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Siemens mandou Rheinheimer à Alemanha para obter provas

A afirmação foi feita pelo vice-presidente de Assuntos Jurídicos da empresa

Siemens: o executivo declarou que, pelos seus cálculos, se ficar comprovado sobrepreço de 30% do valor dos contratos, a Siemens deveria devolver aos cofres paulistas R$ 37 milhões (Miguel Villagran/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2014 às 10h32.

São Paulo - O vice-presidente de Assuntos Jurídicos da Siemens , Fabio Selhorst, afirmou que a empresa pagou uma viagem do principal delator do cartel, o ex-diretor Everton Rheinheimer, à sede da empresa, na Alemanha , para ele "produzir provas do que está falando". A informação foi divulgada em entrevista à revista América Economia, especializada na área econômica. A viagem foi feita no ano passado.

Rheinheimer afirmou, em colaborações premiadas na Polícia Federal e no Ministério Público Federal, que as empresas do setor não só praticavam cartel como corrompiam políticos paulistas pagando propina.

Para Selhorst, promotores de São Paulo chegaram a negociar uma delação premiada com o ex-diretor, mas desistiram após concluírem que ele não tem como provar as acusações.

Selhorst concedeu a entrevista em 17 de dezembro. Nela, criticou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) por inicialmente ter processado apenas a Siemens - por determinação judicial, o Estado incluiu as demais empresas denunciadas no caso, mas Alckmin sempre frisou que a Siemens era ré confessa e que as outras serão excluídas dos autos caso não se encontre nada contra elas.

"A ação que ele ajuizou foi prematura. O fato de atacar a Siemens e não os demais estimula o silêncio das outras partes", disse.

O executivo declarou que, pelos seus cálculos, se ficar comprovado sobrepreço de 30% do valor dos contratos - como os lenientes estimaram a respeito de um dos seis contratos denunciados -, a Siemens deveria devolver aos cofres paulistas R$ 37 milhões. "É um valor muito diferente dos R$ 570 milhões que a mídia divulga."

O governo paulista afirmou, em nota, sobre a fala de Selhorst, que "está defendendo o interesse público". "Nunca foi dito que a ação de indenização se limitaria à Siemens, mas que começaria por ela porque é ré confessa no âmbito do acordo de leniência". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Rheinheimer afirmou, em colaborações premiadas na Polícia Federal e no Ministério Público Federal, que as empresas do setor não só praticavam cartel como corrompiam políticos paulistas pagando propina.

Para Selhorst, promotores de São Paulo chegaram a negociar uma delação premiada com o ex-diretor, mas desistiram após concluírem que ele não tem como provar as acusações.

Selhorst concedeu a entrevista em 17 de dezembro. Nela, criticou o governador Geraldo Alckmin (PSDB) por inicialmente ter processado apenas a Siemens - por determinação judicial, o Estado incluiu as demais empresas denunciadas no caso, mas Alckmin sempre frisou que a Siemens era ré confessa e que as outras serão excluídas dos autos caso não se encontre nada contra elas.

"A ação que ele ajuizou foi prematura. O fato de atacar a Siemens e não os demais estimula o silêncio das outras partes", disse.

O executivo declarou que, pelos seus cálculos, se ficar comprovado sobrepreço de 30% do valor dos contratos - como os lenientes estimaram a respeito de um dos seis contratos denunciados -, a Siemens deveria devolver aos cofres paulistas R$ 37 milhões. "É um valor muito diferente dos R$ 570 milhões que a mídia divulga."

O governo paulista afirmou, em nota, sobre a fala de Selhorst, que "está defendendo o interesse público". "Nunca foi dito que a ação de indenização se limitaria à Siemens, mas que começaria por ela porque é ré confessa no âmbito do acordo de leniência". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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