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Suzano sofre prejuízo de R$ 1,8 bilhão

As perdas no volume de produção e nas vendas de celulose de mercado e de papel ocorreram em função da greve dos caminhoneiros

Suzano: performance representa uma reversão em relação ao ganho de R$ 813 milhões informado no primeiro trimestre de 2018 (Germano Lüders/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de agosto de 2018 às 09h48.

Última atualização em 9 de agosto de 2018 às 09h49.

São Paulo - A Suzano Papel e Celulose registrou prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão no segundo trimestre de 2018, ante lucro de R$ 199 milhões apontado um ano antes. A performance também representa uma reversão em relação ao ganho de R$ 813 milhões informado no primeiro trimestre de 2018. Segundo a companhia, perdas no volume de produção e nas vendas de celulose de mercado e de papel, em função da greve dos caminhoneiros, impactaram negativamente a geração de caixa operacional e o Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) no período.

O ROIC consolidado, principal métrica de desempenho da empresa, passou de 17,4% em março para 18,4% em junho. Em junho de 2017, o ROIC estava em 11,3%. A geração de caixa operacional, por sua vez, cresceu 40,5% no comparativo anual, para R$ 1,279 bilhão. O resultado também é 1,1% superior à geração de R$ 1,265 bilhão informada no primeiro trimestre.

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De abril a junho, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, termômetro do mercado para mensurar a capacidade operacional das empresas, atingiu R$ 1,537 bilhão. O desempenho representa um avanço de 36% ante igual intervalo de 2017 e de 2,9% ante o primeiro trimestre. A margem Ebitda ajustada passou de 51,0% em março para 49,1% em junho. Em junho de 2017, a margem estava em 45,7%.

A receita líquida totalizou R$ 3,204 bilhões no segundo trimestre de 2018, alta de 26,6% em relação ao mesmo período de 2017 e acréscimo de 6,8% em relação ao primeiro trimestre de 2018.

O prejuízo líquido da Suzano Papel e Celulose no segundo trimestre de 2018, de R$ 1,8 bilhão veio 478% acima da média das projeções de quatro das cinco casas consultadas pelo Prévias Broadcast (BTG Pactual, Itaú BBA, Santander e XP Investimentos), que apontava para um prejuízo de R$ 311 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, de R$ 1,573 bilhão, ficou em linha com a média das projeções, de R$ 1,647 bilhão.

A receita líquida do período, de R$ 3,204 bilhões, também ficou dentro da média das projeções, que era de R$ 3,134 bilhões. O Prévias Broadcast considera que o resultado está em linha com as projeções quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.

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