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4 motivos para deixar o plano de negócios de lado

Entender bem o seu modelo de negócios pode ser mais vantajoso do que correr para o plano de negócios

Julio Vasconcellos, CEO do Peixe Urbano: sem plano de negócios para não perder a oportunidade
DR

Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2011 às 06h00.

São Paulo – Se os amigos Julio Vasconcellos, Emerson Andrade e Alex Tabor tivessem parado para escrever um elaborado plano de negócios 2 anos atrás, o Peixe Urbano talvez não fosse o fenômeno que é hoje. Em mais de 80 cidades e até em outros países, como Argentina, o site de compras coletivas foi pioneiro e, graças à agilidade dos sócios, ganhou mercado rapidamente e virou referência para os que vieram depois.

Vasconcellos, que virou exemplo para os empreendedores brasileiros , principalmente os de internet, acha que o plano de negócios pode ser um fator prejudicial, dependendo da atividade. “Acredito que muitas pessoas passam um tempo enorme fazendo um plano de negócios extremamente detalhado e talvez por isso possam perder o timing de uma boa oportunidade ou até mesmo ficar presos àquilo que foi pré-estabelecido”, defende.

Para ele, o melhor jeito de testar a viabilidade de uma startup é colocá-la para funcionar. “Antes de investir em um plano de negócios detalhado, vale a pena investir em tornar a ideia realidade, em colocá-la em prática, em testá-la com clientes reais e, assim, medir o real potencial e as possíveis melhorias”, diz.

Apesar de haver bons motivos para deixar o plano de negócios de lado, quem opta por escrevê-lo também ter seus benefícios. Para Reinaldo Messias, consultor do Sebrae/SP, quem faz o plano ganha vantagem competitiva em relação a quem não faz. “As vantagens para quem elabora um planejamento antes de iniciar uma nova empresa são várias, desde saber quais investimentos e gastos serão feitos até avaliar melhor as oportunidades e riscos”, diz.

A fórmula cai bem para negócios tradicionais, que podem ser planejados com calma e possuem inúmeras referências para se inspirar. Mas no pulsante mundo das startups, existem bons motivos para deixar o plano de negócios para depois. Conheça alguns deles.

1.Timing é tudo

Foi a urgência em lançar o Peixe Urbano que obrigou os empreendedores a deixar o plano de negócios para outra hora e investir no lançamento imediato. Para o investidor-anjo e presidente da Anjos do Brasil, Cassio Spina, escrever o documento às pressas pode ser até pior do que não tê-lo em mãos. “Quando é feito sem critério e pesquisa, o plano de negócio não ajuda na apresentação do negócio e pode dar a impressão de que o empreendedor não é competente para escrever ou executar o negócio”, opina Spina.


2.O modelo de negócios tem que vir primeiro

Muita gente acha que escrever um plano de negócios vai ajudar a encontrar um modelo para o negócio. Segundo Yuri Gitahy, investidor-anjo e fundador da Aceleradora, que apoia startups, é importante não confundir os dois conceitos. “O modelo de negócio é a fórmula pela qual uma empresa transforma ativos, produtos e serviços em valor, receita e lucro”, explica.Antes de se dedicar ao plano, faça um levantamento detalhado de como a sua empresa pretende ganhar dinheiro. Depois disso, as chances do plano de negócios realmente funcionar se multiplicam.

3.Um plano rígido pode engessar seu negócio

Testar o modelo de negócios e adaptá-lo à resposta dos clientes é a próxima etapa de desenvolvimento de um negócio inovador. Ter um documento engessado pode dificultar o processo. “Recomendo que o empreendedor foque inicialmente em montar e validar seu modelo de negócios. Em paralelo, ele pode ir montando seu plano de negócios conforme receber feedbacks”, sugere Spina. É importante ter em mente que o plano de negócios de uma empresa em início de vida deve estar em constante evolução. Se tornar-se apenas mais uma pasta esquecida na gaveta, será inútil.

