Renova Energia diz que recebeu propostas por projeto eólico na Bahia
Em fato relevante no final da noite de terça-feira, a empresa afirmou que recebeu propostas não vinculantes de "diversos investidores"
Reuters
Publicado em 18 de julho de 2018 às 10h07.
Última atualização em 18 de julho de 2018 às 10h10.
São Paulo - A Renova Energia afirmou que recebeu propostas pelo projeto eólico Alto Sertão III, na Bahia, após o fracasso das negociações do ativo com a Brookfield Energia Renovável, confirmando reportagem publicada pela Reuters com base em fontes com conhecimento do assunto.
Em fato relevante no final da noite de terça-feira, a empresa afirmou que recebeu propostas não vinculantes de "diversos investidores."
A Renova disse ainda que não foi concedida exclusividade a qualquer dos investidores interessados, que estão em processo de due diligence, e que manterá o mercado informado sobre as tratativas.
Entre os interessados, segundo informou a Reuters na terça-feira, está a Aliança Geração de Energia, uma joint venture entre a mineradora Vale e a elétrica mineira Cemig.
Procurada na véspera, a Aliança afirmou que não comentaria o assunto.
A Renova, que tem como sócios a própria Cemig e sua controlada Light, passou a buscar um novo acionista ou a venda de ativos desde o fracasso de uma associação com a norte-americana SunEdison em 2015.
A empresa de energia limpa chegou a aceitar no ano passado uma oferta da Brookfield, mas as negociações entre as empresas não chegaram a um acerto final após meses de idas e vindas, o que levou à retomada da busca por investidores nos últimos meses.
Executivos da Aliança chegaram a participar na segunda-feira de uma reunião na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com representantes da Renova, da Cemig e da Light para discutir o atual estágio do projeto Alto Sertão III.
A Renova aportou cerca de 390 milhões de reais nas obras do complexo até a paralisação dos trabalhos no final de 2016.
A Brookfield chegou a fazer uma oferta de 650 milhões de reais para ficar com o Alto Sertão III, que deverá ter capacidade de cerca de 400 megawatts quando for concluído.
A Renova, que seria um braço para expansão da Cemig em energia limpa, chegou a ter quase 700 megawatts em usinas em operação e planos para alcançar uma capacidade instalada de mais de 2 gigawatts, mas passou a vender ativos em meio às dificuldades financeiras.
Atualmente, a Renova opera apenas cerca de 190 megawatts em pequenas hidrelétricas.