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12 erros de gestão que acabam com seu negócio

Não saber administrar o empreendimento é um caminho certo para a ruína. Veja, a seguir, quais são as falhas mais comuns na hora de cuidar da empresa.

Desespero: como saber se você é ou não um bom gestor? Conferindo se há algum desses erros na sua empresa (Thinkstock)

Mariana Fonseca

Publicado em 27 de agosto de 2015 às 14h49.

São Paulo - Descontrole no planejamento, nas contas, no atendimento, na equipe e no próprio equilíbrio emocional do empreendedor : a má gestão do negócio pode gerar todos esses problemas dentro da sua empresa. A principal razão para esse erro não é falta de entusiasmo, mas sim de conhecimento.

É o que diz Bento Costa, coordenador do MBA Marketing de Varejo do Ibmec/DF. "Às vezes, nosso pequeno empresário tem energia, mas acha que conhecimento não agrega. Na verdade, isso é o que falta. Os mais jovens já sabem disso, mas há aqueles que acham que a escola é um lugar que não vai contribuir em nada. O fato é que hoje existem muitos cursos de curta duração, onde a pessoa aprende a gerenciar o caixa, estratégias de marketing e gestão de pessoas, por exemplo".

Já Rose Mary Almeida Lopes, coordenadora do núcleo de empreendedorismo da ESPM, cita outra razão para os erros de gestão: o comportamento. "Às vezes, o empreendedor é otimista demais; impulsivo, agindo mais e planejando menos; ou o contrário, pode planejar demais e ter receio de arriscar e agarrar as oportunidades". Se algum desses for seu caso, a solução é trabalhar esses pontos ou ter uma sociedade que contrabalenceie seu perfil.

Para que tudo isso? Ora, para saber tomar as próprias decisões. Preparar-se para gerir bem o seu negócio faz com que o empreendedor evite a "síndrome da manada": a atitude de, na hora de montar o negócio, seguir um certo plano só porque os outros fazem do mesmo jeito. "Saiba o que é bom para sua empresa e para seu tipo de empreendimento: indústria, comércio ou serviços", recomenda Fabiano Nagamatsu, consultor do Sebrae de São Paulo.

Aprender sobre gestão também ajuda a saber o que você não deve fazer no seu negócio. Veja a seguir seguir erros muito comuns que devem ser evitados na hora de administrar o empreendimento:

1. Achar que o plano de negócios não é importante

Deixar de fazer um planejamento estratégico da empresa é o primeiro grande erro do empreendedor. Isso porque não saber o futuro do seu negócio afeta todas as áreas da empresa. "Não ter um plano de negócios é como dizer 'estou caminhando, mas não sei para onde vou'. O empreendedor abre e vende, mas não tem certeza de se está bem ou não", afirma Nagamatsu.

O plano de negócios não serve apenas para o começo da empresa, ele deve ser continuamente revisto. Por isso, mesmo se seu empreendimento já estiver operando, saiba que nunca é tarde para fazer um planejamento.

2. Esquecer de estudar o mercado

Na hora de acompanhar o setor em que seu negócio está inserido, olhe para três pontos principais: o cliente, a concorrência e os fornecedores/parceiros.

Nagamatsu explica no que o empreendedor deve prestar atenção em cada uma dessas relações. "É um erro não conhecer qual o seu cliente, mesmo porque o comportamento dele muda muito rápido. Uma outra falha é não analisar o concorrente: saiba o que ele está fazendo de novo e quanto isso agrega para ele".

Por fim, estreite o relacionamento com os fornecedores. "Muitas vezes, o pequeno empresário fica na mão do fornecedor, mas essa deve ser uma troca. Não fique apenas com um fornecedor: tenha uns dois ou três".

3. Achar que o negócio é muito mais ou muito menos do que a realidade

O entusiasmo exagerado pode fazer com que o empreendedor tenha expectativas irreais sobre o negócio, sem estudá-lo com atenção. "Ele superestima a demanda e encurta o tempo da curva de aprendizagem e da sua inserção no mercado. Como isso pode ser muito mais lento, porque há variáveis que ele não domina e ainda há melhorias a fazer no produto, esse empreendedor pode morrer na praia por não haver dinheiro para sustentar um fluxo de caixa menor", afirma Rose Mary.

Mas o contrário também acontece: alguns empreendedores subestimam o potencial da empresa, segundo a docente. "Já vi empreendedor que começa a ter uma demanda superior ao que ele e a empresa dão conta. Pode ser um site de e-commerce, por exemplo, que começa a bombar. De repente, o provedor não sustenta e nem há produtos para entregar tudo. Ou seja, acabou com a imagem da empresa".

