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União de Galvani e Yara abocanha 20% da produção brasileira

Parceria vai garantir às companhias uma fatia de 20% da produção nacional de fertilizantes


	Fertilizantes: Yara fechou acordo para comprar uma participação de 60% na fabricante brasileira Galvani
 (Andrey Rudakov/Bloomberg)

Fertilizantes: Yara fechou acordo para comprar uma participação de 60% na fabricante brasileira Galvani (Andrey Rudakov/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 17h47.

São Paulo - A união das operações da indústria de fosfatados Galvani e da norueguesa Yara, anunciada nesta terça-feira, vai garantir a elas uma fatia de 20 por cento da produção nacional de fertilizantes, disseram os executivos das companhias.

A Yara fechou acordo para comprar uma participação de 60 por cento na fabricante brasileira de fosfatados Galvani em um negócio de 390 milhões de dólares, incluindo compromissos futuros de aumento da fatia.

"Este (negócio) é o que a gente chama de 'step' (fase) 2 da nossa estratégia no Brasil... Fizemos a aquisição da Bunge, em distribuição aqui no Brasil, e já sinalizávamos na época que havia interesse em investir em produção", disse em entrevista à Reuters o presidente da Yara no Brasil, Lair Hanzen.

A Yara alcançou a liderança no mercado de distribuição de fertilizantes no país após adquirir em 2013 ativos da Bunge neste segmento.

O negócio anunciado nesta terça abre espaço para as companhias reforçarem os investimentos no segmento de fosfatados, considerado pela Yara sua principal via de crescimento para ampliar produção de fertilizantes no Brasil.

As duas empresas têm juntas capacidade de produzir 2 milhões de toneladas de produtos fosfatados, enquanto a mineradora Vale, líder no segmento, produziu 4,7 milhões de toneladas de rocha fosfática no Brasil no ano passado.

A capacidade de produção de fertilizantes em geral no Brasil está perto de 10 milhões de toneladas, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).

O Brasil importa cerca de 70 por cento de sua demanda anual por fertilizantes.

O presidente do Conselho de Administração da Galvani, Rodolfo Galvani Jr, explicou que está havendo um envelhecimento de algumas jazidas de fósforo atualmente em exploração no Brasil, e que se não forem feitos investimentos em novos projetos a tendência é haver uma queda na produção.

"Fosfato é onde o Brasil tem uma quantidade de reservas. E a Galvani é uma empresa especializada na produção de produtos fosfatados, então é nisso que estamos ingressando juntos", disse Rodolfo Galvani Jr., presidente do Conselho de Administração da Galvani na entrevista conjunta.

Os outros dois tipos básicos de fertilizantes têm mercados mais fechados no país: o de nitrogenados é dominado pela Petrobras, uma vez que o gás natural é seu principal insumo, enquanto as reservas de potássio no país são bastante limitadas.

A Galvani tem uma produção verticalizada, que vai desde a exploração da mina até a elaboração de produtos de fosfato.

Dos três projetos em andamento na empresa, Galvani Jr disse que o de Salitre (MG) é o que está mais avançado porque já conta com uma licença prévia e agora aguarda a licença de instalação.

O projeto, que levará de 3 a 5 cinco anos para ser concluído, terá capacidade estimada de cerca de 1,2 milhão de toneladas de rocha fosfática por ano.

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