SoftBank vai comprar empresa de chips ARM por US$ 32 bi
Companhia japonesa de tecnologia SoftBank anunciou um acordo para comprar a projetista britânica de chips ARM por US$ 32,2 bilhões em dinheiro
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2016 às 14h35.
São Paulo - A companhia japonesa de tecnologia SoftBank anunciou nesta segunda-feira, 18, um acordo para comprar a projetista britânica de chips ARM por 24,3 bilhões de libras - o equivalente a US$ 32,2 bilhões - em dinheiro.
A transação é considerada uma aposta audaciosa de que o segmento de máquinas conectadas à internet vai transformar o grupo japonês.
A tecnologia da ARM, a maior companhia da área tecnológica em valor de mercado listada na Bolsa de Londres, é usada em processadores que equipam aparelhos de gigantes da eletrônica como Samsung, Huawei e Apple.
Se concretizada, esta deverá ser a maior aquisição de uma empresa de tecnologia da Europa.
Os componentes baseados na tecnologia licenciada pela ARM estão presentes em uma ampla maioria dos celulares inteligentes do mundo e o grupo britânico tem se expandido para outras frentes que incluem dispositivos conectados à internet.
A ARM é considerada como ponto central da mudança da indústria da tecnologia em direção à internet das coisas - omo é conhecida a tecnologia em que aparelhos domésticos, veículos e sensores em edifícios, por exemplo, coletam e trocam dados.
O negócio é o maior já feito pela japonesa SoftBank, que atua nos mercados de tecnologia e telecomunicações. Seus investimentos são os mais variados: tem ativos na operadora norte-americana Sprint, participação na gigante chinesa de comércio eletrônico Alibaba e até investimentos no robô humanóide Pepper. A empresa, porém, não tinha uma grande presença na indústria de semicondutores.
Sob a oferta apoiada pelo conselho de administração da ARM, a SoftBank vai pagar 17 libras por cada ação da empresa britânica, um ágio de mais de 40% sobre o fechamento do papel na sexta-feira, 15. As ações da ARM, logo após o anúncio da compra, disparavam mais de 42%.
"Esta é uma das mais importantes aquisições já feitas e eu espero que a ARM seja um pilar fundamental da estratégia de crescimento da SoftBank", disse o fundador da companhia japonesa, Masayoshi Son, em comunicado.
Son afirmou que quer "cimentar a SoftBank 2.0", recuperar a deficitária Sprint e ainda "trabalhar em algumas ideias loucas". A empresa ainda afirmou que pretende criar 1,5 mil novos postos de trabalho no Reino Unido, além de aumentar contratações no exterior. A empresa também disse que a ARM manteria sua sede em Cambridge.
A aquisição da Sprint por US$ 22 bilhões em 2013 deixou a SoftBank com pesadas dívidas. A empresa tinha endividamento de 11,9 trilhões de ienes no final de março, incluindo 4 trilhões de ienes na Sprint.
Brexit
Com a aquisição da ARM, empresa tradicionalmente britânica, representantes do governo do Reino Unido afirmaram que o Brexit não foi negativo para a economia do país.
Novo ministro das Finanças do Reino Unido, Philip Hammond, celebrou a compra. "A aquisição ocorre apenas três semanas após a decisão do referendo", disse ao jornal Financial Times. "Mostra que a Grã-Bretanha não perdeu nada de sua atratividade para os investidores internacionais."
Quando o Reino Unido votou pela saída da União Europeia, muitos especialistas e analistas consideraram que o país perderia seu poder de atrair novos investidores internacionais, com medo de um cenário instável na Grã-Bretanha.
"Eu não fiz o investimento por causa da Brexit. A mudança de paradigma é a oportunidade", disse Masayoshi Son.
São Paulo - A companhia japonesa de tecnologia SoftBank anunciou nesta segunda-feira, 18, um acordo para comprar a projetista britânica de chips ARM por 24,3 bilhões de libras - o equivalente a US$ 32,2 bilhões - em dinheiro.
A transação é considerada uma aposta audaciosa de que o segmento de máquinas conectadas à internet vai transformar o grupo japonês.
A tecnologia da ARM, a maior companhia da área tecnológica em valor de mercado listada na Bolsa de Londres, é usada em processadores que equipam aparelhos de gigantes da eletrônica como Samsung, Huawei e Apple.
Se concretizada, esta deverá ser a maior aquisição de uma empresa de tecnologia da Europa.
Os componentes baseados na tecnologia licenciada pela ARM estão presentes em uma ampla maioria dos celulares inteligentes do mundo e o grupo britânico tem se expandido para outras frentes que incluem dispositivos conectados à internet.
A ARM é considerada como ponto central da mudança da indústria da tecnologia em direção à internet das coisas - omo é conhecida a tecnologia em que aparelhos domésticos, veículos e sensores em edifícios, por exemplo, coletam e trocam dados.
O negócio é o maior já feito pela japonesa SoftBank, que atua nos mercados de tecnologia e telecomunicações. Seus investimentos são os mais variados: tem ativos na operadora norte-americana Sprint, participação na gigante chinesa de comércio eletrônico Alibaba e até investimentos no robô humanóide Pepper. A empresa, porém, não tinha uma grande presença na indústria de semicondutores.
Sob a oferta apoiada pelo conselho de administração da ARM, a SoftBank vai pagar 17 libras por cada ação da empresa britânica, um ágio de mais de 40% sobre o fechamento do papel na sexta-feira, 15. As ações da ARM, logo após o anúncio da compra, disparavam mais de 42%.
"Esta é uma das mais importantes aquisições já feitas e eu espero que a ARM seja um pilar fundamental da estratégia de crescimento da SoftBank", disse o fundador da companhia japonesa, Masayoshi Son, em comunicado.
Son afirmou que quer "cimentar a SoftBank 2.0", recuperar a deficitária Sprint e ainda "trabalhar em algumas ideias loucas". A empresa ainda afirmou que pretende criar 1,5 mil novos postos de trabalho no Reino Unido, além de aumentar contratações no exterior. A empresa também disse que a ARM manteria sua sede em Cambridge.
A aquisição da Sprint por US$ 22 bilhões em 2013 deixou a SoftBank com pesadas dívidas. A empresa tinha endividamento de 11,9 trilhões de ienes no final de março, incluindo 4 trilhões de ienes na Sprint.
Brexit
Com a aquisição da ARM, empresa tradicionalmente britânica, representantes do governo do Reino Unido afirmaram que o Brexit não foi negativo para a economia do país.
Novo ministro das Finanças do Reino Unido, Philip Hammond, celebrou a compra. "A aquisição ocorre apenas três semanas após a decisão do referendo", disse ao jornal Financial Times. "Mostra que a Grã-Bretanha não perdeu nada de sua atratividade para os investidores internacionais."
Quando o Reino Unido votou pela saída da União Europeia, muitos especialistas e analistas consideraram que o país perderia seu poder de atrair novos investidores internacionais, com medo de um cenário instável na Grã-Bretanha.
"Eu não fiz o investimento por causa da Brexit. A mudança de paradigma é a oportunidade", disse Masayoshi Son.