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Reestruturação de dívidas do grupo EBX sairá em julho

Entretanto, a venda dos ativos pelo empresário Eike Batista deve continuar mesmo depois disso

Obras da EBX, de Eike Batista, no Superporto do Açu, em São João da Barra (RJ) (REUTERS/Ricardo Moraes)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2013 às 09h36.

São Paulo - A reestruturação da dívida do Grupo EBX está prevista para sair do papel até o fim da primeira quinzena de julho. Mas a venda dos ativos pelo empresário Eike Batista deve continuar mesmo depois disso.

O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apurou que, além das participações em suas principais empresas, os planos incluem também a venda da empresa de carvão CCX e de ouro AUX, que não entraram no pacote do saneamento da dívida por ainda estarem longe de serem operacionais.

Quem acompanha de perto as negociações conta que o desenho final da venda da mineradora MMX, um dos principais ativos de Eike, ainda não está totalmente definido. No páreo, estão a holandesa Trafigura e a suíça Glencore, com possível participação do BTG Pactual, que também assessora o empresário na reestruturação. Além disso, o grupo brasileiro Gerdau também foi sondado para avaliar os ativos da MMX.

A Glencore chegou a fazer uma oferta pelo porto Sudeste, que está conectado à MMX, mas Eike tenta vender o pacote inteiro. Credores que acompanham esses movimentos avaliam que esse ativo poderia render de R$ 2 bilhões (se Eike só conseguir vender o porto) a R$ 5 bilhões (caso o empresário consiga passar adiante o pacote completo).

Apesar das negociações terem avançado, a tropa de advogados necessária para fechar o contrato de venda ainda não foi acionada.

A confirmação de que a MMX está à venda trouxe fôlego às ações da mineradora na Bovespa, na terça-feira, 25. Os papéis fecharam com ganho de 17,06%, no topo da lista das maiores altas do dia no pregão paulista.

A alta levou a reboque outras empresas do grupo que também estariam à venda, como a CCX (12,05%), a petroleira OGX (6,41%) e a empresa de logística LLX (1,01%).

A notícia motivou ainda uma elevação na recomendação do banco Morgan Stanley para as ações da MMX. “Nós enxergamos queda limitada (do papel) nos níveis atuais. Além do mais, a companhia anunciou que contratou um assessor para explorar possíveis vendas de ativos, o que acreditamos que trará algum suporte para a ação”, afirma o relatório do banco.


Na reestruturação, segundo fontes, o grupo de Eike Batista trabalha ainda em outras frentes, como a busca de um parceiro estratégico para a LLX, que tenha capacidade financeira para desenvolver o Porto do Açu.

Há ainda a expectativa de uma renovação da carteira de contratos do estaleiro OSX. A intenção é descentralizar as atividades das empresas da petroleira do grupo, a OGX, e também da figura de Eike Batista.

O plano é equacionar o endividamento do grupo, que atravessa uma crise de confiança desde junho de 2012, quando anunciou metas de produção para o poço de Tubarão Azul muito abaixo do prometido inicialmente. Ao fim do primeiro trimestre desse ano, a dívida das empresas ultrapassava a casa dos R$ 10 bilhões apenas contabilizando os principais bancos de varejo, conforme dados dos balanços das companhias.

BNDES

O grupo tem ainda dívidas com o BNDES. A crise das empresas de Eike, porém, tem um impacto menor para o banco de fomento, já que o BNDES têm fianças bancárias ou corporativas.

No mercado, no entanto, há quem aposte que o esforço de renegociação das dívidas do grupo pode resultar também na saída de Eike do controle. Entre alguns investidores, há percepção é de que a falta de transparência no processo têm gerado mais dúvidas em relação à saúde financeira das empresas.

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São Paulo - A reestruturação da dívida do Grupo EBX está prevista para sair do papel até o fim da primeira quinzena de julho. Mas a venda dos ativos pelo empresário Eike Batista deve continuar mesmo depois disso.

O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apurou que, além das participações em suas principais empresas, os planos incluem também a venda da empresa de carvão CCX e de ouro AUX, que não entraram no pacote do saneamento da dívida por ainda estarem longe de serem operacionais.

Quem acompanha de perto as negociações conta que o desenho final da venda da mineradora MMX, um dos principais ativos de Eike, ainda não está totalmente definido. No páreo, estão a holandesa Trafigura e a suíça Glencore, com possível participação do BTG Pactual, que também assessora o empresário na reestruturação. Além disso, o grupo brasileiro Gerdau também foi sondado para avaliar os ativos da MMX.

A Glencore chegou a fazer uma oferta pelo porto Sudeste, que está conectado à MMX, mas Eike tenta vender o pacote inteiro. Credores que acompanham esses movimentos avaliam que esse ativo poderia render de R$ 2 bilhões (se Eike só conseguir vender o porto) a R$ 5 bilhões (caso o empresário consiga passar adiante o pacote completo).

Apesar das negociações terem avançado, a tropa de advogados necessária para fechar o contrato de venda ainda não foi acionada.

A confirmação de que a MMX está à venda trouxe fôlego às ações da mineradora na Bovespa, na terça-feira, 25. Os papéis fecharam com ganho de 17,06%, no topo da lista das maiores altas do dia no pregão paulista.

A alta levou a reboque outras empresas do grupo que também estariam à venda, como a CCX (12,05%), a petroleira OGX (6,41%) e a empresa de logística LLX (1,01%).

A notícia motivou ainda uma elevação na recomendação do banco Morgan Stanley para as ações da MMX. “Nós enxergamos queda limitada (do papel) nos níveis atuais. Além do mais, a companhia anunciou que contratou um assessor para explorar possíveis vendas de ativos, o que acreditamos que trará algum suporte para a ação”, afirma o relatório do banco.


Na reestruturação, segundo fontes, o grupo de Eike Batista trabalha ainda em outras frentes, como a busca de um parceiro estratégico para a LLX, que tenha capacidade financeira para desenvolver o Porto do Açu.

Há ainda a expectativa de uma renovação da carteira de contratos do estaleiro OSX. A intenção é descentralizar as atividades das empresas da petroleira do grupo, a OGX, e também da figura de Eike Batista.

O plano é equacionar o endividamento do grupo, que atravessa uma crise de confiança desde junho de 2012, quando anunciou metas de produção para o poço de Tubarão Azul muito abaixo do prometido inicialmente. Ao fim do primeiro trimestre desse ano, a dívida das empresas ultrapassava a casa dos R$ 10 bilhões apenas contabilizando os principais bancos de varejo, conforme dados dos balanços das companhias.

BNDES

O grupo tem ainda dívidas com o BNDES. A crise das empresas de Eike, porém, tem um impacto menor para o banco de fomento, já que o BNDES têm fianças bancárias ou corporativas.

No mercado, no entanto, há quem aposte que o esforço de renegociação das dívidas do grupo pode resultar também na saída de Eike do controle. Entre alguns investidores, há percepção é de que a falta de transparência no processo têm gerado mais dúvidas em relação à saúde financeira das empresas.

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