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Trio de empresários franceses assume controle do Le Monde

Paris - O Le Monde, mais prestigiado jornal francês, passará para as mãos de um trio de empresários que inclui o sócio do guru da moda Yves Saint-Laurent e um milionário que começou sua carreira com a pornografia. A compra foi aprovada pelos jornalistas e pela direção do grupo. A vitória do trio foi selada […]

Sede do Le Monde em Paris (AFP/Thomas Samson)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

Paris - O Le Monde, mais prestigiado jornal francês, passará para as mãos de um trio de empresários que inclui o sócio do guru da moda Yves Saint-Laurent e um milionário que começou sua carreira com a pornografia. A compra foi aprovada pelos jornalistas e pela direção do grupo.

A vitória do trio foi selada depois que Orange-France Telecom e Nouvel Observateur anunciaram a retirada de sua oferta de compra, segundo um comunicado do grupo de telecomunicações, que não menciona o grupo espanhol Prisa, outro participante da proposta.

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Algumas horas mais tarde, o Conselho de Vigilância do Le Monde pronunciou-se a favor da oferta apresentada pelo trio integrado pelo sócio de Saint-Laurent, pelo mecenas Pierre Berg, o banqueiro Matthieu Pigasse, e Xavier Niel, um empresásio da Internet que começou a fazer fortuna com a pornografia.

Segundo fontes do jornal, a oferta dos três empresários recebeu 11 dos 20 votos do Conselho de Vigilância.

Os jornalistas do prestigioso jornal francês já tinham preferido na sexta-feira por ampla maioria a oferta de compra de Bergé-Niel-Pigasse, que obteve 90,84% dos votos da Sociedade de Redatores do Le Monde (SRM).

A Sociedade de Executivos do Le Monde (SCM) e a Sociedade de Empregados do Le Monde (SDEM) também aprovaram a oferta eleita pelos jornalistas.

O desembarque do trio no Le Monde não era bem-vindo pelo presidente francês Nicolas Sarkozy, que tinha convocado o diretor do Le Monde, Eric Fottorino, para transmitir a informação de que a oferta do trio Bergé-Pigasse-Niel não lhe agradava muito.

Bergé, um dos empresários que financiaram a campanha presidencial da socialista Segolene Royal em 2007, criticou a interferência presidencial.

Vários interessados, entre eles um milionário russo, somaram-se à corrida para tomar o controle do Le Monde, que hoje é mais um símbolo de status do que uma empresa capaz de ganhar dinheiro.

O grande jornal francês esteve lutando para sobreviver na era da Internet e busca investidores dispostos a colocar dinheiro na publicação e pagar sua dívida de em torno de 100 milhões de euros (cerca de 123 milhões de dólares).

O Le Monde conta com cerca de 280 jornalistas e tem uma circulação de 320.000 exemplares diários.

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