Exame Logo

TRT suspende demissões sem justa causa no Santander em SP

Durante audiência realizada na tarde de hoje na sede do TRT, em São Paulo, os advogados que representavam o banco negaram que vá ocorrer demissão em massa

Os advogados disseram que 2,1 mil pessoas foram desligadas do banco este ano em São Paulo (Carlos Della Roca)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 20h34.

São Paulo - O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, em São Paulo, decidiu hoje (6) suspender as demissões sem justa causa, ainda não homologadas, de trabalhadores do Banco Santander.

A decisão atende a um pedido do sindicado da categoria, que teme uma demissão em massa de trabalhadores do banco motivada pela crise econômica que atinge a Europa, especialmente a Espanha, sede do banco. Segundo a desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, se o banco desobedecer a liminar, estará sujeito à multa diária de R$ 100 mil.

Durante audiência realizada na tarde de hoje na sede do TRT, em São Paulo, os advogados que representavam o banco negaram que vá ocorrer demissão em massa, creditando a notícia sobre esse fato a “boatos”. “Não houve dispensa coletiva em novembro e dezembro e não haverá nos próximos meses”, disseram os advogados. Segundo eles, o Santander tem mais de 55 mil trabalhadores em todo o Brasil.

Os advogados disseram que 2,1 mil pessoas foram desligadas do banco este ano em São Paulo, índice menor que no ano passado, quando 2,4 mil pessoas foram demitidas.

De acordo com os advogados que estiveram presentes na audiência, 170 funcionários do banco em São Paulo foram desligados em novembro e 415 já foram comunicados que serão desligados do banco este mês, número que inclui dez funcionários que pediram demissão.

O banco reconheceu que o número em dezembro está “acima da média em São Paulo”, mas ressaltaram que o número de demissões este ano é inferior ao do ano passado.

Já o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região defende que a suspeita de que vá ocorrer demissão em massa no banco “é fundada”, e diz que, só amanhã, 98 demissões serão homologadas, resultado que iguala o número de homologações feitas em todo o mês de novembro.


“A justiça entendeu que o banco não foi transparente com os trabalhadores, nem com o sindicato, e não apresentou justificativa para a demissão em massa promovida durante este mês.

Foi um resultado importante porque evita as 405 demissões sem justa causa que o banco fez durante os últimos três dias e as demissões que iria fazer amanhã. Esperamos que o tribunal mantenha a decisão na próxima semana”, disse Juvandia Moreira, presidenta do sindicato.

Uma nova audiência foi marcada para a próxima terça-feira (11).

A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa do banco, mas até o momento não recebeu resposta.

Veja também

São Paulo - O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, em São Paulo, decidiu hoje (6) suspender as demissões sem justa causa, ainda não homologadas, de trabalhadores do Banco Santander.

A decisão atende a um pedido do sindicado da categoria, que teme uma demissão em massa de trabalhadores do banco motivada pela crise econômica que atinge a Europa, especialmente a Espanha, sede do banco. Segundo a desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, se o banco desobedecer a liminar, estará sujeito à multa diária de R$ 100 mil.

Durante audiência realizada na tarde de hoje na sede do TRT, em São Paulo, os advogados que representavam o banco negaram que vá ocorrer demissão em massa, creditando a notícia sobre esse fato a “boatos”. “Não houve dispensa coletiva em novembro e dezembro e não haverá nos próximos meses”, disseram os advogados. Segundo eles, o Santander tem mais de 55 mil trabalhadores em todo o Brasil.

Os advogados disseram que 2,1 mil pessoas foram desligadas do banco este ano em São Paulo, índice menor que no ano passado, quando 2,4 mil pessoas foram demitidas.

De acordo com os advogados que estiveram presentes na audiência, 170 funcionários do banco em São Paulo foram desligados em novembro e 415 já foram comunicados que serão desligados do banco este mês, número que inclui dez funcionários que pediram demissão.

O banco reconheceu que o número em dezembro está “acima da média em São Paulo”, mas ressaltaram que o número de demissões este ano é inferior ao do ano passado.

Já o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região defende que a suspeita de que vá ocorrer demissão em massa no banco “é fundada”, e diz que, só amanhã, 98 demissões serão homologadas, resultado que iguala o número de homologações feitas em todo o mês de novembro.


“A justiça entendeu que o banco não foi transparente com os trabalhadores, nem com o sindicato, e não apresentou justificativa para a demissão em massa promovida durante este mês.

Foi um resultado importante porque evita as 405 demissões sem justa causa que o banco fez durante os últimos três dias e as demissões que iria fazer amanhã. Esperamos que o tribunal mantenha a decisão na próxima semana”, disse Juvandia Moreira, presidenta do sindicato.

Uma nova audiência foi marcada para a próxima terça-feira (11).

A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa do banco, mas até o momento não recebeu resposta.

Acompanhe tudo sobre:BancosDemissõesDesempregoDireitos trabalhistasEmpresasEmpresas abertasEmpresas espanholasgestao-de-negociosSantander

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame