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Terceiro Setor prevê dificuldades para se manter após a pandemia

Pesquisa do Datafolha para a Ambev mostra que 41% das ONGs temem não ter apoio financeiro no curto e médio prazo

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Filantropia de performance: projetos incentivados, que permitem uma dedutibilidade fiscal do Imposto de Renda,
são um grande instrumento se usados com competência (Manusapon Kasosod/Getty Images)

Filantropia de performance: projetos incentivados, que permitem uma dedutibilidade fiscal do Imposto de Renda, são um grande instrumento se usados com competência (Manusapon Kasosod/Getty Images)

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Denyse Godoy

Publicado em 17 de dezembro de 2020 às, 12h29.

Última atualização em 17 de dezembro de 2020 às, 14h00.

A pandemia do novo coronavírus desencadeou uma onda de solidariedade que deu apoio a hospitais, trabalhadores desempregados e organizações não-governamentais (ONGs) nos piores momentos da crise. Mas, segundo uma pesquisa do Datafolha para a fabricante de bebidas Ambev, as empresas do terceiro setor esperam enfrentar muitas dificuldades para se manter quando o mundo começar a se recuperar da covid-19, o que deve acontecer com a vacinação em larga escala nos próximos meses.

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As principais doações recebidas nos últimos meses pelas entidades foram de alimentos e cestas básicas, de acordo com o relatado por 45% das empresas que participaram da pesquisa; produtos relacionados à prevenção da covid-19, para 28%; produtos de higiene pessoal, para 25%; e contribuições financeiras, para 21%. Mesmo assim, 59% das ONGs deixaram de atender mais pessoas na pandemia por falta de suporte, de acordo com a pesquisa, já que os gastos das entidades só fizeram aumentar em 2020. As despesas subiram com a compra de produtos relacionados à prevenção da covid-19 segundo 20% das entidades que participaram da pesquisa, com alimentos, para 14%, e com investimentos em estrutura para trabalho remoto, para 10%.

Para o pós-pandemia, o cenário é preocupante. Entre as principais dificuldades esperadas estão a falta de apoiadores financeiros, segundo 41% das ONGs que responderam à pesquisa, doações de materiais e equipamentos, para 13%, e voluntários para ajudar a organização a se reerguer, na opinião de 11%. As ONGs mais apreensivas com a questão financeira no curto e médio prazo são as do nordeste: 51% das respondentes. Entre as do norte e do centro-oeste, 42% disseram antever problemas, enquanto no sudeste a porcentagem é de 36%, e no sul, de 35%.

"As ONGs brasileiras sabem que não é fácil superar o desafio de atravessar um período de pandemia. E algo que elas sabem também é que, para isso, é preciso juntar forças entre os voluntários e a sociedade.  Com um maior envolvimento da comunidade, empresas e governo, o trabalho dessas organizações pode ter um impacto ainda maior, principalmente no cenário atual", diz Carlos Pignatari, gerente de impacto social na Ambev, que mantém desde 2018 um programa contínuo de mentoria voluntária chamado VOA para compartilhamento de conhecimentos em gestão de recursos e processos para ONGs.

Na opinião de Pignatari, uma administração profissional pode ajudar bastante as entidades a vencer os desafios da conjuntura. A mentoria gratuita é dada por líderes da Ambev, e o programa inclui cursos à distância nas áreas de finanças, captação de recursos, governança, recursos humanos, e comunicação e marketing.

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