A solução? Testar a ideia de verdade, perguntando para potenciais clientes do seu negócio se eles comprariam o produto ou serviço oferecido. E, se há mais pessoas envolvidas no processo, amplie a etapa de questionamento. "Falta fazer testes reais da sua ideia. Quando você tem diferentes grupos de interesse, como investidores e clientes, você tem de testar em todas as pontas".

4. Ignorar a necessidade do capital de giro

Deixar de se importar com o capital de giro é não pensar nas despesas fixas que seu negócio terá, como o aluguel de todos os meses. Essa falta de preocupação fica evidente quando o empreendedor acha que está vendendo muito, mas todos os pagamentos serão a prazo, por exemplo.

"Nesse caso, eu tiro dinheiro desse capital de giro. Se eu não me preparei, a alternativa para isso seria negociar com o parceiro ou fornecedor para seguir o mesmo prazo do pagamento que eu combinei com o cliente, no mínimo. Se isso não for possível, você terá de recorrer aos bancos", diz Nagamatsu.

O consultor explica que a quantidade de dinheiro necessária para formar o capital de giro varia de acordo com o negócio e com a forma de comercialização dos produtos ou serviços.

5. Ter despesas desnecessárias ao tipo de negócio

Querer, de cara, ter um ponto comercial em uma região supervalorizada ou um maquinário enorme é um erro que pode comprometer financeiramente sua empresa. Essa é a hora de pensar: tudo que eu vendo irá pagar os custos que terei com essas aquisições?

"O empreendedor se empolga e não coloca o pé na realidade. Ele deve ter o mínimo possível para fazer o negócio rodar e, assim que possível, colocá-lo em teste, para trazer retorno, feedback do cliente e propostas de ajuste. Depois da entrada de receita, aí sim ele deve melhorar suas instalações. Considere aquelas que façam, realmente, você vender", recomenda Rose Mary.

6. Perder o foco em épocas de crise

A empresa não vende mais como vendia em outras épocas. O que fazer? Com certeza, a resposta não é sair atirando para todos os lados e querer vender o que estiver ao seu alcance. "Michael Porter diz que eu preciso saber o que eu não sou, para ter foco. Isso é difícil para a empresa. Especialmente com pouco caixa, existe uma tentação de sair do foco", afirma Costa.

Por que isso é ruim? "Em um mercado competitivo, quem está focado em atender uma determinada necessidade e faz o produto de uma maneira especial terá espaço. Mas isso implica dizer não para outras coisas. Se o negócio pega qualquer coisa para fazer, perde em posicionamento e não consegue inovar tão bem".

7. Tratar o dinheiro da empresa como se fosse seu

Qual é o salário do dono do negócio? Se você acha que o pagamento é definido de acordo com o tamanho das suas despesas pessoais, está fazendo o que se chama de "sangrar a empresa", ou seja, cortando os ganhos do negócio na carne e tirando mais do que deveria. "É um crime contra a empresa. Se você faz isso, você não tem disciplina financeira e vai afundar o negócio", afirma Costa.

Segundo Rose Mary, a falha acontece porque alguns empreendedores não conseguem perceber que são dois personagens distintos: uma pessoa física e outra jurídica. "É preciso ter disciplina com o dinheiro da empresa".

Para calcular realmente o quanto se deve ganhar, Nagamatsu recomenda pensar em quanto você pagaria para um funcionário que realiza o mesmo serviço que o seu. Se a empresa teve lucro, é hora de repartir entre o que será reinvestido e o que será guardado para emergências, alerta Rose Mary. Ou seja, nada de enviar direto para a carteira.

8. Querer atuar na informalidade

Ainda no assunto financeiro, outro erro é negligenciar o pagamento de impostos e de direitos trabalhistas. Costa avisa: isso é morte do negócio na certa. "Querer ser informal no século 21 é uma coisa muito míope. Vivemos um mundo conectado, e não tem cabimento querer ser esperto e ter uma empresa com caixa dois".

Além de viver fugindo da fiscalização, uma empresa que não é formalizada pode perder várias opotunidades de fomento. "Existe hoje um ambiente favorável às pequenas empresas e às startups, em private equity e financiamentos. Mas a empresa tem que se declarar, pagar impostos e, aí, todos saberão que ela existe, e ela poderá ser vista por essas entidades".