4.A burocracia pode atrasar o crescimento

Se você não sabe nem que cara tem um plano de negócio, não se arrisque a fazê-lo. Perder tempo elaborando um documento mais burocrático do que útil pode atrasar o crescimento da empresa, segundo os especialistas. “Antes de escrever, é bom fazer um curso online ou presencial sobre planos de negócios e estudar bastante sobre o tema”, ensina Gitahy. Se for o caso, contrate uma empresa para ajudá-lo quando a ideia estiver mais madura.

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Vasconcellos, que virou exemplo para os empreendedores brasileiros , principalmente os de internet, acha que o plano de negócios pode ser um fator prejudicial, dependendo da atividade. “Acredito que muitas pessoas passam um tempo enorme fazendo um plano de negócios extremamente detalhado e talvez por isso possam perder o timing de uma boa oportunidade ou até mesmo ficar presos àquilo que foi pré-estabelecido”, defende.

Para ele, o melhor jeito de testar a viabilidade de uma startup é colocá-la para funcionar. “Antes de investir em um plano de negócios detalhado, vale a pena investir em tornar a ideia realidade, em colocá-la em prática, em testá-la com clientes reais e, assim, medir o real potencial e as possíveis melhorias”, diz.

Apesar de haver bons motivos para deixar o plano de negócios de lado, quem opta por escrevê-lo também ter seus benefícios. Para Reinaldo Messias, consultor do Sebrae/SP, quem faz o plano ganha vantagem competitiva em relação a quem não faz. “As vantagens para quem elabora um planejamento antes de iniciar uma nova empresa são várias, desde saber quais investimentos e gastos serão feitos até avaliar melhor as oportunidades e riscos”, diz.

A fórmula cai bem para negócios tradicionais, que podem ser planejados com calma e possuem inúmeras referências para se inspirar. Mas no pulsante mundo das startups, existem bons motivos para deixar o plano de negócios para depois. Conheça alguns deles.

1.Timing é tudo

Foi a urgência em lançar o Peixe Urbano que obrigou os empreendedores a deixar o plano de negócios para outra hora e investir no lançamento imediato. Para o investidor-anjo e presidente da Anjos do Brasil, Cassio Spina, escrever o documento às pressas pode ser até pior do que não tê-lo em mãos. “Quando é feito sem critério e pesquisa, o plano de negócio não ajuda na apresentação do negócio e pode dar a impressão de que o empreendedor não é competente para escrever ou executar o negócio”, opina Spina.


2.O modelo de negócios tem que vir primeiro

Muita gente acha que escrever um plano de negócios vai ajudar a encontrar um modelo para o negócio. Segundo Yuri Gitahy, investidor-anjo e fundador da Aceleradora, que apoia startups, é importante não confundir os dois conceitos. “O modelo de negócio é a fórmula pela qual uma empresa transforma ativos, produtos e serviços em valor, receita e lucro”, explica.Antes de se dedicar ao plano, faça um levantamento detalhado de como a sua empresa pretende ganhar dinheiro. Depois disso, as chances do plano de negócios realmente funcionar se multiplicam.

3.Um plano rígido pode engessar seu negócio

Testar o modelo de negócios e adaptá-lo à resposta dos clientes é a próxima etapa de desenvolvimento de um negócio inovador. Ter um documento engessado pode dificultar o processo. “Recomendo que o empreendedor foque inicialmente em montar e validar seu modelo de negócios. Em paralelo, ele pode ir montando seu plano de negócios conforme receber feedbacks”, sugere Spina. É importante ter em mente que o plano de negócios de uma empresa em início de vida deve estar em constante evolução. Se tornar-se apenas mais uma pasta esquecida na gaveta, será inútil.

4.A burocracia pode atrasar o crescimento

Se você não sabe nem que cara tem um plano de negócio, não se arrisque a fazê-lo. Perder tempo elaborando um documento mais burocrático do que útil pode atrasar o crescimento da empresa, segundo os especialistas. “Antes de escrever, é bom fazer um curso online ou presencial sobre planos de negócios e estudar bastante sobre o tema”, ensina Gitahy. Se for o caso, contrate uma empresa para ajudá-lo quando a ideia estiver mais madura.

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