Sony e Facebook fecham acordo para vídeos online
De olho na receita das redes sociais, a Sony assinou acordo com o Facebook para permitir que os usuários publiquem músicas de artistas como Taylor Swift.
Mariana Desidério
Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 13h59.
Última atualização em 9 de janeiro de 2018 às 14h00.
De olho em uma fatia da receita crescente das redes sociais, a Sony /ATV Music Publishing assinou acordo com o Facebook para permitir que os usuários do website publiquem músicas de artistas como Ed Sheeran e Taylor Swift.
Com o acordo, os usuários do Facebook deixarão de ter certos vídeos, como clipes de danças de casamento, retirados devido aos fragmentos de canções tocados.
O acordo, válido por vários anos, é o primeiro entre a maior editora musical, que gerencia um catálogo de 3 milhões de canções, e o Facebook, afirmaram as partes, na segunda-feira, em comunicado. Os termos financeiros não foram divulgados, mas as empresas informaram que o acordo daria aos compositores a oportunidade de ganhar royalties quando suas músicas forem usadas no Facebook e no Instagram.
O Facebook já assinou acordos com duas das maiores empresas de música do mundo oferecendo à indústria fonográfica uma proteção contra seu adversário, o YouTube, além de uma nova fonte de receita potencialmente significativa.
A indústria fonográfica está no terceiro ano de recuperação graças aos serviços pagos Spotify e Apple Music, que convenceram mais de 100 milhões de pessoas a pagarem uma taxa mensal pelo acesso a uma biblioteca de milhões de canções. No entanto, a maioria das pessoas ainda escuta música gratuitamente em redes sociais, rádios ou serviços sob demanda mantidos por publicidades.
Os executivos da indústria da música esperam aumentar as receitas com os meios gratuitos, que contribuem com uma minoria das vendas apesar da grande audiência. O Facebook estava oferecendo à indústria da música centenas de milhões de dólares, disseram pessoas a par do assunto em setembro.
O Facebook ainda não tem o direito de hospedar música profissional, como o YouTube. O serviço de rede social assinou um acordo similar com a Universal Music Group, da Vivendi, no mês passado.