9. Não contratar bons funcionários (nem investir neles)

Na hora de formar um time para sua empresa, procure pessoas que gostem de pessoas, recomenda Costa. "Precisamos de gente que se goste, com espírito de equipe, que sabe trabalhar colaborando. Se você tiver um talento muito individual, ao menos coloque um gestor. Se não, a empresa não converge".

Falando sobre funcionários que não se adequam ao perfil do empreendimento, Rose Mary decreta duas lições que todo empreendedor precisa aprender sobre contratações: selecionar melhor seus colaboradores e não ter medo de demitir um funcionário que não adere ao ideal da empresa. "É preciso deixar esse membro sair e então procurar outra pessoa que preencha o que você espera", afirma.

Depois de ter uma equipe formada, é a hora de investir em treinamentos e condições favoráveis de trabalho. "É preciso valorizar o funcionário. A empresa pode ter muitos funcionários, mas, se não há um mínimo de condições, de segurança inclusive, eles não são produtivos", diz Nagamatsu.

10. Não ter um olho atento na hora de garimpar dados

É preciso olhar para os pontos que são críticos a todo negócio. O primeiro deles parece óbvio, mas precisa de atenção: o lucro. "Precisa calcular muito bem o custo, saber o que está pagando de impostos e também averiguar se a margem de lucro vale a pena: ou seja, se ela paga o risco que o empreendedor tem", diz Rose Mary.

Ter informações sobre seus produtos, sobre o atendimento e sobre seus consumidores é essencial para elaborar estratégias empresariais. "É importante ter a área de processos bem desenhada. Neglicenciar os processos e a informática, que serve de apoio, é um erro complicado", afirma Costa. Em uma empresa que tem processos bons, os funcionários vão trabalhando e os sistemas apoiam. E, quando o sistema é ruim, ninguém consegue trabalhar direito.

Fora dos conselhos gerais, olhe também para indicadores precisos do seu setor de atuação, sugere Rose Mary. Por exemplo, se sua empresa trabalha com importações, é preciso fiscalizar diariamente qual é a cotação do dólar americano.

11. Apresentar uma imagem ruim do negócio

Há empreendedores que divulgam a empresa de forma errada: enquanto alguns supervalorizam seus serviços e não cumprem o que prometem, outros não mostram o grande potencial que o negócio tem, com medo de gerar uma expectativa grande nos clientes ou investidores.

Na hora de fazer a divulgação da sua empresa, aprenda a dosar, recomenda Nagamatsu. "Essa dose nós tiramos do plano de marketing, ou seja, de estratégias de divulgação adequadas ao público", afirma o consultor.

12. Entrar em desespero

Seja por uma falta de preparação ou por um desequilíbrio emocional, muitos empreendedores sofrem de insegurança. Isso prejudica a tomada de decisões no negócio e afeta os funcionários, que podem até pensar em pedir as contas diante da instabilidade.

Mas como evitar a ansiedade? Nagamatsu cita dois pontos: tenha informações e não queira abraçar o mundo. "Quanto mais informação o empreendedor tiver em relação à sua empresa e ao mercado, mais seguro ele ficará. Ele também deve entender seu perfil; se ele não é bom em algo, deve contratar um especialista que viabilize a tarefa. O empreendedor muitas vezes quer ser bom em tudo, e isso não é possível. Aí, ele entra em desespero".

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São Paulo – A economia brasileira não anda bem. O desemprego e a inflação têm aumentado, e as vendas em muitos setores estão caindo. Para se ter uma ideia, uma projeção feita pela ONU indica que o país terá uma retração de 1,5% do seu PIB em 2015. Portanto, não vivemos um cenário muito animador para o pequeno e médio empresário, certo? Não é bem assim. Assim como muitas empresas nacionais estão perdendo dinheiro, outras tantas têm conseguido crescer, e até dobrar seu faturamento , mesmo neste período de crise . As estratégias delas incluem renegociar preços com seus fornecedores, diversificar produtos e investir em marketing, num movimento contrário ao da maioria do mercado. Veja nas fotos acima 20 negócios que estão crescendo mesmo com a crise, e quais as estratégias de cada um para conseguir.
  • 2. Acte Sports

    2 /22(Divulgação)

