Negócios

Incêndio na Reduc reflete falta de manutenção da Petrobras, denuncia sindicato

O incêndio na refinaria ocorreu uma semana após a contaminação de funcionários por água ácida

Plataforma da Petrobras na Bacia de Campos: estimativa é retomar a produção nas próximas horas (Germano Lüders/EXAME.com)

Plataforma da Petrobras na Bacia de Campos: estimativa é retomar a produção nas próximas horas (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2011 às 17h04.

São Paulo - A Petrobras classificou como pequeno o incêndio que atingiu hoje (26) de madrugada uma das unidades de destilação de petróleo da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), na baixada fluminense, e informou que não foram registrados danos. A expectativa é retomar a produção nas próximas horas. Segundo o Sindicato dos Petroleiros de Caxias, não há registro de feridos.

O foco foi controlado pelos funcionários e não há risco de desabastecimento de combustível. Uma das possíveis causas do incêndio é a falta de manutenção em um dispositivo de segurança, a bomba de carga, como denunciou o secretário-geral do sindicato, Sérgio Abbade. De acordo com ele, a unidade que pegou fogo é uma das mais antigas da refinaria, inaugurada em 1962. A Petrobras não comentou a denúncia.

"Isso é falta de manutenção efetiva", afirmou Abbade. "O certo era parar a bomba [de carga] e fazer uma manutenção preventiva. Isso não é feito. Só são feitas manutenções corretivas por causa da falta de pessoal", completou. Para os petroleiros, com a falta de pessoal qualificado, falhas que fogem do controle da operação, como a eventual falta de energia que deixa as unidades sem comunicação, podem gerar acidentes. O sindicato reconhece que a Petrobras vem tentando recompor seus quadros nos últimos anos, esvaziados por políticas de governos anteriores, mas a renovação é muita lenta.

O incêndio na refinaria ocorreu uma semana após a contaminação de funcionários da Reduc por água ácida. Um inquérito da Polícia Civil vai investigar se a água destinada para consumo no local tinha substâncias como amônia, gás sulfídrico e querosene

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasGás e combustíveisIncêndiosIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoUsinas

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia