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Standard Chartered registra prejuízo de US$ 2,36 bi em 2015

Os custos de reestruturação foram de US$ 1,8 bilhão em 2015, de um total de US$ 3 bilhões que a companhia planeja gastar para reformular seus negócios

Standard Chartered: os custos de reestruturação foram de US$ 1,8 bi em 2015, de um total de US$ 3 bi que a companhia planeja gastar para reformular seus negócios (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 09h31.

Londres - O Standard Chartered registrou prejuízo líquido de US$ 2,36 bilhões em 2015, com uma forte alta no número de empréstimos inadimplentes.

O banco, que começou uma reformulação em seus negócios sob o novo executivo-chefe, Bill Winters, em novembro, informou que os empréstimos inadimplentes quase dobraram no ano passado, para US$ 4 bilhões, de US$ 2,14 bilhões em 2014, quando o banco havia obtido lucro líquido de US$ 2,51 bilhões.

A receita do banco com foco na Ásia recuou para US$ 15,44 bilhões em 2015, de US$ 18,24 bilhões no ano anterior. Os custos operacionais tiveram leve recuo, de US$ 10,75 bilhões para US$ 10,48 bilhões.

Os custos de reestruturação foram de US$ 1,8 bilhão em 2015, de um total de US$ 3 bilhões que a companhia planeja gastar para reformular seus negócios.

Winters disse que o banco ainda tem muito a fazer durante este ano e no futuro, mas obteve progressos em seu plano para cortar 15 mil vagas e reestruturar partes do negócio.

Às 7h30 (de Brasília), a ação do banco recuava 6,02% após o balanço.

"O cenário de fundo econômico e geopolítico claramente se deteriorou para o grupo ao longo de 2015 e não melhorou em 2016", disse Winters.

"Os mercados de ações chineses têm estado crescentemente voláteis, o que impacta o sentimento pelo mundo, e os mercados de commodities desabaram para novas mínimas. Esta combinação de ventos contrários tem um impacto em nosso desempenho, em particular no segundo semestre do ano passado", afirmou ele.

A dependência do Standard Chartered da Ásia e do mercado de commodities fez do banco um saco de pancadas para os investidores de ações, diante da visão negativa sobre os mercados emergentes, o setor de energia e o de mineração.

A ação caiu mais de 60% desde que Winters assumiu como executivo-chefe, em junho.

O fortalecimento do dólar no ano passado na comparação com moedas emergentes tirou US$ 700 milhões da receita do banco, segundo a própria instituição.

O Standard Chartered perdeu cerca de US$ 300 milhões em receitas relacionadas a commodities, diante da queda nos mercados, e outros US$ 400 milhões de receita por causa de negócios que o banco vendeu ou dos quais se retirou.

O banco disse ainda que coopera com a Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido em uma investigação sobre seus controles de crimes financeiros.

Também disse que auxilia autoridades dos Estados Unidos que investigam se o banco fez negócios com clientes iranianos após 2007, e se reguladores estavam cientes disso quando o banco fez um acordo sobre alegações anteriores de violar sanções internacionais contra o Irã em 2012.

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Londres - O Standard Chartered registrou prejuízo líquido de US$ 2,36 bilhões em 2015, com uma forte alta no número de empréstimos inadimplentes.

O banco, que começou uma reformulação em seus negócios sob o novo executivo-chefe, Bill Winters, em novembro, informou que os empréstimos inadimplentes quase dobraram no ano passado, para US$ 4 bilhões, de US$ 2,14 bilhões em 2014, quando o banco havia obtido lucro líquido de US$ 2,51 bilhões.

A receita do banco com foco na Ásia recuou para US$ 15,44 bilhões em 2015, de US$ 18,24 bilhões no ano anterior. Os custos operacionais tiveram leve recuo, de US$ 10,75 bilhões para US$ 10,48 bilhões.

Os custos de reestruturação foram de US$ 1,8 bilhão em 2015, de um total de US$ 3 bilhões que a companhia planeja gastar para reformular seus negócios.

Winters disse que o banco ainda tem muito a fazer durante este ano e no futuro, mas obteve progressos em seu plano para cortar 15 mil vagas e reestruturar partes do negócio.

Às 7h30 (de Brasília), a ação do banco recuava 6,02% após o balanço.

"O cenário de fundo econômico e geopolítico claramente se deteriorou para o grupo ao longo de 2015 e não melhorou em 2016", disse Winters.

"Os mercados de ações chineses têm estado crescentemente voláteis, o que impacta o sentimento pelo mundo, e os mercados de commodities desabaram para novas mínimas. Esta combinação de ventos contrários tem um impacto em nosso desempenho, em particular no segundo semestre do ano passado", afirmou ele.

A dependência do Standard Chartered da Ásia e do mercado de commodities fez do banco um saco de pancadas para os investidores de ações, diante da visão negativa sobre os mercados emergentes, o setor de energia e o de mineração.

A ação caiu mais de 60% desde que Winters assumiu como executivo-chefe, em junho.

O fortalecimento do dólar no ano passado na comparação com moedas emergentes tirou US$ 700 milhões da receita do banco, segundo a própria instituição.

O Standard Chartered perdeu cerca de US$ 300 milhões em receitas relacionadas a commodities, diante da queda nos mercados, e outros US$ 400 milhões de receita por causa de negócios que o banco vendeu ou dos quais se retirou.

O banco disse ainda que coopera com a Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido em uma investigação sobre seus controles de crimes financeiros.

Também disse que auxilia autoridades dos Estados Unidos que investigam se o banco fez negócios com clientes iranianos após 2007, e se reguladores estavam cientes disso quando o banco fez um acordo sobre alegações anteriores de violar sanções internacionais contra o Irã em 2012.

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