  • A Acte Sports trabalha com acessórios esportivos e está no mercado há cinco anos. A emrpesa vende principalmente equipamentos para pilates, crossfit e ioga, além de acessórios para bicicletas. Tamanho da empresa: 20 pessoas. Faturamento: A empresa não revela o faturamento, mas espera crescer 50% em 2015. Estratégias para crescer na crise: “Como já estávamos antevendo a crise desde o início do ano passado, trabalhamos durante 2014 para enxugar os custos e, principalmente, aumentar a liquidez da empresa o máximo possível, liquidando estoque parado e produtos fora de linha”, conta o diretor, David Kamkhagi . Outro ponto que ajudou bastante foi a nossa pulverização de clientes. Trabalhar de forma concentrada, principalmente em momentos de crise, é extremamente arriscado. Nossa empresa não tem dependência de nenhum cliente, e mais de 60% das vendas são extremamente pulverizadas”, conclui.
  • 3. Betalabs

    3 /22(Divulgação)

    A empresa atua na gestão de comércio eletrônico e trabalha com e-commerce e software na nuvem. Tamanho da empresa: 35 pessoas na equipe Faturamento: Em 2014, o faturamento foi de 4 milhões de reais. Para este ano, a expectativa é crescer para 7 milhões. Estratégias para crescer na crise: Para enfrentar este momento, a empresa iniciou um programa de parcerias com agências digitais. Desta forma, as agências passam a cuidar da aparência dos sites de e-commerce que contratam a Betalabs, enquanto a empresa foca em sua especialidade, que é o fornecimento de tecnologia para a gestão. A Betalabs divulga que investiu 1,5 milhão neste projeto de parcerias. “Pela primeira vez desde nossa fundação em 2011, enfrentamos um cenário econômico externo desfavorável. Tivemos que buscar alternativas para continuar crescendo”, afirma Luan Gabellini, sócio-fundador da Betalabs.
  • 4. BFX

    4 /22(gyn9038/ThinkStock)

    A BFX é uma empresa que presta assessoria para outras empresas que querem exportar seus produtos. Atua principalmente com indústrias de autopeças. Tamanho da empresa: 4 pessoas. Faturamento: A empresa afirma que, por contrato com seus clientes, não pode fornecer valores de faturamento, já que este está diretamente ligado aos números de exportação de outras empresas. Porém, a BFX diz que espera um aumento de 35% no faturamento das exportações de 2015 em relação ao ano passado. Estratégias para crescer na crise: "A alta do dólar aumenta a competitividade dos produtos brasileiros frente à concorrência que sofremos de outros países no mercado internacional", explica a diretora de negócios da empresa, Camilla França. “A BFX nunca teve tanta procura como neste ano de 2015, uma vez que o consumo do mercado interno está estagnado. Como a produção para o mercado interno fica ociosa, a ideia é ocupar o espaço vazio atuando de forma mais incisiva no mercado externo”, afirma.
  • 5. BUW - Business Woman

    5 /22(Divulgação)

    A BUW – Business Woman é uma marca de roupas femininas focada em moda para executivas. Criada em 2012, com um investimento inicial de 220 mil reais, a marca se fortaleceu com uma loja no Shopping Ibirapuera, em São Paulo. Agora, a empresa se prepara para inaugurar sua primeira franquia em Belém (PA). Tamanho da empresa: 6 funcionários e 1 franqueada em Belém. Faturamento: O faturamento em 2014 foi de 600 mil reais, e a expectativa para 2015 é de 800 mil reais. Estratégias para crescer na crise: Para passar por esse momento de crise, a marca tem investido na expansão via franquias, já que, segundo a empresa, o mercado para aquisição de pontos está ótimo. A BUW está também buscando investidores, renegociando com fornecedores e reduzindo custos. Para o franqueado: O investimento necessário para abrir uma franquia da BUW é de 250 mil reais, já com capital de giro, reforma, taxa de franquia e primeira coleção. O prazo de retorno é de 24 meses.
  • 6. Clear Clean

    6 /22(Divulgação/Clear Clean)

    A Clear Clean é uma rede de microfranquias de serviços de limpeza residencial e comercial. A empresa nasceu em abril 2013 depois de uma viagem de um dos fundadores para a Europa, quando ele conheceu o serviço. A empresa teve grande procura logo no início, e por isso os sóciosClovis Campos e Douglas Barbosa decidiram franquear o modelo de negócio. Tamanho da empresa: 17 franquias em funcionamento e 3 que serão inauguradas até setembro de 2015. Faturamento: Em 2014, o faturamento da empresa foi de 1,3 milhão de reais. Para este ano, a expectativa é crescer e alcançar 4 milhões. Segundo a empresa, o aumento se deve também ao número de unidades abertas este ano (foram oito) e às que ainda serão inauguradas ao longo deste semestre. Estratégias para crescer na crise: A Clear Clean tem aproveitado a repercussão causada pela PEC das Domésticas, que tem gerado oportunidades para empresas do setor de limpeza. Além disso, investe em novos serviços, como o de limpeza e impermeabilização de estofados e limpeza carpetes. Para o franqueado: O investimento necessário para abrir uma franquia Clear Clean é de 25,5 mil a 61 mil reais. O prazo de retorno do investimento é de 12 a 24 meses.
  • 7. Espetinhos Mimi

    7 /22(Divulgação)

    A rede de franquias Espetinhos Mimi atua há 45 anos no mercado de churrascos de palito. Tamanho da empresa: A rede tem 70 unidades em funcionamento, presentes em 12 estados, e mais 13 para inaugurar. Faturamento: Em 2014, o grupo faturou cerca de 70 milhões de reais. Para este ano, a expectativa é crescer 15%. Estratégias para crescer na crise: Num cenário de crise, a rede tem apostado nas modalidades de franquia que requerem um investimento menor, como o modelo Express e Empório que precisam de um investimento de R$35 mil, e o carrinho, com investimento de R$45 mil. A ideia é que esses modelos possam aproveitar grandes eventos, como Rock in Rio e Olimpíadas. Para o franqueado: O investimento inicial para abrir uma franquia vai de 30 mil a 350 mil reais, dependendo do modelo escolhido. O prazo de retorno é em média de 24 a 26 meses.
  • 8. Flores Online

    8 /22(Getty Images)

    Fundada em 1998, a Flores Online afirma ser o primeiro e-commerce de flores e presentes do país. Tamanho da empresa: 90 funcionários. Faturamento: A empresa faturou 40 milhões em 2014 e espera crescer 25% em 2015. Estratégias para crescer na crise: Para enfrentar o momento de crise, a empresa investe na diversificação de mercados. Além das vendas diretas para pessoas físicas, a empresa aposta agora no mercado corporativo, com kits personalizados e exclusivos para empresas em datas comemorativas. Outra nova modalidade é o AdSales, com kits que misturam flores e presentes com itens de marcas como Air Wick, Johnnie Walker. “A Flores Online tem apostado nas vendas corporativas e na diversificação do portfólio. A ideia é oferecer ao cliente uma variedade de presentes diferenciados e de bom gosto, mas com um preço acessível neste período de crise”, afirma Carlos Miranda, CEO da Flores Online.
  • 9. Hoken

    9 /22(Divulgação)

    A Hoken é uma franquia de venda de purificadores de água que está há 18 anos no mercado. Em 2015, a empresa pretende expandir os negócios para cidades importantes, como a capital paulista. Tamanho da empresa: Atualmente, a rede conta com 150 unidades em todo o território nacional, América Latina, Europa e África. Para este ano, a empresa tem a expectativa de inaugurar de 70 a 100 unidades. Faturamento: A marca espera um incremento de 25% em seu faturamento neste ano, superando os 120 milhões de reais registrados em 2014. Estratégias para crescer na crise: Para manter o ritmo de crescimento mesmo com a crise, a empresa fez uma reavaliação das exigências para se tornar um franqueado, o que tornou o processo mais curto. Além disso, a Hoken mudou alguns processos internos e reviu sua política de gastos com telefonia, água, energia e demais custos. Houve ainda uma redução de 18% no número de funcionários da empresa. Para o franqueado: O investimento necessário para se tornar um franqueado Hoken varia de 80 mil a 100 mil reais, com prazo de retorno entre 18 e 24 meses.
  • 10. Innovapharma

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    Baseada em Goiânia, a empresa multinacional atua no setor de beleza, com produtos contra rugas e marcas de expressão. A marca afirma que, ao contrário de outros segmentos, o mercado de beleza tem crescido apesar da crise. Para aproveitar este momento, a empresa planeja investir mais de R$ 10 milhões no Brasil em 2015. O investimento vai para busca de novos mercados, ações de marketing e participação em eventos internacionais. Tamanho da empresa: 250 funcionários. Faturamento: Em 2014, a Innovapharma cresceu 48% e fechou com faturamento de 15 milhões de reais. Para este ano, a expectativa é alcançar os R$ 20 milhões de reais. Estratégias para crescer na crise: Como já está consolidada na dermatologia e na medicina estética, uma das estratégias para crescer é aumentar a participação na cirurgia plástica e entrar em novos mercados, como o da ginecologia (rejuvenescimento íntimo) e da odontologia (preencimento facial do terço inferior da face), além do lançamento de novos produtos.
  • 11. Just Digital

