Exame Logo

Starbucks se envolve em nova polêmica por discriminação nos EUA

Quando um cliente, chamado Sam, pediu bebida em um café da Filadélfia, em 27 de junho, gaguejou ao dizer seu nome. E a polêmica começou

Starbucks: empresa fechou mais de 8.000 de suas unidades nos Estados Unidos para capacitar 175 mil funcionários contra a discriminação racial (Getty Images/Divulgação)
A

AFP

Publicado em 6 de julho de 2018 às 20h57.

Última atualização em 6 de julho de 2018 às 20h58.

Três meses após o gerente de uma filial chamar a Polícia pela presença de dois homens negros em um local, o Starbucks voltou a ser, nesta sexta-feira (6), palco de uma disputa por discriminação. Dessa vez, o motivo foi que um funcionário aparentemente zombou de um homem gago.

Quando o cliente, chamado Sam, pediu sua bebida em um Starbucks da Filadélfia, em 27 de junho, gaguejou ao dizer seu nome.

Veja também

O funcionário respondeu: "Ok, S-S-S-sam", e quando o cliente recebeu seu café gelado, leu no copo a inscrição "SSSAM", segundo contou no Facebook Tan Lekwijit, amigo do jovem e estudante de Administração.

Quando Sam enviou um e-mail para a empresa para reclamar, ofereceram a ele um crédito de cinco dólares. Mas Lekwijit disse que o Starbucks "não havia entendido a situação", e recorreu à rede social para "aumentar a conscientização".

"É sobre como as pessoas com distúrbios da fala são tratadas, e não como o nome delas é escrito", escreveu.

"Não escrevo isso porque quero colocar alguém em apuros, mas porque quero aumentar a conscientização entre os funcionários", acrescentou.

E continuou: "Há muitas pessoas com distúrbios da fala que estão em uma posição mais difícil do que o meu amigo, que lutam com a auto-estima e auto-confiança. Ser tratado desta forma, especialmente por funcionários de estabelecimentos, só os assusta". "Peço que os funcionários do Starbucks tenham isso em mente", concluiu.

O Starbucks disse no Twitter na quinta-feira que o funcionário havia sido dispensado de suas funções.

Antes, a empresa havia respondido à postagem de Lekwijit. "Temos tolerância zero para a discriminação e agiremos imediatamente".

Em 29 de maio, o Starbucks fechou mais de 8.000 de suas unidades nos Estados Unidos para capacitar 175 mil funcionários contra a discriminação racial.

O episódio que motivou essa ação foi a prisão de dois negros na Filadélfia em 12 de abril, provocando indignação contra a empresa. O gerente chamou a polícia depois que um desses homens pediu para usar o banheiro, e ambos se sentaram para esperar por um terceiro sem pedir nada no café.

Um vídeo que se tornou viral mostrou os policiais algemando os dois homens, que não resistiram, enquanto um cliente repetia para os policiais: "O que eles fizeram? O que eles fizeram?".

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEstados Unidos (EUA)Starbucks

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame