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Para TIM, impacto no bolso com vendas suspensas foi pequeno

Segundo Rogério Tostes, diretor de RI da operadora, suspensão das vendas imposta pela Anatel impactou muito pouco resultado financeiro do período

Loja da TIM em São Paulo: no 3º trimestre, operadora somou lucro de R$ 318 milhões (Lia Lubambo/EXAME)

Daniela Barbosa

Publicado em 31 de outubro de 2012 às 14h54.

São Paulo – A TIM divulgou, nesta terça-feira, seu resultado financeiro referente ao terceiro trimestre do ano e, embora, tenha sofrido um grande impacto moral com a suspensão das vendas de chips, em agosto, determinada pela Anatel, o efeito da proibição foi quase nulo para a operadora no que diz respeito ao caixa.

Segundo Rogério Tostes, diretor de relações com investidores da TIM, o impacto maior foi com a imagem negativa que a suspensão das vendas causou à companhia. “Para não falar que foi zero, o impactou financeiro foi muito pequeno”, disse o executivo, em entrevista à EXAME.com.

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No trimestre, a companhia registrou lucro líquido de 318 milhões de reais, alta de 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Já a receita cresceu 8%, totalizando 4,7 bilhões de reais.

Veja, a seguir, os comentários de Tostes sobre o resultado financeiro da TIM referente ao terceiro trimestre do ano:

EXAME.com: Qual foi o impacto da suspensão da Anatel para a TIM no trimestre?
Rogério Tostes:
Para não falar que foi zero, o impacto financeiro foi muito pequeno por conta da medida adota pela Anatel. Se ele não tivesse ocorrido, os números que apresentamos no terceiro trimestre seriam praticamente os mesmos. Tanto que assim que a proibição acabou, conseguimos retornar ao mesmo ritmo de vendas e atingir um patamar histórico no período.

EXAME.com: Então é possível afirmar que o efeito negativo foi mais moral que financeiro para a companhia?
Tostes:
Sem dúvida. O impacto maior foi com a nossa imagem. O nome da TIM sendo veiculado na mídia de uma maneira ruim. Foi uma exposição desproporcional. Por outro lado, nos deu a chance de mostrar, para os clientes TIM, as nossas propostas e nossa simplicidade de oferta.


EXAME.com: O lucro da TIM permaneceu praticamente estável no trimestre. A falta de crescimento tem relação com a suspensão das vendas em agosto?
Tostes:
Não. Fizemos dois provisionamentos não recorrentes que somaram mais de 40 milhões de reais e por isso nosso lucro ficou estável. Tanto que nosso lucro ajustado foi de 369 milhões de reais, quase 17% maior em relação ao mesmo período do trimestre passado.

EXAME.com: Quais foram esses eventos não recorrentes?
Tostes:
Provisionamos procedimentos administrativos para a Anatel referente aos anos de 2007 e 2009, que somam 26 milhões de reais. O segundo evento não recorrente do trimestre refere-se à não-utilização de créditos para anúncios no Jornal do Brasil e Gazeta Mercantil, que com a falência dos jornais, não conseguimos recuperar o valor de 16 milhões de reais.

EXAME.com: A receita com vendas cresceu, mas menos o que vinha crescendo em 2011. Por quê?
Tostes:
Ela cresceu mais que o trimestre anterior e vem crescendo menos na comparação com o ano passado. Estamos vivendo um contexto econômico bem diferente que o vivido em 2011, houve uma desaceleração do mercado e isso nos impactou.

EXAME.com: A TIM segue otimista com o cumprimento do guidance para o ano?
Tostes:
No início do ano, a TIM afirmou que cresceria 10% a receita e a margem Ebitda em relação ao ano passado. Até agora, nosso crescimento foi de 9% no faturamento e 11% na margem. Ou seja, estamos em linha com a nossa proposta e vamos cumprir as estimativas feitas lá atrás.

EXAME.com: Quanto a TIM planeja investir no último trimestre desse ano?
Tostes:
Nossa meta para esse ano era de investir 3 bilhões de reais. Até setembro, investimos cerca de 2,4 bilhões de reais. Vamos também cumprir o guidance de investimentos para 2012.

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