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3 desafios que as franquias vão ter que superar em 2015

Mesmo com crescimento menor, o setor de franquias continua sendo opção para quem quer empreender

Homem desenhando labirinto (Thinkstock)

Homem desenhando labirinto (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 05h00.

São Paulo – A Associação Brasileira de Franchising (ABF) divulgou nesta semana o balanço consolidado de 2014. Segundo os dados, o setor de franquias cresceu 7,7%, alcançando faturamento de 127 bilhões de reais. Este foi o menor crescimento em percentual dos últimos dez anos, desde que os dados passaram a ser computados.

Mesmo com o crescimento menor do que o habitual, o setor ainda cresce bem acima da média da economia e de outras áreas, como o varejo. “Faz 10 anos que as franquias crescem dois dígitos. Esse ano não temos Copa e Eleição, mas podemos ter uma crise econômica feia, um ´pibinho’. É hora de unir forças, fazer um bom planejamento, criar uma estratégia global de guerra mesmo”, afirma Angelina Stockler, sócia-fundadora da ba}STOCKLER. 

A perspectiva para 2015 é de que o setor crescerá entre 7,5% e 9%, podendo chegar a um faturamento anual de 138 bilhões de reais. O crescimento de marcas e unidades também deve ficar próximo ao apresentado em 2014, com aumento de 8% em redes e de 9% a 10% em unidades. “O primeiro desafio é enfrentar o pessimismo. Enquanto muitos veem dificuldade, outros enxergam oportunidade”, diz Denis Santini, CEO do Grupo MD.

1. Fazer um bom planejamento

O primeiro desafio que as franquias precisam superar neste ano é o do planejamento. “A primeira coisa é fazer um bom planejamento, principalmente de estoque”, diz Angelina.

É neste momento que as redes devem aproveitar as negociações em escala para conseguir melhores resultados. “O mercado brasileiro é maior do que essa crise, temos que investir em gestão, fazer muita conta, negociar muito bem com fornecedores”, complementa a consultora.

2. Treinar e melhorar a comunicação

Treinamento é um dos pilares do franchising. Para não perder o ritmo, os franqueadores precisam treinar as unidades com frequência e investir em canais de comunicação mais eficientes. “É fundamental que o franqueador tenha programa de treinamento contínuo, para relembrar regras e oportunidades de marketing”, diz Santini.

Muitas redes estão adotando a internet para se comunicar com a rede e trocar experiências. “A rede precisa de transparência total e tem que investir mais do que nunca na comunicação, para não criar falsa expectativa”, afirma Angelina.

Para Santini, ficar sem um canal de comunicação online pode enfraquecer o relacionamento entre franqueado e franqueador. “Tenha um lugar onde o franqueado possa conversar com outros, acessar documentações, trocar informações, ter acesso a informação da cadeia, fornecedores e material de marketing”, sugere.

3. Investir nos consultores de campo

Os consultores de campo surgiram para checar se os padrões da rede eram seguidos em todas as unidades. Atualmente, esse profissional virou um consultor de fato, ajudando o franqueado a melhorar o resultado e compreendendo porque as regras não estão sendo seguidas.

Para Santini, ele é peça fundamental em um ano difícil. “Ele tem assumido papel mais de coach do que de auditor. Ele é a ponte entre o franqueador e o franqueado”, diz Santini.

Ouvir o franqueado é a melhor maneira de tomar decisões na franquia. “Ele está lidando com o cliente, acompanhando como foi a entrada do produto, resolvendo problemas. Os melhores franqueadores visitam franqueados, conversam com consultores de campo. As franquias mais atualizadas são as que aproveitam boas práticas para outros franqueados”, indica o consultor.

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