Na última quarta-feira (28/10), a Cemig anunciou a aquisição de parcelas de até 13% no capital da Empresa Norte de Transmissão de Energia S.A., da Empresa Regional de Transmissão de Energia S.A e da Empresa Catarinense de Transmissão de Energia S.A.. Diante da operação e das perspectivas de novas compras, os analistas da corretora do Santander, que opera de forma independente do banco, acreditam no fortalecimento da empresa e na formação de uma “Super Cemig”.

A Cemig tem sido um dos principais atores da consolidação do setor de energia brasileiro. A empresa tem mostrado apetite para aquisições em geração, transmissão e distribuição de energia. Entre os principais negócios fechados pela Cemig estão as aquisições de participações na Light e na Terna.

O mercado, no entanto, tem encarado com desconfiança o rápido crescimento da dívida da empresa e também desconfia que os preços pagos em algumas dessas aquisições foi elevado demais.

A corretora do Santander, no entanto, afirma que o fato de o Fundo Coliseu ter ajudado a pagar a aquisição da Terna é um sinal bastante positivo. O fundo, que tem como um de seus participantes o Banco Modal e fundos de pensão, poderá ajudar a financiar futuras aquisições da empresa mineira - que já admitiu que negocia aumentar sua participação na Light, que distribui energia no Rio.

A parceria entre Cemig e Coliseu foi muito bem-recebida pelos analistas do Santander. Para eles, a forte base financeira dos participantes do Coliseu seria um fator relevante para aliviar as preocupações do mercado acerca das aquisições futuras da Cemig.

As ações da Cemig (CMIG4) operavam em queda de 2,87% às 14h30, negociadas a 24,42 reais. O Ibovespa operava em queda de 3,40%, aos 61.552 pontos.