15 dicas de empreendedores para escolher o negócio ideal
Veja a história de 15 empreendedores que contam como escolheram que tipo de negócio investir
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2013 às 05h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h23.
São Paulo – Você deseja empreender, mas não sabe que tipo de negócio escolher? Essa dúvida é comum e não tem uma resposta pronta. Se você busca tranquilidade e é muito teimoso para enxergar os erros, esses são alguns bons motivos para você não abrir um negócio. Se, por outro lado, você tem senso de oportunidade e está disposto a correr riscos, veja as recomendações de 15 empreendedores para quem deseja abrir a sua própria empresa.
Allan Panossian Kajimoto, 28 anos, é cofundador e CPO do Kekanto e trabalhava desde os 19 anos com startups de internet. Para ele, a escolha de um negócio ideal tem que levar em consideração dois fatores: tamanho de mercado e capacidade de escalar. “É importante o modelo de monetização poder ser feito de forma sequencial e com o menor esforço possível. Quanto menos customização seu produto ou serviço precisar, mais fácil será sua venda, seu pós-venda e sua manutenção”, explica. No ano passado, ele passou a atuar também como investidor-anjo e conselheiro do site de compras Rabixo.com.
Tallis Gomes, 26 anos, fundou a Easy Taxi, aplicativo para encontrar os táxis mais próximos, com o objetivo de ajudar a resolver o problema do trânsito. No começo, ele conta que a ideia era criar um aplicativo de geolocalização de ônibus. “Imagine que você gastará ou deveria gasta) cada segundo da sua vida pensando no seu negócio. Se você não é apaixonado pelo modelo, essa história provavelmente vai ser curta”, afirma.
Luciano Kalil, 35 anos, CEO do SitePX, deixou um cargo executivo para empreender. Ele percebeu que faltava no mercado uma plataforma de criação de sites para os pequenos empreendedores. Para ele, o negócio ideal precisa ser algo que melhore a vida das pessoas. “Muitos sistemas que ainda rodam em desktop precisam ir para nuvem. É só olhar em volta e pensar, como eu poderia melhorar qualquer aspecto da vida usando a tecnologia? Tem milhares de coisas para serem feitas ainda. E não olhe só para a cidade, existe o campo, a indústria, o B2B, o terceiro setor, o governo e outros”, afirma.
Tonico Dias, 25 anos, é criador do ImovelBid, site que agrega ofertas de empreendimentos novos que não são comercializados após 180 dias do lançamento. Ele conta que escolheu o tipo de negócio para empreender após perceber que o setor imobiliário movimenta muito dinheiro e é carente de profissionalização. “Escolha um setor que carece de soluções criativas ou esteja estagnado do ponto de vista processual. Todo dia vemos ótimos negócios na rua que poderiam ser melhores trabalhados. Não tenha vergonha de realizar um trabalho que outros não achem nobre. Hoje, é bonito fazer um aplicativo ou um site, mas não deixe isso te cegar para outras oportunidades”, recomenda.
Foi na época que Gabriel Benarrós, 25 anos, cofundador da Ingresse, estava estudando economia comportamental na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, que ele teve a sua ideia de negócio. “Precisávamos cobrir um prejuízo de 600 reais para uma grande festa entre todos os alunos da faculdade e, para isso, criamos um site para vender os ingressos sobressalentes. A iniciativa deu muito certo e, com esse sucesso, eu e meu sócio resolvemos pesquisar o mercado no Brasil”, conta. Para ele, é preciso levar em consideração a sua paixão na hora de escolher o negócio e um diferencial. “Encontre a oportunidade de negócio e o seu diferencial em relação às outras empresas que já estão bem posicionadas no mercado”, ensina.
Quando Eduardo L’Hotellier, 28 anos, CEO do GetNinjas, decidiu empreender, ele começou analisando o mercado digital em 2011 e percebeu que não existia nenhum site consolidado para a contratação de prestadores de serviço. “Foi aí que vi a oportunidade e lancei um protótipo que em pouco tempo chamou a atenção de um grupo de investidores, levantei capital e abri a empresa”, conta. Para escolher o negócio ideal para investir, ele afirma que um empreendedor tem que focar no mercado. “Deve analisar se o mercado potencial é grande, é muito mais fácil ter 1% de um mercado gigante do que 10% de um mercado pequeno”, conta.
Henrique Russowsky, 33 anos, era gerente de relacionamento com agências do Google antes de fundar a sua empresa, a agência digital Jüssi. Ele sempre teve vontade de empreender e acredita que ter afinidade com a área aumenta as chances de sucesso. “Quando o empreendedor entende de verdade daquilo que ele está falando, ele consegue inspirar aqueles que o cercam, não só colaboradores, mas também os clientes. Aplicar conhecimentos adquiridos em trabalhos anteriores ou até mesmo em hobbies contribui para o sucesso do empreendedor”, explica.
