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Saída para o Panamericano seria buscar novos sócios, diz especialista

Sem o interesse da Caixa Econômica Federal de aportar recursos, Silvio Santos teria de recorrer a novos investidores para cobrir o rombo do banco

Silvio Santos: Rombo no Panamericano pode ser maior que 2,5 bilhões de reais (Antonio Cruz/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2011 às 15h12.

São Paulo – Diante da informação de que o rombo no banco Panamericano é maior do que os 2,5 bilhões de reais inicialmente anunciados, a principal dúvida é como o empresário e apresentador Silvio Santos fará para cobri-lo. Silvio já empenhou todas as suas 44 empresas como garantia do empréstimo liberado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que o deixaria sem muita margem para negociar garantias para um novo aporte de recursos. Nessa situação, uma saída seria a busca de novos sócios que estivessem dispostos a bancar parte das perdas, segundo Liliam Sanchez Carrete, especialista em avaliação de empresas, professora de finanças da FIA.

A Caixa Econômica Federal, que possui 49% do capital votante do Panamericano, já disse que não tem intenção de colocar mais capital no banco. “Sem a Caixa, a saída seria achar alguém já interessado na compra de uma fatia do banco”, diz a professora.

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O banco do grupo Silvio Santos é interessante para as instituições que estão no mercado, especialmente por sua cartela de clientes, segundo a professora. “Ele atende a um nicho de mercado interessante, que está aumentando a renda”, diz Liliam. O FGC já informou que foi procurado por bancos interessados no Panamericano, mas não comenta os rumores de que a instituição está mais endividada do que se supunha. Em nota à imprensa, o Fundo limitou-se a afirmar que aguarda a divulgação do balanço do terceiro trimestre do banco, previsto para a próxima semana.

A Caixa, o Grupo Silvio Santos e o Panamericano também não comentam sobre a possibilidade do rombo ser maior que 2,5 bilhões de reais. Para obter o primeiro empréstimo do FGC, Silvio Santos negociou pessoalmente as condições da operação, que incluem prazo de dez anos para quitar a dívida, sendo três anos de carência e sete para amortizar o principal. O empréstimo será corrigido apenas pela inflação, medida pelo IGP-M, sem incidência de juros. Entre as 44 empresas dadas como garantia do acordo, estão a marca de cosmésticos Jequiti, a rede de varejo Lojas do Baú, a emissora de TV SBT e o próprio Panamericano.

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