Vendas de roupas da marca de filha de Trump caem 32%, diz jornal
Em outubro de 2016, em meio a pedidos de boicote dos negócios da família do presidente, vendas de Ivanka desabaram mais de 70% na rede
EFE
Publicado em 11 de fevereiro de 2017 às 17h59.
Nova York - As vendas de roupas da marca de Ivanka Trump, filha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, caíram 32% na rede de lojas Nordstrom, com uma queda ainda mais acentuada nos últimos meses, de acordo com dados publicados neste sábado pelo "The Wall Street Journal".
A Nordstrom tinha anunciado nesta semana que deixaria de vender a marca de Ivanka Trump, o que levou o presidente a criticar a empresa por "tratar injustamente" sua filha.
Apesar de a Nordstrom ter defendido que a decisão estava baseada nas vendas ruins da marca, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse na última quarta-feira que se tratava de um "ataque direto" da empresa contra a filha da presidente.
Segundo os dados internos da Nordstrom revelados hoje pelo "The Journal", as vendas da marca de Ivanka caíram 32% no último ano fiscal em relação ao mesmo período do ano passado.
Em outubro, em meio a pedidos de alguns críticos de Trump para que os consumidores boicotassem os negócios da família do presidente, as vendas de roupas e sapatos de Ivanka desabaram mais de 70% na rede de lojas da Nordstorm. Desde então, a queda foi mais moderada e, em janeiro, fechou em 26%.
Os ataques de Trump à empresa e a defesa dos negócios da filha do presidente feita por funcionários da Casa Branca geraram grande polêmica nos EUA. Kellyanne Conway, uma das principais assessoras do republicano, pediu na televisão que os americanos comprassem produtos da marca de Ivanka.
Depois de muitas críticas, a Casa Branca anunciou que Conway recebeu "conselhos legais" sobre o assunto, aparentemente para que a situação não volte a correr.
Após a vitória eleitoral do pai, Ivanka Trump decidiu deixar temporariamente suas atividades empresariais, mas se mantém dona das companhias.