Emiliano Abad, 25 anos, é cofundador e designer de interação do Eventick, e afirma que a escolha do mercado que atuaria foi natural. Ele já era sócio, junto com Thiago Diniz e André Braga, da AgendaRecife.com. “Saber qual é o valor que você poderá gerar, para quem você irá gerar, e, mais do que isso, saber explicar e vender bem como o cliente vai se beneficiar disso, é primordial para se posicionar como um novo player de um mercado. Se isso não está claro, ou o valor potencial não é relevante, não há uma oportunidade de negócio”, afirma.
Foi durante uma viagem aos Estados Unidos que Franco Silvetti, 28 anos, COO do Restorando, e seu sócio perceberam que era simples reservar uma mesa em um restaurante lá e que ainda não existia esse tipo de serviço na América Latina. Se você tem uma ideia de negócio e não sabe se deve insistir, ele recomenda pesquisar se tem algum player de sucesso no mercado que você deseja atuar. “Assim, já existem demonstrações de que é um negócio escalável e com lucro, já que este ponto é muito importante para pegar investimentos", ensina.
Que tipo de empreendedor você é? Definir o seu estilo pode ajudar na escolha do negócio. Flavio Estevam, 32 anos, CEO da Namoro Fake, e vice-presidente da Associação Sul-Matogrossense de Startups (StartupMS), afirma que nunca teve medo da receptividade do negócio e adora correr riscos todos os dias. “Caso seja a primeira experiência como empreendedor, procure descobrir como se comporta em situações desafiadoras e difíceis, perguntando para si próprio se irá topar o estilo de vida que terá durante os primeiros anos do segmento do negócio. Por exemplo, nunca abra uma padaria se não gosta de acordar cedo”, ensina.
Antes de fundar o Veduca, plataforma que reúne videoaulas, Carlos Souza, 33 anos, diz que pesquisou mais de uma centena de modelos de negócios que estavam crescendo aceleradamente nos Estados Unidos, mas que ainda não tinham chegado ao Brasil. Para o empreendedor, é importante escolher um negócio que esteja no momento certo para acontecer. “Olhando para o mercado, no período das pesquisas, notei que a área educacional está altamente aquecida, o número de alunos cresce cada vez mais. Existe no mercado um movimento de consolidação de grandes instituições e, todos os dados relativos à qualidade educacional ainda estavam inalterados. Ou seja, o mercado estava preparado para receber uma iniciativa como a do Veduca”, explica.
Carmelo Queiroz Pessoa Júnior, cofundador e CEO do Logovia, conta que foi a dificuldade em encontrar design gráfico com qualidade e valor acessível que motivou ele e os sócios a pesquisarem mais sobre o mercado. “O empreendedor tem que procurar números que provem que seu negócio tem um grande mercado, que você possui uma grande solução e, ainda, que seus clientes irão consumir. Para isso, é importante entender as margens e investimentos necessários, assim, sempre achará números que guiem suas decisões. Exclua o máximo de ‘achismos’”, recomenda.
“Decidimos investir em um app de segunda tela depois de observamos que essa tendência crescia no mercado mundial, e no Brasil faltavam players que fossem dedicados ao conteúdo nacional”, explica Raphael Lejeune, 30 anos, cofundador da Sappos, aplicativo de TV Social. Para ele, um empreendedor precisa analisar as tendências fora do Brasil. “É importante que se faça uma análise das tendências mundiais e uma pesquisa do mercado brasileiro, para trazer um produto ou serviço inovador. Assim, a sua ideia ganha maior amplitude e potência ao olhar dos investidores, e também do usuário final, e as chances de sucesso serão redobradas”, diz.
Antes de fundar a NG Produções com sua noiva, Pedro Fernando Gimenez, 28 anos, atuava como DJ. A sua empresa é especializada organizar eventos com foco no audiovisual e tem clientes como Itaú Unibanco, Accenture, Audi, entre outros. “Escolha algo que você gosta e que de alguma forma já tenha conhecimento. Pois será necessário fazer análises e pesquisas sobre o mercado, a concorrência, além de se relacionar com clientes, fornecedores e colaboradores”, afirma.
A empreendedora Deb Xavier é idealizadora do Jogo de Damas, uma plataforma de conteúdo e de fomento estratégico ao comportamento empreendedor feminino. Ela explica que conhecimento técnico, experiência na área, contatos e paixão são fatores que têm um peso diferente para cada pessoa na hora de escolher o tipo de negócio para investir. “Eu ainda considero que o fator crítico para o sucesso dos negócios são as pessoas que estão por trás dele”, resume.