    11 /22(Divulgação)

    A Just Digital é uma empresa parceira do Google que presta serviços de gestão de informação e conteúdo. Tamanho da empresa: 60 pessoas Faturamento: A empresa teve faturamento de 7 milhões de reais em 2014, e espera crescer para 10 milhões de reais em 2015. Estratégias para crescer na crise: Na contramão de outras empresas, que estão demitindo funcionários neste período, a empresa aposta na manutenção da equipe. A ideia é sair na frente quando a crise passar. Neste período, a estratégia tem sido reestruturar algumas áreas, estudar novos produtos para incorporar ao portfólio e apostar em ações de marketing. “Quando a crise passar estaremos ainda mais prontos e na frente de empresas que terão que reforçar seus times e adaptar seus processos. Além disso, sabemos que os produtos com que trabalhamos podem gerar economia para as empresas”, afirma o CEO da empresa, Rafael Cichini.
  • 12. Medicina Direta

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    A Medicina Direta é uma plataforma que auxilia médicos na gestão de prontuários dos pacientes. As informações ficam armazenadas na nuvem e o médico pode acessá-las pelo smartphone. “Acreditei que isto solucionava um problema real do mercado no Brasil, e o retorno dos médicos nos mostra isso”, diz o dono da empresa Tiago Delgado. Hoje com 500 clientes usando a plataforma, dentre consultórios, clínicas e médicos, a Medicina Direta esperar dobrar a sua base de clientes em 2015. Tamanho da empresa: 5 pessoas Faturamento: A empresa faturou 200 mil reais em 2014, e espera dobrar esse número, chegando a 400 mil em 2015. Estratégias para crescer na crise: Como o investimento em marketing na maioria das empresas diminuiu, a Medicina Direta aproveita para aumentar o investimento nesta área e ganhar visibilidade. O momento também é propício para ouvir o cliente, diz Delgado. “Estamos investindo muito em entender as reais necessidades dos clientes. Neste momento eles tendem a externar mais suas limitações e dificuldades e usamos estas informações para melhorar nossos produtos e oferecer uma solução cada vez melhor”, afirma.
  • 13. Megamatte

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    A Megamatte é uma rede de franquias de alimentação saudável que está há 21 anos no mercado. Tamanho da empresa: A rede tem um total de 119 unidades, espalhadas por sete estados. São nove unidades próprias e 110 franqueados. Faturamento: Em 2014, a rede inaugurou 12 unidades e fechou o ano com um aumento de 17% no faturamento em relação ao ano anterior, atingindo 101 milhões de reais. Para 2015, prevê um avanço de 20% no faturamento. Estratégias para crescer na crise: No fim do ano passado, a rede começou a traçar planos que pudessem reduzir os custos, o que envolveu negociação com fornecedores, afirma o diretor executivo, Julio Monteiro. "Fizemos reunião com os fornecedores e demonstramos que, se os insumos permanecessem com os valores altos, a conta não fecharia, e o relacionamento com eles acabaria tendo vida curta", relata. Além disso, a empresa está investindo numa linha de produtos mais baratos para o consumidor e lançou ainda um novo formato de franquia, com investimento inicial de 80 mil. Para o franqueado: O investimento necessário para abrir uma unidade Megamatte varia de 80 mil a 295 mil reais. O prazo de retorno do investimento é de 24 a 36 meses.
  • 14. Mercadão dos Óculos

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    A empresa é uma franquia de óculos voltada para classes C e D. O dono do negócio, Celso Silva, começou no setor há 20 anos, com uma ótica comum: com armações de grife e preços salgados. Com o tempo, porém, percebeu o potencial que teria um negócio com produtos mais baratos. Hoje, o Mercadão vende óculos a partir de R$ 19,90. Tamanho da empresa: A rede tem hoje 44 unidades abertas e em funcionamento; a meta de expansão deste ano é para 70 unidades. Faturamento: Em 2014, a rede faturou 10 milhões de reais. Para este ano, a expectativa é triplicar este número, com previsão de faturamento de 30 milhões de reais. Estratégias para crescer na crise: Para continuar crescendo mesmo com a crise, a rede afirma que investe em preço justo, variedade de produtos, treinamento da equipe de vendas e marketing segmentado. Para o franqueado: O investimento inicial da rede é entre R$ 80.000 a R$ 120.000 e o prazo de retorno é de 12 a 24 meses.
  • 15. My Gloss

