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Shell tem prejuízo de US$ 4,01 bilhões no 4º trimestre

Em todo o ano de 2020, a petrolífera anglo-holandesa acumulou perda líquida de US$ 21,68 bilhões

Logo da Shell 12/03/2018 (Marcos Brindicci/Reuters) (Marcos Brindicci/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de fevereiro de 2021 às 08h31.

A Royal Dutch Shell anunciou nesta quinta-feira (4) que teve prejuízo líquido de US$ 4,01 bilhões no quarto trimestre de 2020 revertendo lucro de US$ 965 milhões verificado no mesmo intervalo de 2019.

Em todo o ano de 2020, a petrolífera anglo-holandesa acumulou perda líquida de US$ 21,68 bilhões, que contrasta com ganhos de US$ 15,84 bilhões no ano anterior.

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Apenas no quarto trimestre, a Shell teve lucro ajustado com base nos custos de reposição de US$ 393 milhões, bem abaixo do consenso de US$ 597 milhões da Vara Research, baseado em previsões de 25 analistas.

Durante os primeiros momentos de confinamento no início de 2020, os preços do petróleo registraram forte queda, chegando a entrar em terreno negativo em abril.

A partir do outono (hemisfério norte, primavera no Brasil), as cotações se recuperam e se aproximaram dos 50 dólares, mas ainda permanecem abaixo do nível do início de 2020.

As contas da Shell sofreram sobretudo durante o segundo trimestre por grandes depreciações de seus ativos para refletir a situação do mercado, o que representou uma perda de mais de 18 bilhões de dólares.

O grupo voltou ao cenário positivo durante o terceiro trimestre, antes de registrar novamente perdas de quatro bilhões de dólares no quarto trimestre por causa das depreciações.

A pandemia abalou o mercado de petróleo e as grandes empresas foram obrigadas a adaptar-se aos preços persistentemente baixos, o que reduz o valor de seus ativos.

As perdas anuais da Shell são maiores que as anunciadas na terça-feira pela concorrente BP (20,3 bilhões de dólares).

O grupo anglo-holandês mantém a prudência para o início de 2021 e espera um impacto negativo da pandemia na demanda de combustíveis.

A Shell se viu obrigada a iniciar uma profunda reestruturação que deve permitir a adaptação da empresa a preços menores e cumprir seu objetivo de adotar atividades mais "verdes", assim como alcançar a neutralidade de carbono até 2050.

O grupo deseja reduzir drasticamente seus custos, com o corte de 7.000 a 9.000 postos de trabalho.

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