de pessoas para atuar no turismo, não apenas com ensino de línguas, mas de profissionais de outras áreas, como garçom, arrumadeira, atendente de hotel, de pontos turísticos e aeroportos. “Não é só falar inglês. Temos que treinar as pessoas do atendimento”, diz o professor da ESPM.