A indústria siderúrgica brasileira pretende investir 46,4 bilhões de reais, entre 2007 e 2011, para dobrar a capacidade instalada. Atualmente, o parque nacional pode fabricar até 36 milhões de toneladas de aço bruto por ano. A meta é alcançar 72 milhões de toneladas em cinco anos. O montante de recursos previstos para a empreitada representa um aumento real de 140% sobre os 19,5 bilhões de reais investidos pelo setor entre 2001 e 2005.

Para acompanhar a expansão, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também elevará o montante de recursos para financiar o setor. Entre 2001 e 2005, a instituição liberou 4,8 bilhões de reais para projetos de siderurgia. Nos próximos cinco anos, a meta é emprestar 16,7 bilhões - um crescimento de 248%.

Entre os projetos que contarão com o crédito do BNDES, está o da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), uma parceria entre a mineradora Companhia Vale do Rio Doce e a siderúrgica alemã ThyssenKrupp. O projeto, que alcança um valor total de 3,5 bilhões de dólares, inclui a construção de uma usina integrada de placas de aço em Itaguaí (RJ).

Diante do forte processo de consolidação do setor siderúrgico mundial, as empresas brasileiras enfrentam o desafio de ganhar escala ou ser absorvidas pelos grandes competidores internacionais. No ano passado, o país produziu 31,6 milhões de toneladas de aço bruto, ocupando a nona colocação entre os maiores fabricantes do mundo. O faturamento total das siderúrgicas brasileiras foi de aproximadamente 22,5 bilhões de dólares. Entre empregos diretos e indiretos, o setor ocupou 95 100 pessoas.

Com informações da Agência Brasil.