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WEG fecha dois megaprojetos de infraestrutura na Índia por US$ 78 milhões

A fabricante brasileira fornecerá motores para o maior empreendimento de irrigação do mundo

Motor da WEG sendo implementado no maior projeto de irrigação por elevação do mundo (WEG/Divulgação)

Motor da WEG sendo implementado no maior projeto de irrigação por elevação do mundo (WEG/Divulgação)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 2 de outubro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 2 de outubro de 2020 às 09h00.

A WEG irá fornecer motores para dois megaprojetos de irrigação na Índia, com uma receita total de 78 milhões de dólares. A fabricante brasileira possui uma fábrica em solo indiano desde 2011 e, desde então, a demanda na área de infraestrutura vem crescendo de forma significativa.

"A WEG iniciou projetos de irrigação na Índia em 2001, através de parceiros fabricantes de bombas. Fechamos alguns contratos ao longo da década e, em 2010, decidimos montar a fábrica porque a atratividade era muito grande", afirma João Paulo Gualberto da Silva, diretor superintendente de energia da companhia, em entrevista exclusiva à EXAME.

A WEG forneceu motores para o maior projeto de irrigação por elevação do mundo, o Kaleshwaram Lift Irrigation Scheme. Foram 14 motores de 40 megawatt de potência e 262 toneladas cada um. A receita com este empreendimento foi de 26 milhões de dólares.

O projeto tem como objetivo reforçar o armazenamento de água disponível para irrigação de 8 mil km² de terras de 13 distritos do estado de Telangana e aumentar os níveis de água subterrânea para abastecer indústrias e atividades agrícolas.

A companhia também irá fornecer 13 motores ainda maiores para outro grande projeto de irrigação no estado indiano, em um contrato de mais de 52 milhões de dólares. As entregas devem começar em 2022. "Serão os maiores motores construídos na história da WEG", diz Silva.

Resiliência

De acordo com o executivo da WEG, a companhia tem ampliado cada vez mais a atuação no setor de infraestrutura. "Estes projetos reforçam a expertise da empresa globalmente", diz Silva.

A fabricante catarinense vem ganhando ainda mais projeção no mercado em meio ao cenário hostil da pandemia do novo coronavírus. Neste ano, as ações da companhia na bolsa de valores brasileira, a B3, valorizaram mais de 80%.

Para Renato Mimica, diretor da EXAME Research, o desempenho se deve à resiliência da companhia. "Trata-se de uma excelente empresa, com boa gestão e resultados consistentes."

Em 2020, a WEG adquiriu o controle de duas startups ligadas ao negócio de indústria 4.0 e inteligência artificial, anunciou investimento em uma nova fábrica de tintas no México e vem intensificando negócios rumo ao ambiente digital.

“Os processos estão ficando cada vez mais digitais e a WEG vai ser protagonista na indústria brasileira”, disse Harry Schmelzer Jr, presidente da companhia, em entrevista publicada na edição de março deste ano da revista EXAME.

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