Safra de trigo do PR cresce mais de 20%; no RS, alta de 32%
O Departamento de Economia Rural elevou a sua estimativa de plantio para 897 mil hectares, contra 855 mil hectares na previsão de abril, uma alta de 5 %
Da Redação
Publicado em 29 de maio de 2013 às 22h17.
São Paulo - O Paraná,um dos maiores produtores de trigo do Brasil, aumentará a área plantada em 15 % na comparação com a temporada anterior, com preços favoráveis incentivando produtores, previu nesta quarta-feira o Departamento de Economia Rural (Deral).
O órgão do governo do Estado elevou a sua estimativa de plantio para 897 mil hectares, contra 855 mil hectares na previsão de abril, uma alta de 5 %.
Mas o Deral aumentou a projeção de safra somente 2,7 % em relação ao mês anterior, para 2,6 milhões de toneladas, com o tempo seco em abril limitando a produtividade média no norte paranaense.
"Tivemos 40 dias de poucas chuvas no norte do Estado, e afetou a produtividade futura, principalmente a região do Norte Pioneiro, que deve ter problemas de quantidade e qualidade", afirmou o especialista em trigo do Deral, Carlos Hugo Winckler Godinho.
Ele observou que o tempo seco resultou em germinação desuniforme na região, que colhe normalmente um trigo com maior teor de proteína.
Chuvas recentes regularizaram, por ora, a umidade no solo, apesar de retardarem os trabalhos de semeadura no oeste do Estado. Até o momento, o Paraná plantou 57 % da área estimada.
Caso a projeção do Deral seja confirmada, a produção do Paraná cresceria em cerca de 600 mil toneladas (ou 23,8 %) na comparação com a temporada passada, quando a área plantada foi menor, de 782 mil hectares, e um tempo seco afetou a produtividade no sul.
Produtores investiram em trigo no Estado este ano contando com preços bem mais altos do que no ano passado.
Em abril, o preço médio estava 53 % acima do verificado em 2012, diante de uma escassez do cereal no Mercosul. O produtor recebeu no mês passado, em média, 38,55 reais por saca, ligeiramente abaixo do valor acima de 39 reais de janeiro a março. A cotação recorde nominal, de 41 reais, foi registrada em 2008, segundo dados do Deral.
Com os preços favoráveis, o produtor paranaense já vendeu 3,5 % da safra futura, em um movimento de negócios antecipados atípico.
O Estado poderá produzir mais da metade da safra nacional, estimada pelo Ministério da Agricultura em 5,1 milhões de toneladas. Na temporada passada, o Brasil, um importador líquido do cereal, produziu 4,3 milhões de toneladas.
Rio Grande do Sul
A Emater/Ascar, órgão de assistência técnica do Rio Grande do Sul, outro grande produtor de trigo do Brasil, informou nesta quarta-feira a sua primeira previsão de safra para o Estado, apontando uma colheita de 2,47 milhões de toneladas, aumento de 32,64 % ante a temporada passada.
Na temporada anterior, a safra gaúcha foi afetada por adversidades climáticas, como fortes chuvas na colheita.
O levantamento aponta um crescimento de 3,85 % na área plantada ante 2012, para 1,027 milhão de hectares.
Quanto ao plantio no Rio Grande do Sul, os últimos dias não foram favoráveis.
"A umidade presente no solo impediu um avanço mais significativo da área semeada. Na safra 2012, nesta mesma época, o percentual chegava a 8 %; na atual, alcança apenas 5 % em âmbito estadual", disse a Emater em nota.
São Paulo - O Paraná,um dos maiores produtores de trigo do Brasil, aumentará a área plantada em 15 % na comparação com a temporada anterior, com preços favoráveis incentivando produtores, previu nesta quarta-feira o Departamento de Economia Rural (Deral).
O órgão do governo do Estado elevou a sua estimativa de plantio para 897 mil hectares, contra 855 mil hectares na previsão de abril, uma alta de 5 %.
Mas o Deral aumentou a projeção de safra somente 2,7 % em relação ao mês anterior, para 2,6 milhões de toneladas, com o tempo seco em abril limitando a produtividade média no norte paranaense.
"Tivemos 40 dias de poucas chuvas no norte do Estado, e afetou a produtividade futura, principalmente a região do Norte Pioneiro, que deve ter problemas de quantidade e qualidade", afirmou o especialista em trigo do Deral, Carlos Hugo Winckler Godinho.
Ele observou que o tempo seco resultou em germinação desuniforme na região, que colhe normalmente um trigo com maior teor de proteína.
Chuvas recentes regularizaram, por ora, a umidade no solo, apesar de retardarem os trabalhos de semeadura no oeste do Estado. Até o momento, o Paraná plantou 57 % da área estimada.
Caso a projeção do Deral seja confirmada, a produção do Paraná cresceria em cerca de 600 mil toneladas (ou 23,8 %) na comparação com a temporada passada, quando a área plantada foi menor, de 782 mil hectares, e um tempo seco afetou a produtividade no sul.
Produtores investiram em trigo no Estado este ano contando com preços bem mais altos do que no ano passado.
Em abril, o preço médio estava 53 % acima do verificado em 2012, diante de uma escassez do cereal no Mercosul. O produtor recebeu no mês passado, em média, 38,55 reais por saca, ligeiramente abaixo do valor acima de 39 reais de janeiro a março. A cotação recorde nominal, de 41 reais, foi registrada em 2008, segundo dados do Deral.
Com os preços favoráveis, o produtor paranaense já vendeu 3,5 % da safra futura, em um movimento de negócios antecipados atípico.
O Estado poderá produzir mais da metade da safra nacional, estimada pelo Ministério da Agricultura em 5,1 milhões de toneladas. Na temporada passada, o Brasil, um importador líquido do cereal, produziu 4,3 milhões de toneladas.
Rio Grande do Sul
A Emater/Ascar, órgão de assistência técnica do Rio Grande do Sul, outro grande produtor de trigo do Brasil, informou nesta quarta-feira a sua primeira previsão de safra para o Estado, apontando uma colheita de 2,47 milhões de toneladas, aumento de 32,64 % ante a temporada passada.
Na temporada anterior, a safra gaúcha foi afetada por adversidades climáticas, como fortes chuvas na colheita.
O levantamento aponta um crescimento de 3,85 % na área plantada ante 2012, para 1,027 milhão de hectares.
Quanto ao plantio no Rio Grande do Sul, os últimos dias não foram favoráveis.
"A umidade presente no solo impediu um avanço mais significativo da área semeada. Na safra 2012, nesta mesma época, o percentual chegava a 8 %; na atual, alcança apenas 5 % em âmbito estadual", disse a Emater em nota.