13 dicas para escolher o sócio ideal para o seu negócio
Veja as recomendações de empreendedores para quem está em busca de um parceiro para sua empresa
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 05h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h19.
São Paulo – Buscar sócios para a sua pequena empresa ou startup não é uma tarefa fácil. De acordo com especialistas, o sucesso de alguns negócios está justamente na escolha certeira da sociedade. Veja as recomendações de 13 empreendedores para quem deseja buscar um sócio para a sua empresa.
Eduardo L’Hotellier, CEO e fundador do GetNinjas.com.br, encontrou os seus sócios por meio de indicações de pessoas de confiança dele. Ele marcou várias conversas antes de fechar a parceria e acredita que além do conhecimento a pessoa precisa ter uma boa convivência. “Em muitas ocasiões, você irá passar mais tempo com seu sócio do que com sua esposa ou esposo, e assim como ninguém deve casar só pela beleza, não podemos formar uma sociedade só pelo currículo do profissional”, diz.
Henrique Russowsky começou na agência digital Jüssi como único sócio, mas sabia que precisaria se cercar de sócios para fazer a empresa crescer. Para ele, complementaridade e alinhamento de objetivos são dois fatores que devem ser levados em consideração na escolha de uma sociedade. “Não só complementaridade nas áreas de atuação importantes para o negócio, mas também em relação ao perfil de cada sócio”, conta.
A rede de contatos é o principal meio que o empreendedor Jan Riehle, CEO da Itaro, utiliza para buscar sócios. Ele afirma que o fundador precisa buscar o que ele não tem. “Em geral, buscar pessoas que estão com apetite, independentes, de pensamento analítico e carismático. Os sócios precisam ter a capacidade de liderar. Caso contrário, não conseguirão se desenvolver e alavancar ideias e conceitos, o que impedirá que a empresa se torne muito grande”, ressalta.
Para Bruno Golombek, co-fundador da Fanatee, startup especializada em games, na hora de escolher um sócio ele recomenda que o empreendedor busque uma pessoa com quem possa debater. “Acho que deve ser alguém com quem você não tem medo de discutir, nem tende a dominar em discussões. Você vai discutir tudo no começo, portanto é importante que ambos saibam quando ouvir e quando falar, assim como quando bater o pé e quando ceder”, afirma.
O empreendedor Arthur Blaj, sócio e diretor executivo da LIVO, focou nas áreas mais importantes da sua empresa na hora de escolher os sócios. Para ele, ter características complementares, a mesma visão de futuro e mesmo momento de vida são fatores cruciais. “É importante que todos saibam o risco que estão correndo e a quantidade de tempo que podem suportar trabalhar com uma remuneração simbólica ou inexistente”, diz.
Carmelo Queiroz, CEO e co-fundador do Logovia, conheceu seu sócio Pedro Assis na faculdade, mas não eram amigos na época. “Considero um mito que ter um sócio é ruim, ter um sócio é um aprendizado constante e um trabalho de entrega e respeito às características de cada um”, afirma. Para ele um sócio ideal é definido a partir de quatro fatores: valoriza o seus pontos fortes e minimiza os seus pontos fracos, atende as principais necessidades estratégicas do negócio, tem afinidade junto ao projeto e pessoas e é alinhado com os objetivos e metas do negócio.
Pessoas que tenham as mesmas expectativas em relação ao negócio, perfis complementares e com bom relacionamento são alguns pontos essenciais na busca de um sócio. Além desses fatores, Ricardo Moraes, cofundador da Memed, acredita que é preciso ser uma pessoa com quem você possa conversar. “Tenha por perto pessoas que você possa dizer o que está sentindo sobre os negócios, que saiba ouvir feedbacks e devolver pontos de desenvolvimento importantes para sua vida profissional”, afirma.
Motivações e expectativas alinhadas, confiança, comunicação clara, culturas e valores semelhantes são alguns pontos que Bruno Yoshimura, cofundador e CTO do Kekanto, acham essenciais para escolher um sócio. “Ser diferente às vezes é bom. Ter apenas sócios conservadores ou apenas agressivos pode ser ruim. Alguém tem que bancar o diabinho e alguém precisa bancar o anjinho para ter uma empresa equilibrada”, ensina.
Patrick Nogueira, CEO e fundador da Baixou, startup especializada em ferramentas online que monitoram a variação de preços de produtos, conta que é preciso ter muita confiança na hora de escolher um sócio. “Além disso, precisa ser pró-ativo e determinado para atingir os objetivos da empresa”, completa.
Daniel Muniz Silva, fundador da VaiMoto, acredita que escolher um sócio é mais difícil do que uma pessoa para se casar. “Já tive experiências anteriores em que a empresa começava super bem, todos os sócios comprometidos e apaixonados, e no desenrolar do desafio, as sinergias sumiam e os problemas começavam a aparecer”, explica. Para ele, um sócio precisar ter honestidade e ética.
A história do Have a Nice Beer, clube online de cervejas especiais, começou quando Rafael Borges presenteou Pedro Meneghetti (foto) com o livro “1001 cervejas para beber antes de morrer”. Eles são amigos de infância e perceberam que precisavam de um sócio para cuidar da parte de tecnologia da empresa. “O sócio ideal é uma pessoa que possui conhecimentos e habilidades complementares às suas e, acima de tudo, seja de sua extrema confiança", explica Meneghetti.
O conhecimento técnico e a empatia demonstrada nas conversas foram essenciais para que Eduardo Grinberg, cofundador da PiniOn. Além disso, saber se os valores do potencial sócio são similares ao seu é essencial. “Você vai passar por situações difíceis nos próximos meses ou anos ao lado da pessoa, e é importante não deixar para realmente conhecer alguém em um momento chave”, recomenda.
Para Ofli Guimarães, sócio fundador da startup Meliuz, o sócio ideal é aquele que sabe exatamente o que quer e está disposto a se dedicar para alcançar o mesmo objetivo. “Acredito que o mais importante é que os sócios tenham uma mesma visão de longo prazo, o mesmo objetivo, caso contrário a sociedade não será sustentável ao longo do tempo”, afirma.