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TIM reafirma que não precisa de acordo com Oi

A TIM Participações disse que não tem necessidade de fazer acordo com a Oi, apesar de estar aberta para analisar oportunidades de mercado, segundo o presidente


	Loja da TIM: Oi já anunciou que venderia ativos para uma eventual oferta pela TIM
 (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

Loja da TIM: Oi já anunciou que venderia ativos para uma eventual oferta pela TIM (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 17h44.

Rio de Janeiro - A TIM Participações não tem necessidade de fazer um acordo com a Oi, apesar de estar aberta a analisar "oportunidades de mercado", disse o presidente da operadora Rodrigo Abreu, em meio a especulações de que o mercado de telecomunicações brasileiro poderia sofrer uma consolidação, com redução no número de concorrentes.

"É um processo que segue para nós sem necessidade que algo aconteça. Talvez existam atores no mercado que tenham necessidade de uma grande mudança estrutural, mas certamente não somos nós", disse o presidente da TIM Participações durante evento de telecomunicações no Rio de Janeiro.

A Oi fechou acordo de exclusividade com o grupo de telecomunicações franco-israelense Altice para negociar a venda de seus ativos portugueses, cujos recursos poderiam ser utilizados para uma eventual oferta pela TIM, controlada pela Telecom Italia.

A Oi já anunciou que venderia ativos para uma eventual oferta pela TIM.

"Nós avaliamos todas as oportunidades que aparecerem", disse Abreu ao ser questionado sobre essa possibilidade. O executivo frisou, no entanto, que mesmo com a venda dos ativos da Portugal Telecom, a Oi seguirá com nível elevado de endividamento.

"Antes da fusão Oi com a Portugal Telecom, um dos objetivos era criar uma estrutura mais capitalizada, com maior base de ativos e profissionalização de gestão. Na prática, o que a gente vê agora, se for concluído esse processo de venda (dos ativos portugueses), é uma volta a uma situação que já existia há dois anos", disse Abreu sobre a rival.

"Vale lembrar que hoje o índice de alavancagem da companhia (Oi), incluindo Portugal Telecom, é muito, muito alto", disse o executivo.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, presente ao mesmo evento, afirmou que, por princípio, é contrário a uma consolidação do mercado.

Segundo ele, quanto menos concorrência, pior para o consumidor.

"Não remo nessa direção (da consolidação); acho que para o mercado e para o consumidor é melhor ter mais empresas e opções", disse. "Havendo movimento, tem que ser avaliado pelo governo e órgãos de concorrência como Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)", adicionou.

Por outro lado, Bernardo destacou que se a operação entre Oi e o grupo europeu Altice se realizar, a operadora brasileira terá cerca de 21 bilhões de reais para investir no Brasil. "Vão vender em Portugal e investir no Brasil; isso é fantástico, as empresas já entenderam que para competir é preciso investir", destacou o ministro.

Torres

Abreu disse também nesta segunda-feira que a TIM não pretende se desfazer de suas 2 mil antenas remanescentes, após ter fechado acordo recentemente com a American Towers para a venda de aproximadamente 6 mil torres "Não vendemos todas, mas uma parte significativa. As que mantivemos acreditamos que não sofrerão um novo processo (de venda)", disse Abreu.

A operadora de telefonia ao final do negócio deve embolsar quase 3 bilhões de reais, que serão direcionados para melhorar a infraestrutura no país.

"Vamos (usar o dinheiro) em infraestrutura", declarou.

O presidente da TIM confirmou que a empresa vai pagar essa semana a outorga do leilão da faixa de 700 Mhz de 4G, no valor de cerca de 1,7 bilhão de reais, mas que fará uma contestação sobre um crédito tributário embutido no valor da licença de cerca de 60 milhões de reais.

"O valor controverso e disputado é de pouco mais de 60 milhões (de reais)", disse.

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