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4 lições do Buscapé para ter um negócio de sucesso

Romero Rodrigues, um dos fundadores do Buscapé, dá dicas para quem quer virar empreendedor

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Buscapé: dos R$ 400 aos R$ 342 milhões (Divulgação)

Buscapé: dos R$ 400 aos R$ 342 milhões (Divulgação)

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Priscila Zuini

Publicado em 23 de setembro de 2011 às, 06h00.

São Paulo – Foi durante a faculdade de engenharia elétrica que Romero Rodrigues teve a ideia de criar o site comparador de preços Buscapé. Em sociedade com três amigos, eles começaram a criar um site em 1999, época em que a internet ainda não fazia parte da vida dos brasileiros.

O primeiro modelo de operação do Buscapé foi um fracasso. “A ideia era distribuir o software em disquetes que as lojas instalariam nos computadores para enviar os preços para a gente”, conta. Além da falta de familiaridade das pessoas com a internet, os lojistas acreditavam que tornar seus preços públicos e permitir que as pessoas comparassem com o dos concorrentes era um risco para o negócio. “Os lojistas diziam que não davam preços nem pelo telefone para que o consumidor fosse até a loja quem dirá para a gente. Muitos desligaram o telefone na nossa cara”, lembra.

Hoje, o Buscapé é referência internacional de empreendedorismo digital brasileiro, sobreviveu á bolha das empresas pontocom e foi comprado pelo grupo de mídia sul-africano Naspers por 342 milhões de dólares, em 2009. Para chegar a este patamar, a empresa passou por muitos tropeços. Confira algumas lições de empreendedorismo tiradas da trajetória do Buscapé.

Seja teimoso
Teimosia é uma característica comum a muitos empreendedores. Geralmente, um negócio não decola na primeira tentativa e o empresário precisa teimar e acreditar para tentar de novo. “Seja teimoso. É bom se acostumar porque você vai receber não como resposta o tempo todo. O Buscapé morreu umas cinco vezes e a gente foi teimoso para não acreditar que ele estava morto”, conta.

Além da teimosia, Rodrigues acredita que o bom empreendedor vai se reinventando a cada dificuldade que aparece. Se não bastassem os vários lojistas que dispensaram dividir seus preços, quando o site enfim entrou no ar, o Buscapé comprou briga com os grandes varejistas online. “A gente recebeu uma ligação de um dos maiores varejistas do país pedindo para que a gente tirasse os preços dele do site ou ele ia nos processar. Não havia nenhuma implicação legal, mas ele ameaçou e só os custos da defesa quebrariam a empresa. A gente ficou uma semana discutindo e decidiu deixar no ar”, diz.

Louco e impossível
Segundo Rodrigues, existem duas palavras que são essenciais para todo empreendedor. Uma delas é louco. “Se você estiver escutando que é louco por tocar esse negócio, é um bom indicativo. A gente foi chamado de louco porque fez um negócio de internet na época em que a internet quase não existia, porque insistiu mesmo depois da bolha, e assim por diante”, conta.


A outra palavra é impossível. “Eu sempre digo pra anotar no caderninho quando alguém diz que sua ideia é impossível, muito provavelmente você tem uma ideia de milhões e que pode dar muito certo”, diz.

Impacte as pessoas
Conquistar as pessoas aos poucos pode gerar uma corrente de clientes que serão a melhor forma de publicadade da empresa. Para isso, é preciso ser criativo e trazer algo novo para o mundo, segundo o empresário.

“O que eu sugiro aos empreendedores é procurar um modelo de negócio que mude a vida das pessoas. Esse é um dos segredos dos empreendedores de sucesso”, garante Rodrigues.

Dilua-se
Em 2009, quando a Naspers comprou 91% do Buscapé, muita gente criticou o fato dos sócios terem diluído demais sua participação na empresa. Para o presidente, essa foi uma decisão acertada e vale para tudo dentro da operação. “Um amigo me disse que eu errei quando dilui demais a minha participação na empresa. Acho que foi o contrário. Você não faz nada sozinho”, explica.

Concentrar os ganhos e as tarefas em um negócio é arriscado. “Você precisa de gente boa para dar certo e precisa mostrar isso, distribuindo os ganhos”, diz Rodrigues. Quando o assunto é o empreendedorismo digital, esse pode ser um problema ainda maior. “Sozinho, nenhum empreendedor consegue nada, ainda mais na internet em que você compete com o mundo”, explica.

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