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Rolls-Royce é investigada por suspeita de suborno em 12 países

Os pagamentos poderiam ter ajudado a montadora a fechar um contrato para a venda dos seus motores Hawk a governos de diversos países

Rolls-Royce: Os pagamentos poderiam ter ajudado a montadora a fechar um contrato para a venda dos seus motores Hawk a governos de diversos países (Pascal Parrot/Getty Images)

Karin Salomão

Publicado em 1 de novembro de 2016 às 11h20.

 

São Paulo - A Rolls-Royce é investigada por suspeita de ter feito pagamentos a uma rede de intermediários que a teriam ajudado a fechar contratos mais lucrativos em pelo menos 12 países.

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O esquema de pagamento de suborno foi revelado por uma investigação conjunta entre a BBC e o The Guardian. Segundo os veículos, a empresa teria se beneficiado por anos com o pagamento de subornos para a venda de motores de aeronaves militares e comerciais.

Os pagamentos poderiam ter ajudado a montadora a fechar um contrato para a venda dos seus motores Hawk a governos de diversos países. Os agentes foram contratados no Brasil, Índia, China, Indonésia, África do Sul, Angola, Irãm Cazaquistão, Azerbaijão, Nigéria e Arábia Saudita, segundo a reportagem.

A fabricante inglesa está, agora, sendo investigada por autoridades anticorrupção nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Um porta-voz afirmou ao The Guardian que “questões sobre suborno e corrupção envolvendo intermediários continuam sujeitas à investigações pela Serious Fraud Office (órgão ingl~es que investiga práticas de corrupção no Reino Unido) e outras autoridades. Estamos cooperando totalmente com as autoridades e não podemos comentar sobre investigações em andamento”.

Um dos agentes teria sido o bilionário Sudhir Choudhrie e empresas e pessoas ligadas a ele. Ele foi classificado pelo governo indiano como suspeito de práticas irregulares ou corruptas. Os jornais descobriram pagamentos secretos de aproximadamente 10 milhões de libras ele e diversos pagamentos feitos em dinheiro.

Os advogados de Choudhrie afirmaram à BBC que ele nunca realizou pagamentos a oficiais do governo ou agiu como um intermediário ilegal em negociações.

A empresa também foi investigada no começo do ano passado pela Operação Lava Jato. Um ex-executivo da Petrobras tinha afirmado que os contratos da companhia poderiam ter envolvido pagamentos de propinas.

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