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Rolex fecha as portas em Hong Kong por causa dos protestos

Os protestos pró-democracia causam estragos durante uma das épocas de maior movimento do ano na cidade, conhecida como Semana Dourada

Manifestantes tentam bloquear avenida com cerca de metal em Hong Kong (Carlos Barria/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 14h41.

Hong Kong, Zurique e Cingapura - Imagine uma temporada de compras de Natal com lojas fechadas e clientes sem poder sair porque não há táxis à vista em nenhum lugar.

Para as lojas que vendem bolsas Fendi e relógios Rolex em Hong Kong , está ocorrendo um pesadelo desse tipo em um momento em que protestos pró-democracia causam estragos durante uma das épocas de maior movimento do ano na cidade, conhecida como Semana Dourada.

Os manifestantes estão ocupando áreas comerciais como a Baía de Causeway e o Tsim Sha Tsui, interrompendo o transporte, fechando lojas e testando a paciência dos turistas chineses, que responderam por 75 por cento dos 54 milhões de visitantes da cidade no ano passado.

“Eu não venho mais”, disse David Yong, um homem de negócios da cidade de Hangzhou, no leste da China, em visita a Hong Kong, enquanto fumava um cigarro para diminuir a frustração por não conseguir tomar um táxi. “As compras eram a atração principal para mim. Com marcas como a Fendi fechando as portas, a atratividade de Hong Kong foi embora”.

Os turistas chineses transformaram a antiga colônia britânica no maior mercado do mundo para relógios suíços e em uma grande fonte de renda para as marcas de luxo.

Os protestos, que eclodiram em Hong Kong durante aquela que tradicionalmente é a maior temporada de compras para visitantes da porção continental do país, agora ameaçam agravar a queda das vendas de joias, relógios e outros presentes de valor, que vão em direção à maior queda anual em pelo menos uma década.

Semana importante

Os protestos se somam a uma “evolução comercial cada vez mais adversa em Hong Kong. As chegadas da China continental despencam e os distúrbios mantêm os cidadãos locais longe das lojas”, disse Luca Solca, analista da Exane BNP Paribas. “A escalada em Hong Kong merece atenção total do investidor”.

A Semana Dourada é importante porque os comerciantes da cidade tradicionalmente geram cerca de 40 por cento a 60 por cento de suas vendas de outubro durante esse período, segundo Raymond Yeung, economista do Australia New Zealand Banking Group Ltd.

Algumas companhias reconhecem que há ventos contrários neste ano. A Swatch Group AG, que também fabrica relógios Omega, vem esperando “turbulências” em Hong Kong, disse o CEO Nick Hayek em um e-mail, em 1 de outubro. A LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton SA, a Kering SA, dona da Gucci, e a Prada SpA citaram Hong Kong como uma área preocupante.

Eleições em 2017

Os protestos provavelmente levaram as vendas no varejo em Hong Kong em setembro a uma queda de 4 por cento a 8 por cento e neste mês de outubro provavelmente haverá um declínio semelhante, segundo Iris Fan, analista da Forecast Pte em Cingapura.

As manifestações e protestos sentados paralisaram algumas regiões centrais de Hong Kong. Dezenas de milhares de pessoas -- muitas delas estudantes -- se opõem aos planos do governo chinês para as eleições dos líderes da cidade em 2017. Os manifestantes também estão exigindo a renúncia do chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying.

O protesto levou o departamento de turismo da China a cessar a aprovação de novos grupos turísticos para Hong Kong.

Contudo, nem todas as lojas foram fechadas e se formaram filas do lado de fora da loja da Chanel.

Nem todos os consumidores expressaram frustração com as manifestações.

“Eu não os culpo”, disse Eric Cheng, um morador da vizinha Shenzhen, de 34 anos. Ele disse que estava a caminho de comprar um iPhone na Mong Kok quando parou e se juntou a uma multidão na rua Sai Yeung Choi. “Nós não temos direito de fazer coisas assim na China”.

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Os manifestantes estão ocupando áreas comerciais como a Baía de Causeway e o Tsim Sha Tsui, interrompendo o transporte, fechando lojas e testando a paciência dos turistas chineses, que responderam por 75 por cento dos 54 milhões de visitantes da cidade no ano passado.

“Eu não venho mais”, disse David Yong, um homem de negócios da cidade de Hangzhou, no leste da China, em visita a Hong Kong, enquanto fumava um cigarro para diminuir a frustração por não conseguir tomar um táxi. “As compras eram a atração principal para mim. Com marcas como a Fendi fechando as portas, a atratividade de Hong Kong foi embora”.

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Os protestos, que eclodiram em Hong Kong durante aquela que tradicionalmente é a maior temporada de compras para visitantes da porção continental do país, agora ameaçam agravar a queda das vendas de joias, relógios e outros presentes de valor, que vão em direção à maior queda anual em pelo menos uma década.

Semana importante

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A Semana Dourada é importante porque os comerciantes da cidade tradicionalmente geram cerca de 40 por cento a 60 por cento de suas vendas de outubro durante esse período, segundo Raymond Yeung, economista do Australia New Zealand Banking Group Ltd.

Algumas companhias reconhecem que há ventos contrários neste ano. A Swatch Group AG, que também fabrica relógios Omega, vem esperando “turbulências” em Hong Kong, disse o CEO Nick Hayek em um e-mail, em 1 de outubro. A LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton SA, a Kering SA, dona da Gucci, e a Prada SpA citaram Hong Kong como uma área preocupante.

Eleições em 2017

Os protestos provavelmente levaram as vendas no varejo em Hong Kong em setembro a uma queda de 4 por cento a 8 por cento e neste mês de outubro provavelmente haverá um declínio semelhante, segundo Iris Fan, analista da Forecast Pte em Cingapura.

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O protesto levou o departamento de turismo da China a cessar a aprovação de novos grupos turísticos para Hong Kong.

Contudo, nem todas as lojas foram fechadas e se formaram filas do lado de fora da loja da Chanel.

Nem todos os consumidores expressaram frustração com as manifestações.

“Eu não os culpo”, disse Eric Cheng, um morador da vizinha Shenzhen, de 34 anos. Ele disse que estava a caminho de comprar um iPhone na Mong Kok quando parou e se juntou a uma multidão na rua Sai Yeung Choi. “Nós não temos direito de fazer coisas assim na China”.

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