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Sua infraestrutura de TI está preparada para o home office?

Tecnologias que garantam a segurança da informação e a estabilidade do sistema são fundamentais para manter funcionários trabalhando remotamente

(iStock/iStockphoto)
AC

Ana Carolina Pereira

Publicado em 6 de abril de 2020 às 11h00.

Última atualização em 6 de abril de 2020 às 11h00.

Apesar de ser uma tendência mundial, a prática do home office ainda não faz parte da cultura da maioria das empresas nacionais. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, apenas 5,2% dos trabalhadores faziam regime de home office – o equivalente a 3,8 milhões de pessoas. O número representa um aumento de 44,2% em relação ao levantamento de 2012, mas ainda é baixo.

De acordo com Eduardo Carvalho, managing director no Brasil da Equinix, empresa global de data center e interconexão, isso significa que ainda são poucas as companhias preparadas para enfrentar uma situação em que seja preciso fazer com que todos, ou pelo menos boa parte dos funcionários, consigam cumprir suas funções remotamente. “Se uma empresa já tem o costume de oferecer a seus colaboradores uma sólida infraestrutura de TI para possibilitar o acesso a distância, quando o home office se torna necessário em grande escala, a transição do trabalho no escritório para casa é muito mais simples”, afirma.

Para garantir a qualidade e eficiência do trabalho remoto, que pode ser necessário por conta de reformas no prédio da empresa, mudança de sede ou, principalmente, como agora, por períodos mais longos, pela pandemia de Covid-19, é preciso planejamento. “Como muitas pessoas estão em casa nesse momento, percebemos um aumento entre 10% e 40% no tráfego de internet em diferentes regiões do mundo. Também temos visto crescimento no uso de softwares de colaboração e comunicações unificadas, o que exige melhorias nas redes das empresas.”

Acesso remoto

O primeiro passo para qualquer empresa que pense em implementar o trabalho a distância é adotar uma estratégia de SaaS e optar por softwares já disponíveis para esse uso em cloud – sempre por meio de uma conexão virtual segura, como uma rede privada virtual (VPN, sigla em inglês), por exemplo.

A rede interna da empresa também precisa estar preparada para que não seja sobrecarregada ao ser acessada simultaneamente por muitos usuários remotos. O congestionamento nessa infraestrutura pode impedir o acesso aos sistemas da companhia. “Fica ainda mais complicado quando se trata de sistemas críticos, como aqueles utilizados para pagamento de funcionários ou mesmo o processamento de pagamentos de clientes, sem os quais a empresa não opera”, diz. “Por isso um bom planejamento é tão importante.”

A experiência do usuário também pode ser melhorada pelo rápido acesso a essas importantes soluções do dia a dia, facilitado com a implementação de modelos de trabalho baseados em PaaS, como as plataformas habilitadas para cloud e as chamadas de alta qualidade por videoconferência, capazes de manter as reuniões e encontros com os clientes em dia. Para esses casos, vale mencionar o Equinix Cloud Exchange Fabric, que permite, por meio de apenas uma conexão física, que a empresa se conecte diretamente a múltiplos parceiros externos de modo rápido, simples e seguro, evitando mais uma viagem dos dados pela internet pública para acessar conteúdos. “Os colaboradores podem ter acesso a esses serviços como se eles fizessem parte da rede corporativa da empresa, o que faz com que os softwares respondam de forma mais rápida, melhorando a experiência de utilização”, explica.

E, para que ninguém tenha problemas de conexão, é preciso estimar a quantidade de acessos remotos que a rede receberá para montar uma infraestrutura que suporte essa demanda. “Em uma situação de crise na cidade, em que as pessoas precisem ficar em suas casas, como está ocorrendo agora, serão muitos funcionários fazendo uso do sistema ao mesmo tempo. No caso de quem já conta com uma boa infraestrutura, apenas aumentar a largura de banda da rede pode dar conta, sem desespero e sem correria”, ressalta.

Conexão segura

A palavra de ordem para uma companhia que vai oferecer home office aos seus funcionários é segurança. Como as pessoas acessarão a rede da empresa de outros lugares, utilizando a internet pública, há um enorme risco. “O primeiro passo é fazer uma análise de vulnerabilidade para entender quais pontos da infraestrutura estão mais suscetíveis a sofrer ataques. E, claro, aumentar o nível de proteção”, orienta Carvalho.

A primeira linha de defesa de qualquer rede é o firewall, que analisa o tráfego para determinar quais operações de transmissão ou recepção de dados podem ser executadas. Essa proteção, geralmente, vem acompanhada de gerenciamento, monitoramento e uma VPN, tecnologia muito importante que funciona como um túnel que liga os dados da rede da empresa aos funcionários que estão em casa de maneira criptografada.

Umas das soluções de firewall da Equinix, o produto Virtual Appliance, previne problemas de segurança sem altos investimentos de Capex e faz a gestão do ciclo de vida de hardware como serviço. Ele permite criar uma barreira protetora para o ambiente TI e aumenta a segurança via análise de pacotes e aplicação de regras. O gerenciamento pode ficar por conta da Equinix ou da empresa contratante, que pode habilitar os recursos de VPN e outras otimizações, como telefonia em banda larga.

Incentivo à flexibilidade

O conceito de home office, então, vai muito além de acessar o e-mail corporativo por meio do seu notebook pessoal durante o expediente e exercer suas funções a distância. E todas as soluções disponíveis no mercado funcionarão ainda melhor se a empresa tiver uma mentalidade aberta para garantir a possibilidade do trabalho remoto, independentemente das circunstâncias.

A utilização dessas soluções pode ser muito mais bem aproveitada se as empresas pensarem na flexibilidade que elas podem promover. E isso vale até mesmo na hora de adquirir as ferramentas de trabalho, como empresas em que os colaboradores utilizam notebooks em vez de computadores de mesa. “Eu acredito que, depois de passada a crise, o trabalho remoto será repensado e tenderá a crescer. Pequenas medidas tomadas agora, levando a mobilidade do trabalho em consideração, certamente facilitarão o home office, e o planejamento evitará que as companhias corram riscos desnecessários no futuro”, conclui o presidente da Equinix no Brasil.

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