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    A MyGloss é uma franquia de acessórios femininos e também tem crescido apesar da crise. Segundo a empresa, seu maior diferencial é produzir suas peças nacionalmente, num mercado em que a grande maioria dos produtos são importados. “Mais de 90% da nossa produção é nacional. Com isso conseguimos lançar cerca de 80 modelos novos por semana oferecendo novidades com antecedência em relação às concorrentes”, afirma Rodrigo Stocco, CEO da empresa. Tamanho da empresa: A marca tem 45 lojas franqueadas e mais 37 funcionários diretos. A expectativa é abrir mais 30 pontos de venta até o fim do ano. Faturamento: Em 2014, a rede faturou aproximadamente 21 milhões de reais. Para este ano, a projeção é de um faturamento de 35 milhões de reais. Estratégias para crescer na crise: Como a maior parte da produção é feita no Brasil, a alta do dólar impacta pouco na empresa e também no valor dos produtos oferecidos. “Como o poder de compra da consumidora diminuiu, ao invés de adquirir roupas novas, ela prefere trazer novidades para suas composições apostando em acessórios que são mais em conta”, afirma a empresa. Para o franqueado: O investimento necessário para abrir uma franquia MyGloss vai de 140 mil a 330 mil reais. O prazo de retorno do investimento é de 25 meses.
  • 16. Perky

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    A Perky é uma empresa gaúcha que vende alpargatas, criada pelo casal Rodrigo Casas e Gabriella Giovanini. A empresa tem pontos de venda em várias partes do país e exporta seus modelos de alpargatas para Europa, Ásia e Oceania. Tamanho da empresa: Cerca de 150 pessoas. Faturamento: A empresa faturou 11 milhões de reais em 2014, um crescimento de quase 300% em relação a 2013. Para 2015, a expectativa é crescer 70% e chegar aos 18 milhões de reais. Estratégias para crescer na crise: "Para crescer na crise, a Perky está com novos projetos como um e-commerce próprio e uma fábrica própria de acessórios, o que vai nos ajudar a diversificar produtos. Também estamos montando um projeto de exportação, para não depender só do Brasil. O objetivo é construir vários negócios ao redor da Perky para aumentar o faturamento da empresa", afirma o CEO da marca, Rodrigo Casas.
  • 17. Pingobox

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    A Pingobox trabalha com um sistema de vendas para a frente de caixa do micro e pequeno varejista. A ideia é levar para o negócio do empresário a mesma facilidade e tecnologia que ele encontra no smartphone, diz a empresa. “Já temos mais de 500 clientes que usam a solução com pouco mais de seis meses de esforço comercial, sendo que a maior parte do crescimento foi justamente no primeiro semestre desse ano, com a crise batendo forte na porta do nosso cliente”, afirma Felipe Lachowski, sócio-fundador da Pingobox. Tamanho da empresa: São cerca de 20 funcionários. Faturamento: A empresa ainda estava em fase de desenvolvimento em 2014. Para este ano, a previsão inicial era faturar 1 milhão de reais. Porém, com as vendas acima da expectativa, a nova previsão é fechar o ano com faturamento de 1,5 milhão. Estratégias para crescer na crise: “Estávamos super preocupados com a crise, mas ela nos gerou oportunidade, pois soubemos ajudar nossos clientes a enfrentá-la. Nós sabíamos que tínhamos um produto superior em qualidade e o mais barato do mercado. Qual cliente não quer ter algo melhor e mais barato?”, afirma Lachowski. Ele explica que, a partir deste cenário, a Pingobox refez toda a sua estratégia de marketing. “O objetivo era espelhar justamente como poderíamos ajudar o micro e pequeno empresário a enfrentar a crise. Estamos super felizes não apenas por ter tido um ótimo primeiro semestre como empresa, mas principalmente porque ajudamos outros centenas de empresário a ficarem mais fortes e saudáveis nesse período difícil”, conclui.
  • 18. Printi

    18 /22(Divulgação)

