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Casino diz estar comprometida em manter grau de investimento

O Casino disse que uma melhora de seu desempenho na França em 2016 e a escala de seu plano de desinvestimentos ajudarão a fortalecer sua estrutura financeira


	Expectativas: o Casino disse que uma melhora esperada de seu desempenho operacional na França em 2016 e a escala de seu plano de desinvestimentos ajudarão a fortalecer sua estrutura financeira
 (REUTERS/Regis Duvignau)

Expectativas: o Casino disse que uma melhora esperada de seu desempenho operacional na França em 2016 e a escala de seu plano de desinvestimentos ajudarão a fortalecer sua estrutura financeira (REUTERS/Regis Duvignau)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 08h46.

PARIS - A varejista francesa Casino, que controla no Brasil o Grupo Pão de Açúcar, disse nesta segunda-feira que está comprometida em manter seu "grau de investimento", depois de a agência de classificação de risco Standard & Poor's ameaçar reduzir a nota de sua dívida para grau especulativo, citando fraqueza no Brasil e o alto endividamento.

O Casino disse que uma melhora esperada de seu desempenho operacional na França em 2016 e a escala de seu plano de desinvestimentos ajudarão a fortalecer sua estrutura financeira. Uma forte posição de liquidez também permitirá ao Casino cumprir todos os pagamentos de dívida nos próximos anos, disse a empresa em comunicado.

A agência de classificação de risco colocou em 15 de janeiro a nota de longo prazo do Casino "BBB-" e de curto prazo "A3" em observação, afirmando que poderá reduzir as notas de longo prazo "em não mais do que dois graus".

O alerta da S&P ocorre após outro revés para o Casino, que tem ficado na mira da Muddy Waters desde dezembro, quando a empresa de pesquisa e investimento disse que a varejista está "perigosamente alavancada", utiliza engenharia financeira para mascarar a deterioração de seu principal negócio e é gerenciada somente para o curto prazo.

"Isso ocorre apenas um mês depois de a S&P ter reafirmado as notas da companhia -- uma surpreendente virada", disse a Muddy Waters em e-mail à Reuters.

"A S&P está reconhecendo o conflito de interesses entre Rallye e Casino, e que o Casino pagará dividendos para reduzir a enorme dívida da Rallye; no entanto, o melhor uso desse dinheiro seria reduzir a própria dívida do Casino."

A S&P disse em seu relatório que também reavaliará o impacto do fato de o Casino ser controlado pela alavancada Rallye, que, segundo a S&P, "restringe a flexibilidade financeira do Casino dada a necessidade de elevar dividendos para pagar a dívida líquida da Rallye".

A Rallye detém 48,4 por cento do Casino e depende de dividendos da varejista para pagar sua dívida líquida de 2,4 bilhões de euros. O Casino lançou um plano de vendas de ativos de 2 bilhões de euros no mês passado que foi ampliado para cerca de 4 bilhões com a planejada venda de sua subsidiária tailandesa Bic C.

O plano pretende reduzir substancialmente a dívida do Casino até o fim deste ano. O endividamento estava em 7,55 bilhões de euros no fim de 2014.

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