    A Printi é uma gráfica online, criada no Brasil por dois alemães, Mate Pencz e Florian Hagenbuch. A empresa afirma que se destaca pela praticidade e baixo custo para o consumidor. Tamanho da empresa: Hoje a empresa tem cerca de 80 funcionários, entre parte administrativa, produção e logística. Até o final do ano, os planos são mudar sua sede e lançar seu parque gráfico, o que deve fazer com que a empresa chegue a 130 funcionários. Faturamento: A empresa faturou 12 milhões de reais no ano passado, e espera ganhar mais que o dobro neste ano, chegando à marca dos 30 milhões. Estratégias para crescer na crise: Para enfrentar a crise, a gráfica limitou a variável de produtos e otimizou seu processo de produção. Outro ponto são os preços competitivos. “Os consumidores vem sofrendo com a diminuição de budgets e com número de impressões menores, o que faz com que as gráficas tradicionais não se tornem atraentes, pois possuem um mínimo na quantidade e valores que só se tornam bons com um número alto de demanda. A Printi não possui esse minimo e consegue ser forte quando a quantidade se torna menor”, afirma Mate Pencz cofundador da empresa.
  • 19. Rapiddo

    19 /22(Rapiddo/Divulgação)

    O Rapiddo é uma plataforma na internet que oferece o serviço de entregas rápidas. A empresa atua nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte e Campinas. Mensalmente, são realizadas 30 mil entregas. O Rapiddo atua num modelo com entregadores em nuvem, fazendo com que o cliente seja atendido pelo entregador mais próximo. Os pedidos e o pagamento são feitos online, e o cliente pode acompanhar o pedido em tempo real. Para iniciar seu desenvolvimento, a empresa recebeu aporte de 5 milhões de reais da Movile. Tamanho da empresa: 50 funcionários. Faturamento: Em 2014, o faturamento da empresa foi de 1,2 milhão de reais. Para este ano, a expectativa é faturar cinco vezes mais e chegar à marca de 6 milhões. Estratégias para crescer na crise: Num cenário de contenção de gastos, o Rapiddo diz buscar preços competitivos, garantindo a qualidade. Além disso, a empresa investiu na diversificação de produtos: criou um aplicativo para ser usado por empresas de entrega e criou ainda a possiblidade de seu serviço ser usado por e-commerces, permitindo uma entrega mais rápida para esses clientes, explica o CEO Guilherme Bonifácio.
  • 20. Sweethings

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    Especializada em confeitaria, a Sweethings começou a operar em meio à crise, em janeiro de 2015. Com o setor alimentício em dificuldades devido à inflação, a empresa foca suas vendas para restaurantes, mas também aceita encomendas de consumidores finais. A empresa montou sua cozinha com um investimento inicial de 300 mil reais, e agora aposta na criação de novos sabores e na manutenção da qualidade para conquistar seus clientes. Tamanho da empresa: 7 funcionários Faturamento: No primeiro mês de operação, o negócio obteve faturamento de 10 mil reais. A expectativa é fechar o ano de 2015 faturando 1 milhão de reais e, para 2016, chegar aos 3 milhões. Os valores são estimados com base na demanda dos clientes e nos planos de crescimento da Sweethings, que projeta sua expansão com a implantação do serviço delivery de sobremesas. Estratégias para crescer na crise: A aposta dos sócios Arnor Porto e Ana Gabriela Borges é não praticar lucros exorbitantes e repassar o custo das embalagens para o consumidor sem ganhos extras “Desta forma, conseguimos preços mais acessíveis”, afirma Ana Gabriela.
  • 21. Tostex

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    A Tostex é uma rede de franquias que trabalha com sanduíches tostados. A empresa nasceu em Trancoso, na Bahia, mas cresceu após se associar à rede Giraffas, em São Paulo. Tamanho da empresa: A marca tem 14 lanchonetes e está presente em cinco capitais: São Paulo, Brasília, Goiânia, Recife e Fortaleza. A meta é fechar o ano com 26 lanchonetes. Faturamento: A rede faturou 4 milhões de reais em 2014 e pretende finalizar 2015 com o faturamento de 24 milhões. Estratégias para crescer na crise: A marca tem aproveitado o momento difícil da economia para buscar pontos comerciais em melhores condições de negociação. Além disso, afirma que trabalha com inovação e com a oferta de novos produtos para o consumidor e para o franqueado. “O cenário é o mesmo para todas as empresas, e ganha quem conseguir aproveitar melhor as oportunidades que cada período traz”, afirma Andrea Mendonça, sócia-diretora da empresa. Para o franqueado: O investimento inicial vai de 200 mil a 1,2 milhão de reais, e o prazo de retorno é de 24 a 36 meses.
  • 22. Veja agora negócios móveis para se inspirar

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